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Programa de fim de ano
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André Piunti

Duas boas atrações para quem gosta da boa música sertaneja.

O “Viola Minha Viola” apresenta, no dia 25, um especial com Agnaldo Rayol, Pedro Bento e Zé da Estrada e Zé Mulato e Cassiano, acompanhados pela Orquestra Paulistana de Viola Caipira. O programa será exibido às 21:30h, e reprisado no dia 26, às 09:00h.

O repertório segue abaixo:

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“Entrai, Pastorinhas” (domínio público), com Orquestra Paulistana de Viola Caipira e Inezita Barroso
“A Vingança do Chico Mineiro” (Tonico/Sebastião de Oliveira), com Orquestra Paulistana de Viola Caipira
“Mágoa de Boiadeiro” (Nono Basílio/Índio Vago), com Pedro Bento e Zé da Estrada e orquestra
“Boiada” (Zé Paioça), com Pedro Bento e Zé da Estrada e orquestra
“Proparoesquisítono” (Cassiano/Zé Mulato), com Zé Mulato e Cassiano e orquestra
“Meu Céu” (Zé Mulato/Xavantinho), com Zé Mulato e Cassiano e orquestra
“Romaria” (Renato Teixeira), com Agnaldo Rayol e orquestra
“Rosa” (Pixinguinha/Otávio de Sousa), com Agnaldo Rayol e orquestra
“Ave Maria do Sertão” (Elpídio dos Santos/Pádua Muniz), com Agnaldo Rayol e orquestra
“Boas Festas” (Assis Valente), com todos juntos

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No dia 1°, o mesmo “Viola Minha Viola” exibe seu especial de Ano Novo, com César Menotti e Fabiano e Yassir Chediak e Rodrigo Sater (a dupla Tiago e Juvenal da novela Paraíso). A atração vai ao ar às 21h30, e também será reprisada no dia seguinte, às 09h00.

O repertório pode ser conferido abaixo.

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“Boiadeiro Errante” (Teddy Vieira), com Inezita Barroso e regional
“De Papo pro á” (Olegário Mariano/Joubert de Carvalho), de Yassir Chediak e Rodrigo Sater
“Estrela de Boiadeiro” (Rodrigo Sater/Mário de Camillo), de Yassir Chediak e Rodrigo Sater
“Chora Morena” (Yassir Chediak), de Yassir Chediak e Rodrigo Sater
“Terra Molhada” (José Victor/Joselito), com Cesar Menotti e Fabiano
“Poente da Vida” (Goiá/D.Thomaz), com Cesar Menotti e Fabiano
“Caminheiro” (Jack), com Cesar Menotti e Fabiano
“O Mineiro e o Italiano” (Teddy Vieira/Nelson Gomes), com Cesar Menotti e Fabiano
“Depois que a Rosa Mudou” (Serrinha), com Cesar Menotti, Fabiano e Inezita Barroso
“Chuá-Chuá” (Pedro Sá Pereira/Ary Pavão), com Inezita Barroso e regional


Mas o destino cruel e traiçoeiro…
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André Piunti

Já postei mais de uma vez, aqui no blog, uma canção chamada “Adeus, papai. Adeus, mamãe”, do Silveira e Barrinha.

Referi-me a essa música como uma das mais tristes de toda a música sertaneja, pelo menos do repertório das duplas mais conhecidas.

Resolvi colocar mais duas desse nível por aqui, para que vocês sugiram outras do gênero. São canções tristes que narram histórias muito provavelmente verdadeiras.

Quem quiser conhecer a música citada do Silveira e Barrinha, pode clicar AQUI.

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A primeira delas é “Ferreirinha”, composição do Carreirinho. De forma bem resumida, a história gira em torno da amizade de dois jovens, até que um deles falece ao cair do cavalo.

O trecho final da canção é o mais pesado que eu particularmente conheço, quando um amigo leva o corpo do outro apoiado em suas costas.

Sai praquela estrada tão triste tão amolado
Era um frio do mês de junho seu corpo estava gelado
Já era uma meia noite quando eu cheguei no povoado
Deixei na porta da igreja e fui chamar o delegado
A morte deste rapaz mais do que eu ninguém sentiu
Deixei de lidar com gado minha inclinação sumiu
Quando lembro essa passagem franqueza me dá arrepio
Parece que a friagem das costas ainda não saiu

Quem quiser ouvir, pode clicar AQUI para a versão gravada por Tião Carreiro e Pardinho.

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A outra canção é “Sonho de um caminhoneiro”, canção de Milionário e José Rico com mais de um milhão de visualizações no YouTube.

A letra narra a vida vitoriosa de dois caminhoneiros empregados que se tornaram patrões. A esposa de um deles teve filho, e os dois amigos voltaram para a cidade conhecer a criança. Como eram amigos, o pai escolheu o parceiro para ser padrinho. Um acidente, no entanto, vitimou o pai do garoto, que ao perceber que não sobreviveria, disse ao padrinho: “vá conhecer eu filho, porque eu não vou”.

Além da história triste, o casamento da letra com a melodia torna tudo muito maior. Sensações que poucas duplas de poucas épocas foram capazes de criar. Abaixo, o trecho final da canção.

Mas o destino cruel e traiçoeiro marcou a hora e o lugar
A chuva fina e a pista molhada com uma carreta foram se chocar
Mas como todos têm a sua sina, um a morte não levou
E agonizante no braços do amigo disse:
“Vá conhecer meu filho porque eu não vou”.

Para ouvir “Sonho de um caminhoneiro” com Milionário e José Rico, basta clicar AQUI.


Comentando
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André Piunti

Estou voltando do cruzeiro, por isso as atualizações hoje não apareceram cedo. Daqui a pouco eu publico algumas novidades.

Além do cruzeiro do Daniel, que está acontecendo, e do Luan, que acabou hoje, Fernando e Sorocaba também embarcaram essa semana, no Cruzeiro Universitário.

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Dei entrevista para um programa chamado Campinight, de uma das retransmissoras da RedeTV no estado de São Paulo. O programa foi especial sobre o Caldas Country, e eu falei um pouco sobre as mudanças do sertanejo. A primeira parte pode ser vista AQUI. A segunda, AQUI.


A pirataria que fez bem
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André Piunti

O UOL Notícias pediu que os blogueiros do UOL fizessem um texto abordando um assunto importante que marcou a última década, cada um escrevendo sobre sua área de atuação.

Meu texto segue abaixo.

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A pirataria que fez bem

Há uma lista enorme e bastante divulgada de consequências negativas que a pirataria trouxe para o meio musical, sem contar o fato de que ela é crime previsto por lei.

Compositores, editoras e gravadoras foram prejudicados.

No entanto, por mais politicamente incorreto que seja dizer isso, a música sertaneja deve muito à pirataria. Talvez mais até do que se imagina.

Ainda na década de 1990, os piratas já tinham sua parcela de importância, que pôde ser comprovada no momento em que começaram a lançar discos antes mesmo das gravadoras distribuírem para as lojas.

No entanto, foi nos anos 2000 que, pelo barateamento na produção de um CD pirata, houve uma ascensão incontrolável desse mercado paralelo.

O disco mais importante para os últimos 10 anos foi “Bruno e Marrone – Acústico”, projeto que teve início em 1999.

O trabalho não foi um lance de gênio de nenhum artista ou gravadora. Após uma apresentação em uma rádio de Uberlândia, o áudio foi parar nas mãos dos piratas. Nessa apresentação, a dupla cantava diversos sucessos sertanejos.

O CD com essas músicas teve tanta repercussão que a dupla gravou um álbum no mesmo formato. Com ele, o país passou a conhecer uma das maiores promessas da música sertaneja até então.

Já havia ficado impossível competir com o poder de distribuição dos piratas, o que foi ocasionando o fechamento da imensa maioria das lojas de discos por todo o Brasil.

Apesar de bradarem contra a pirataria de discos, os sertanejos já haviam assimilado muito bem a importância dessa prática.

O principal produto vindo desse meio foi Eduardo Costa. Como todo mundo sabe, havia uma rejeição imensa com ele pelo fato de cantar parecido com o Zezé di Camargo. Tamanha era a semelhança, que seus primeiros discos, gravados em uma qualidade muito baixa, foram vendidos como “Zezé di Camargo Acústico”.

Como comentado aqui em uma matéria no começo do ano, ele era considero anti-mercado. Cantava sozinho, gritava demais, apostava em um estilo  musical considerado ultrapassado e carregava essa “acusação” de simples imitador.

E sem nenhuma mídia, ele deu certo.

Lembro que quando a Universal o contratou e lançou seu primeiro DVD, era missão difícil encontrar o trabalho nos camelôs, de tanta saída que tinha. Ele não era só um cantor do povo, mas sim uma cria do povo.

Outro disco que andou sozinho pelas mãos dos piratas foi “Matogrosso e Mathias – 25 anos”, um CD acústico que trazia os grandes sucessos da dupla, que apesar de toda sua importância para a música sertaneja, já não recebia investimentos de gravadoras.

A repercussão do trabalho foi tão positiva que marcou uma das melhores épocas em relação a dinheiro para os cantores, já que o número de apresentações aumentou e a estrutura do show era pequena, pelo fato de ser acústico.

Mesmo com certo grau de crueldade, a música sertaneja, hoje, não seria o que é se não fosse a pirataria.

Até mesmo Luan Santana, hoje amparado por toda a estrutura da Som Livre, rodou o país pelas barraquinhas de CD’s, apesar de ser de uma geração que pegou uma internet já bastante desenvolvida.

Internet que, por sua vez, foi acabando com os piratas.

Mesmo com todo o mal que fez para o mercado fonográfico, a pirataria foi fundamental para o crescimento contínuo da música sertaneja. Se nos anos 1990, as duplas estouraram sob investimento das gravadoras, dez anos depois foi a vez dos piratas cuidarem delas.

É ruim, lamentável e até vergonhoso que o país tenha deixado chegar a esse ponto, mas a realidade é que a última década, para a música sertaneja, foi a década da pirataria.


O vídeo surreal do ano
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André Piunti

O que acontece no vídeo abaixo e tão absurdo e engraçado ao mesmo tempo, que fica difícil comentar algo antes que vocês assistam.

Victor e Leo participaram do programa do Datena, na semana passada.

A dupla estava fazendo programas de rádio no prédio da BAND, em São Paulo. As rádios ficam um andar acima do estúdio do apresentador.

Faltando alguns minutos para acabar o “Brasil Urgente”, a dupla entrou no ar.

Datena parecia estar um pouco nervoso com o fato de uma das rádios ter tomado tempo demais da dupla e atrasado o cronograma de seu programa.

Quando Victor e Leo entraram, foi um desfile de perguntas inusitadas e com um bom grau de rispidez.

Victor, que parecia estar incomodado com os acontecidos, levou a situação mais na esportiva do que de costume.

Assistir ao vídeo é quase obrigação, já que no final, o Victor ainda imita o Datena, que por sua vez, dança enquanto a dupla canta.

Para resumir o vídeo em uma palavra: inexplicável.


Mais uma história das boas
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André Piunti

Mais uma história boa envolvendo um sertanejo, essa contada na última segunda-feira, no “Mais Você”, que teve o cantor Leonardo como convidado.

A história foi contada pela própria Ana Maria Braga.

A apresentadora estava internada para uma sessão de quimioterapia, tratando do câncer que todos devem se lembrar.

Eis que em certo momento, o Leonardo entra no quarto com um cooler cheio de cerveja debaixo do braço, senta ao lado dela e diz: “eu vim aqui passar o dia com você pra gente trocar umas prosas”.

Ana Maria disse que ele foi a única pessoa do meio artístico que teve uma atitude dessas. As palavras dela, a relatar o acontecido, foram exatamente essas: “Foi o melhor dia daquela concentração, daquela vontade de viver. Ele fez minha vida diferente, ele não fez um dia diferente. Ele me fez acreditar que era possível.

A apresentadora contando essa história, ao lado do Leonardo, pode ser conferido clicando aqui. O vídeo é longo, mas o relato acontece logo no comecinho. Vale muito a pena conferir.


Entrevista: João Carreiro e Capataz
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André Piunti

Eles já foram tema de diversas postagens aqui, que tentaram mostrar uma outra linha de música sertaneja que também conquista público novo, baseada na utilização frequente da viola caipira.

João Carreiro, de 28 anos, e Capataz, de 32, misturaram a moda de viola a arranjos de rock, em uma tentativa de apresentar algo novo. A influência do rock na formacão musical de ambos é praticamente nula, a mistura foi apenas uma sacada que acabou dando certo.

Por opção, os dois cantores falam no linguajar caipira e cantam com erros de português, por achar que assim a música caipira estará representada de uma melhor forma.

São elogiados por diversos profissionais de dentro e de fora do gênero, por apostarem em algo diferente, distante da ideia “pop” que se tenta colar ao sertanejo.

Fãs e defensores da música de Tião Carreiro, João Carreiro e Capataz lançaram recentemente a canção “Roqueirinha”, que foi tão elogiada quanto criticada, justamente por se tratar de um rock, e não de uma moda de viola, como muitos esperavam deles.

Aos que não acompanham a música sertaneja e estão lendo o esse texto, fica aqui o registro de que a dupla é conhecida como “Os brutos do sertanejo”.

Faltava, aqui, uma entrevista com eles.

Estive com a dupla ontem, durante um show em Campinas-SP, e os pontos mais interessantes da conversa podem ser conferidos abaixo.

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Vocês fazem parte de uma nova geração de duplas, também começaram a tocar durante a faculdade, mas escolheram seguir por um estilo diferente de música, com mais referências aos pagodes de viola e ao estilo do Tião Carreiro, algo pouco comum entre as duplas da nova geração…

João Carreiro: A gente nunca planejou fazer algo de um jeito ou de outro, a gente foi fazendo o que gosta. Na realidade, logo no nosso segundo disco, nós já colocamos uma pegada pop rock que causou espanto no pessoal da viola caipira. Dentro da companheirada nossa de viola, o pessoal não gostou, então a gente também desagradou. O nosso som, querendo ou não, é o da viola caipira mais moderno. O que não muda na gente é o jeito de cantar, o jeito de cantar que vem do Tião Carreiro. Se eu cantar um rock, um reggae ou um samba, meu jeito de cantar vai ser sempre esse.

Colocar mais guitarra e fazer arranjos mais pesados vem de alguma outra influência de vocês? Vocês chegaram até a fazer uma regravação de “Exagerado”, do Cazuza.

João Carreiro: Nada, influência de nada. Nunca ouvi rock, só sertanejão mesmo. A mistura do poprock foi uma tentativa de por uma coisa nova e o negócio acabou dando certo. A única coisa que eu posso dizer que ouço fora desse nosso meio, é Raul Seixas. Então se você imaginar uma mistura de Tião Carreiro com Raul Seixas, a gente tá no meio.

Falando do meu lado de compositor, eu abri meu leque pra ter esse campo maior de composição pra não ficar bitolado.

Vocês acham que existe alguma chance de se formar um movimento com duplas, que faça o estilo de vocês, e que consiga conquistar grande parte desse mercado sertanejo de hoje, com o novo público de classe média e classe alta?

João Carreiro: Olha, que acho que sim, já tá até pegando. É difícil pegar o topo da pirâmide, esse topo é difícil mesmo, com a classe mais alta, com programas de TV mais elitizados. Só que o pessoal de faculdade e de boteco toca demais a gente. A gente tem um público muito fiel sem tocar em rádio, pois se você parar pra ver, a gente tem dificuldade de tocar em rádio FM, mesmo nos dias de hoje. Voz grave você não vê no mercado, não tem abertura, então é mais difícil.

Mas tocar em rádio grande hoje é mais questão de investimento…

Capataz: Sim, tem o poder financeiro, mas isso a gente não faz, não saímos comprando um monte de rádio aí pra enfiar nossa música goela abaixo. Nada contra quem faz, nada mesmo, todo mundo tem que correr atrás do seu trabalho e fazer do seu jeito, mas é que o que entra pra gente, a gente guarda, não gasta nisso não. Além do mais, nosso tipo de música não adianta forçar. Ou o caboclo gosta de viola ou não adianta.

Mesmo com esse estilo de tocar moda de viola com arranjos mais pesados, o maior sucesso de vocês é “Bruto, rústico e sistemático”, uma moda no estilo mais tradicional do Tião Carreiro. E assim como falavam de algumas canções do Tião, dizem que essa de vocês música é grosseira, preconceituosa, seja contra a mulher ou contra homossexual. Como vocês respondem a isso?

Capataz: Eu aprendi isso com o João Carreiro nessa nossa estrada. O compositor cria um personagem e a partir daí faz a história. Não é o João Carreiro falando, é um homem bruto falando, não tem que ficar explicando isso ou aquilo, isso é música, composição, o trabalho do compositor é assim.

João Carreiro: Eu falo mal do cara que tem tatuagem, mas eu também tenho tatuagem. Falo mal de cabeludo, mas sou cabeludo. Falo que minha filha caçula arrumou um namorado, mas minha filha tem 3 anos, sabe nem o que é isso. Deu pra entender que não tem nada a ver uma coisa com a outra? Falo de gay, mas olha só, canto até com um viado do meu lado, que é o Capataz.

Quem fala essas coisas não presta atenção. É que nem a nossa música nova, que um monte de gente se espantou por ser um rock, mas não parou pra entender.

A música é um rock e fala da sua paixão por uma roqueira, mas a viola não apareceu…

João Carreiro: É, é essa a história. E pessoal queria que eu falasse que tô apaixonado numa roqueirinha como, cantando uma moda de viola tradicional? Não. Eu fiz uma música sertaneja, só que em rock, justamente por causa da história. Cantada do meu jeito, composta do meu jeito, mas tocada de acordo com o que tem na música. Não tem que ficar preso sempre a uma coisa só.

Eu tinha curiosidade em ver o Tião Carreiro vivo hoje, pra ver o que ele ia falar de tudo isso que tá acontecendo e o que ele estaria gravando. O Tião gravou moda de viola, bolero, tango, samba e romântico, mesmo assim, nunca deixou e nem vai deixar de ser o maior violeiro que o Brasil já teve. Se o Tião fez isso, por que a gente não vai fazer?

Das várias fases da carreira do Tião Carreiro, você tem alguma preferida?

O Tião são várias coisas, né. Tem pro cara que gosta de moda bruta, pro que gosta de romântico, e eu gosto bastante das modas, se deixar a gente senta e canta cinco horas só de Tião, é o que a gente gosta. Se fosse pra falar de uma música específica dele que me agrada muito, é uma da fase romântica dele, chamada “Vim dizer adeus”, que já tinha outra estrutura de arranjo, já era bem mais apaixonada.

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Além de “Roqueirinha”, as canções “A melhor do Brasil”, gravada ao lado de João Neto e Frederico, e “É pra cabá”, são as músicas mais tocadas da dupla hoje nas rádios.

O “Carreiro” utilizado por João é em homenagem ao Tião.


Aiaiai…
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André Piunti

Está publicado no site do Bruno e Marrone, um vídeo do Bruno cantando “Não precisa perdão”, do João Paulo e Daniel, com o Daniel fazendo segunda voz.

A filmagem foi feita dentro de um camarim.

Eu acabei de publicar esse vídeo no canal do Universo Sertanejo no YouTube, pois muita gente não conseguia assistir através do site da dupla.

Vale a pena conferir como ficou a parceria dos dois, algo dispensa qualquer comentário.


Programa Universo Sertanejo #47
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André Piunti

Fala, pessoal.

Entrou no ar, ontem, a quadragésima sétima edição do programa Universo Sertanejo, na Rádio UOL.

Nessa edição, fiz uma seleção de 12 músicas importantes dessa nova geração da música sertaneja, daquelas que qualquer pessoa conhece mesmo não sendo muito ligado ao sertanejo.

Sempre acaba ficando uma ou outra música de fora, mas creio que a lista de canções resume bem esses últimos 5 anos.

Para quem quiser ouvir, basta clicar na imagem abaixo.

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01. César Menotti e Fabiano – “Leilão”
02. Victor e Leo – “Fada”
03. João Neto e Frederico – “Pega fogo, cabaré”
04. Michel Teló com João Bosco e Vinícius – “Ei, psiu, beijo, me liga”
05. Luan Santana – “Meteoro”
06. Eduardo Costa – “Me apaixonei”
07. Fernando e Sorocaba – “Paga pau”
08. Maria Cecília e Rodolfo – “Coisas exotéricas”
09. Hugo Pena e Gabriel – “Mala pronta”
10. Jorge e Mateus – “Pode chorar”
11. Guilherme e Santiago – “Magia e mistério”
12. João Bosco e Vinícius – “Chora, me liga”


Até o YouTube é sertanejo
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André Piunti

Duas coisas me levaram a criar o Universo Sertanejo, que entrou no ar em outubro de 2007: meu gosto por música sertaneja e a vontade de que ela tivesse algum destaque na internet, pois não havia basicamente nada sobre o assunto.

Pouco tempo depois, todo o movimento “universitário” passou a fazer parte também da internet, e as pessoas começaram a se mexer para deixar as duplas presentes por aqui também.

Ontem, o YouTube realizou seu maior evento nacional, justamente com sertanejos, o “YouTube Live Sertanejo”.

Quase todas as atrações (Victor e Leo, Bruno e Marrone, Luan Santana, João Bosco e Vinícius e Michel Teló), comentaram nos bastidores que ali, na hora, não era possível imaginar a importância que aquelas curtas apresentações estavam tendo.

Quando o Google soltou uma nota oficial dizendo que a expectativa era conseguir um milhão de visualizações durante o evento (teve por volta de 1,5 mi, número que ainda não foi fechado), muita gente achou exagero. Ali mesmo, antes de começar, algumas pessoas duvidavam da meta.

Além da expectativa de acessos ter sido superada, o assunto virou o mais comentado, no mundo, no Twitter.

Aos que não sabem, a transmissão de ontem serviu como um teste para ver se esse formato funcionaria no Brasil, já que o YouTube tem projetos semelhantes para o ano que vem. Quem patrocinou o evento ontem, foi a Skol, que vem forte para o mercado sertanejo em 2011.

Ouvi um comentário de que estava sendo feito um DVD das apresentações de ontem, mas isso é algo que eu preciso confirmar e mais pra frente informo por aqui.

Eu não pude assistir a transmissão ao vivo, pois estava lá no evento. Via Twitter, recebi algumas reclamações de travamento de imagem e áudio ruim, mas eu não sei o quanto é responsabilidade do YouTube, e o quanto é da conexão que o internauta tem em casa. Quem quiser contar sua experiência, fique à vontade nos comentários.

Recebi, também, algumas mensagens de pessoas incomodadas com a apresentação do Rafinha Bastos, por causa de algumas brincadeiras com o sertanejo. Não ouvi a maioria delas, pois nem sempre o áudio saía ali no ambiente, mas pelo que li nos comentários também do Twitter, os sertanejos souberam levar na esportiva.

O Rafinha, aliás, é uma das próximas atrações do YouTube Live, haverá a transmissão ao vivo de seu show.

Em resumo, acho que o evento foi muito positivo. Quem diria que a internet, um dia, seria responsável por um dos maiores eventos sertanejos do ano.

Todos os shows podem ser vistos no canal oficial do evento.

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Só para ficar registrado, os nomes das músicas apresentadas nos shows apareciam na tela seguidas dos nomes dos compositores. Algo tão simples, mas que os programas de televisão deixaram de lado.