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Mas o destino cruel e traiçoeiro…
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André Piunti

Já postei mais de uma vez, aqui no blog, uma canção chamada “Adeus, papai. Adeus, mamãe”, do Silveira e Barrinha.

Referi-me a essa música como uma das mais tristes de toda a música sertaneja, pelo menos do repertório das duplas mais conhecidas.

Resolvi colocar mais duas desse nível por aqui, para que vocês sugiram outras do gênero. São canções tristes que narram histórias muito provavelmente verdadeiras.

Quem quiser conhecer a música citada do Silveira e Barrinha, pode clicar AQUI.

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A primeira delas é “Ferreirinha”, composição do Carreirinho. De forma bem resumida, a história gira em torno da amizade de dois jovens, até que um deles falece ao cair do cavalo.

O trecho final da canção é o mais pesado que eu particularmente conheço, quando um amigo leva o corpo do outro apoiado em suas costas.

Sai praquela estrada tão triste tão amolado
Era um frio do mês de junho seu corpo estava gelado
Já era uma meia noite quando eu cheguei no povoado
Deixei na porta da igreja e fui chamar o delegado
A morte deste rapaz mais do que eu ninguém sentiu
Deixei de lidar com gado minha inclinação sumiu
Quando lembro essa passagem franqueza me dá arrepio
Parece que a friagem das costas ainda não saiu

Quem quiser ouvir, pode clicar AQUI para a versão gravada por Tião Carreiro e Pardinho.

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A outra canção é “Sonho de um caminhoneiro”, canção de Milionário e José Rico com mais de um milhão de visualizações no YouTube.

A letra narra a vida vitoriosa de dois caminhoneiros empregados que se tornaram patrões. A esposa de um deles teve filho, e os dois amigos voltaram para a cidade conhecer a criança. Como eram amigos, o pai escolheu o parceiro para ser padrinho. Um acidente, no entanto, vitimou o pai do garoto, que ao perceber que não sobreviveria, disse ao padrinho: “vá conhecer eu filho, porque eu não vou”.

Além da história triste, o casamento da letra com a melodia torna tudo muito maior. Sensações que poucas duplas de poucas épocas foram capazes de criar. Abaixo, o trecho final da canção.

Mas o destino cruel e traiçoeiro marcou a hora e o lugar
A chuva fina e a pista molhada com uma carreta foram se chocar
Mas como todos têm a sua sina, um a morte não levou
E agonizante no braços do amigo disse:
“Vá conhecer meu filho porque eu não vou”.

Para ouvir “Sonho de um caminhoneiro” com Milionário e José Rico, basta clicar AQUI.


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