Blog Universo Sertanejo

Arquivo : agosto 2011

A Entrada é Franca
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André Piunti

Caiu na internet, ontem, o novo CD de Bruno e Marrone.

Como já era esperado, o trabalho tem a cara da dupla que todo mundo conhece, com canções românticas, letras fortes, com espaço para algumas músicas mais animadas e bem humoradas. Não é segredo que o último CD deles, “Sonhando”, não foi bem aceito.

Aliás, quem quiser baixar o novo CD, é só procurar por aí =)

Há uma canção em especial para se destacar. “A Entrada é Franca”, composição da Fátima Leão, tem jeito de que vai se tornar uma das principais canções da carreira da dupla. É daquelas músicas que teriam espaço em qualquer CD deles, de qualquer época.

Como a canção inteira utiliza o recurso da metáfora, ela perde um pouco da força para virar música de trabalho (eu não concordo com isso, mas é o que dizem), mas mesmo assim, na minha opinião, é a grande música do disco.

Para quem quiser ouvir, segue abaixo.

[uolmais type=”audio” ]http://mais.uol.com.br/view/12021335[/uolmais]

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Vou aproveitar para colocar aqui a canção “Rancho”, que lembra várias outras canções de muito sucesso da dupla, e deve aparecer como uma das mais fortes do CD.

[uolmais type=”audio” ]http://mais.uol.com.br/view/12021326[/uolmais]

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Quem também está de música nova é a dupla João Carreiro e Capataz. Faz tempo que eles não lançam um CD, mas estão sempre soltando uma música nova aqui, outra ali. A última havia sido “Volta pro meu coração”, canção romântica que foi muito bem nas rádios.

Agora, o perfil volta a ser animado. A nova canção lançada pela dupla se chama “É bão demais”, e pode ser conferida abaixo.

[uolmais type=”audio” ]http://mais.uol.com.br/view/12021313[/uolmais]


Duelo de Gigantes
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André Piunti

Na última quinta-feira (25), em Campo Grande, foi realizada a festa de 5 anos da Dut’s, empresa parceira em diversas ações aqui no blog desde o finalzinho de 2009, e que durante a primeira metade desse ano, ocupou aquele banner superior ali do blog.

A empresa, responsável por Maria Cecília e Rodolfo, Munhoz e Mariano e Gusttavo Lima, realizou um evento chamado “Duelo de Gigantes” para comemorar seu aniversário, com Exaltasamba, Maria Cecília e Rodolfo e Munhoz e Mariano.

O evento, anunciado desde o início do ano, foi realizado no estádio Pedro Pedrossian, conhecido como Morenão, e contou com um número muito grande de pessoas que trabalham com o meio sertanejo.

Chegou a rolar o assunto de que haveria a gravação de um novo DVD de Munhoz e Mariano no evento, mas essa gravação ficou mais para frente.

Durante os shows, soube que a TV Morena, afiliada da Globo no Mato Grosso do Sul, está preparando um programa especial sobre música sertaneja, com ênfase na cultura local, que deve ir ao ar em outubro.


Com tecnologia 3D, Fernando e Sorocaba gravam novo DVD
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André Piunti

A dupla Fernando e Sorocaba grava, em outubro, o segundo DVD acústico da carreira, o quarto no geral.

A gravação acontecerá em Curitiba, na Ópera de Arame, ponto turístico mais conhecido da cidade. A data será fechada essa semana, mas será ou no dia 17 ou 19 de outubro.

Diferentemente da primeira edição do “Acústico”, feito sem grandes pretensões, essa nova gravação conta com um bom investimento em tecnologia.

O cenário do DVD contará com a técnica “3D Projection Mapping“, que cria diversas ilusões de ótica através da utilização de computadores, luzes e sombras. Para quem nunca viu uma, clique aqui, é bem interessante.

O show, com repertório inédito, terá venda de ingressos, não será fechado apenas para convidados.


Dois anos após separação, Edson e Hudson voltam a formar dupla
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André Piunti

Após dois anos separados, Edson e Hudson vão voltar.

O cantor Edson anunciou, em uma rádio no interior de São Paulo, que volta a cantar com seu irmão no ano que vem.

Ainda não está definido quando voltam a gravar juntos, já que Edson tem um DVD inédito que não foi lançado. Na entrevista à radio, o cantor comentou que pretende já gravar com Hudson em outubro, e lançar o trabalho no início de 2012.

No entanto, ainda não é possível confirmar datas, pois questões contratuais precisam ser resolvidas antes.

Na semana passada, Hudson se separou de Donizeti, com quem cantou por seis meses.

Os irmãos Edson e Hudson cantaram juntos desde a infância, e se separaram no final de 2009, por desentendimentos que nunca foram totalmente esclarecidos para a mídia.

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No início da noite, Edson publicou no Twitter o seguinte texto:

Queria que cada um de vocês estivessem dentro de mim pra que vocês tivessem idéia da alegria que estou sentindo nesse momento!

Sou uma pessoa feliz de natureza e procuro sempre brincar e sorrir, mas nesse período que estivesse trilhando minha carreira solo, sempre senti o amor e carinho que cada fã me passou, cada gesto de carinho, mas senti a falta dele ao meu lado. Era como se estivesse algo ao meu lado. Hudson. Meu irmão que cantou ao meu lado muitos e muitos anos.

Passamos desde os piores até os melhores momentos da minha vida! Quero que saibam do amor profundo que sinto por ele que tenho muito orgulho de falar “que o sangue que corre nas minhas veias, correm nas minhas também” Hudson – amo você da forma mais profunda que um ser humano pode amar alguém” Estamos juntos de novo!

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Ouça Edson e Hudson na Rádio UOL (aqui)


Ouça “Juras de Amor”, a nova música de Bruno e Marrone
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André Piunti

Bruno e Marrone lançam, hoje, a nova canção de trabalho, “Juras de Amor”.

A canção é a primeira divulgada do mais novo trabalho da dupla, que leva o mesmo nome da música, e que promete resgatar um pouco do romantismo esquecido pela música sertaneja nos últimos anos.

O álbum “Juras de Amor” será lançado agora no início de setembro,  e o link do CD logo estará por aí.

[uolmais type=”audio” ]http://mais.uol.com.br/view/12012050[/uolmais]

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Juras de Amor
(Rodrigo Lisboa/Breno)

Eu pensei que fosse fácil esquecer
Uma paixão
Descobri como é difícil dominar
O coração

São lembranças e momentos
Tão marcantes
Tão difíceis de apagar
Coisas simples
E não menos importantes
Como posso não lembrar?

Do beijo na boca
Do cheiro da pele
Das juras de amor
Que eram pra sempre

Não quero lembrar
Que tudo acabou
Só quero lembrar
Dos momentos de amor


Cinco fatos que marcaram o Barretão 2011
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André Piunti

Após 11 dias de shows, chegou ao final, nesse domingo (28), a 56ª edição da Festa de Barretos.

Em vez de um texto com um resumo das passagens mais marcantes da festa, resolvi elencar os 5 acontecimentos mais importantes dessa edição, que a meu ver, foi uma das melhores dos últimos anos, talvez dos últimos dez anos.

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-Chitãozinho e Xororó com João Carlos Martins

A ideia não parecia das melhores. Apesar de um show acima da média, colocar uma orquestra para tocar junto com Chitãozinho e Xororó em pleno sábado, em Barretos, não parecia a decisão mais adequada.

Não só deu certo como ficou melhor até que as apresentações intimistas apresentadas em casas fechadas. Foi hit atrás de hit, e para a surpresa do público, na hora de apresentar a última música, a dupla chamou João Bosco e Vinícius para dividir os microfones. Sem pausa nenhuma, Chitão e Xororó saíram do palco e o segundo show continuou normalmente, também acompanhado da Orquesta.

Talvez fosse algo mais difícil de fazer se as duas duplas fossem novas, por questões de vaidades e tudo mais, mas como se tratava de quem se tratava, tudo aconteceu como se fosse a coisa mais simples do mundo. Foi a noite mais importante da festa, que fica marcada na história de Barretos.

Se a organização falhou ao deixar Chitãozinho e Xororó de fora no ano passado, quando completaram 40 anos de carreira, a noite do primeiro sábado serviu para corrigir o erro.

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Farra proibida

Os números da primeira semana são ótimos quando se fala no público presente nos shows. No entanto, enquanto a arena estava lotada, o Parque ficava muito vazio (na segunda semana foi bem diferente). Barretos cresceu, se organizou, e puxou o freio de quem ia para a cidade apenas para as festas na rua, mais especificamente na Avenida 43. Nos primeiros dias, em algumas ruas da cidade, nem parecia que era época de rodeio, de tão vazias que estavam.

No segundo sábado, que tradicionalmente leva mais gente, um pequeno trecho da Avenida 43 foi fechado, houve uma boa movimentação de pessoas, mas a presença ostensiva de carros e da cavalaria da polícia impediu, pelo segundo ano seguido, que a tradicional farra acontecesse por ali. Sem dúvida, como publicaram por aqui nos comentários, havia muitos exageros na Avenida 43. No entanto, também é indiscutível que a cidade perdeu bastante com a proibição.

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Além do “universitário”

A edição de 2011 ficou marcada por misturar todos os tipos de música sertaneja. Deixou-se de lado aquela tendência de só levar as duplas do “novo sertanejo” e as portas foram abertas para Milionário e José Rico, que lotaram a arena, Chitãozinho e Xororó, que lotaram a arena, e Bruno e Marrone, que quase lotaram a arena, mas que foram os únicos a se apresentar sem outro show sertanejo na noite.

Como a intenção foi mostrar que o evento era sertanejo e sem restrições, a abertura da festa ficou a cargo de Paula Fernandes e Eduardo Costa, com arena lotada, mostrando que sempre há música sertaneja além da principal tendência da época.

Em plena quinta-feira (25), não se via espaços vazios durante a apresentação de Milionário e José Rico. Só essa informação já explica muita coisa.

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#odeiorodeio e #amorodeio

Um bezerro ficou paraplégico durante uma prova e teve de ser sacrificado. A mídia caiu em cima, as entidades protetoras do animais fizeram barulho, e a organização colocou a responsabilidade em cima do cavaleiro. No último sábado, um boi teve cãimbras e se arrastou pela arena. Teve gente que vaiou, em uma cena que eu nunca tinha visto em um rodeio.

Os rodeios não param de crescer no Brasil, e a cobertura da mídia vai ser cada dia maior. Por isso mesmo, o tema “maltrato” vai ser cada vez mais comentado. Escrevi na semana passada sobre isso e algumas pessoas entenderam que eu defendia o fim dos rodeios, quando na verdade, só acho que as festas precisam repensar as provas antes que rodeios importantes comecem a ser proibidos pela justiça (vários pequenos já são).

Por conta da repercussão da campanha “#odeiorodeio”, que pipocou no Twitter na semana passada, a organização mandou fazer a placa abaixo postada na foto acima.

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Michel Teló com “Ai, Se Eu Te Pego”, e Gusttavo Lima com “Balada Boa”

Fazia tempo que duas canções não se destacavam dessa forma. Mesmo ambas tendo trabalhos fortes de divulgação por trás, ficou visivel que “Ai, Se Eu Te Pego” e “Balada Boa” caíram no gosto popular. No trio, Michel tocou a música 4 vezes. Gusttavo cantou “Balada Boa” apenas uma vez, e a reação do público impressionou. Descrevendo o fato, talvez pareça exagero, mas quem presenciou, concorda que a reação da plateia chegou a assustar.

Curiosamente, as duas canções pertencem a cantores solo, nomes que até ano passado, apesar já fortes, eram colocados um pouco abaixo de duplas grandes em evidência. Os dois artistas são empresariados por escritórios diferentes, o que é positivo.

Curiosamente, no dia do show (27), Michel Teló completou dois anos de carreira solo, que foi lançada justamente em uma apresentação em Barretos, em 2009.


Donizeti alega “falta de profissionalismo” de Hudson e anuncia fim da dupla
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André Piunti

Durou pouco mais de seis meses.

Alegando “falta de profissionalismo e consideração” por parte de seu parceiro, o cantor Donizeti anunciou que a dupla Hudson e Donizeti se separou.

Eles chegaram a gravar um CD, que embora esteja pronto, não chegou a ser lançado.

Em 2009, Hudson se separou de seu irmão, Edson, e tentou carreira ao lado da banda “Rollemax”, projeto que se encerrou ainda no ano passado.

Hudson não atendeu o telefone para comentar o assunto.

Abaixo, o comunicado enviado por Donizeti.

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“Venho através desta comunicar e esclarecer que NÃO darei mais continuidade no trabalho com o cantor HUDSON CADORINI no cd denominado PROJETO HD (HUDSON E DONIZETI).

MOTIVO: A falta de profissionalismo e consideração do cantor HUDSON com a minha pessoa, ao faltar em compromissos agendados.

Ao tentar uma comunicação fui surpreendido com desculpas que ele esta DOENTE. Depois de muitas ligações via telefone, rádio e celular, recebi a informação através de terceiros que HUDSON não teria mais interesse em seguir o projeto e que não quer mais trabalhar.

Quero deixar bem claro que sempre tive respeito e profissionalismo com ele, sendo assim por consideração aos fãs e profissionais da mídia, achei melhor parar com o projeto HD.

Neste ano estou completando 30 anos de carreira artística sempre com o respeito e carinho do publico sertanejo.
Quero agradecer aos contratantes de shows, radialistas, programas de TVs, blogs na internet que me ajudaram na divulgação do projeto HD.

Afirmo também que sou um GUERREIRO nato e não vou parar de fazer os meus shows pelo BRASIL e lutar pela musica sertaneja que é e sempre foi minha vida, pois ela trás o sustento da minha família.

Espero contar sempre com vocês!

DEUS ABENÇOE A TODOS.
DONIZETI”


Programa Universo Sertanejo #85 – As mais tocadas de Barretos
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André Piunti

O programa continua em cima do tema “Barretos”, e dando sequência ao assunto de ontem, a seleção musical dessa edição foi feita com as 12 canções que tiveram algum destaque na primeira semana de festa.

As músicas colocadas nesse programa não estão aí por gosto pessoal ou qualquer outro interesse, são apenas canções que eu anotei que tocaram bastante em Barretos nos mais diferentes lugares.

Antes que já me alertem, prestei atenção para ver se as músicas vinham de carros contratados ou do áudio da rádio oficial. Algumas canções não são recentes, mas continuam tocando bastante.

Como comentaram ontem por aqui, o clima de festa não é nada favorável a uma canção romântica, por isso mesmo todas são animadas.

Abaixo, as canções mais tocadas em Barretos nessa primeira semana de festa.

(a “Sou Fod*” não foi colocada com o Carlos e Jader por conta de já haver outra música deles na seleção)

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01. Michel Teló – “Ai, se eu te pego”
02. Gusttavo Lima – “Balada boa”
03. Humberto e Ronaldo com Guilherme e Santiago – “Sou brabo”
04. Rionegro e Solimões – “Vira, Vira”
05. Grupo Rhaas com João Carreiro e Capataz – “Butecologia”
06. Carlos e Jader – “Cala boca e me beija”
07. Eric e Mateus – “Pó Pegá”
08. Fernando e Sorocaba – “Pega Eu”
09. Thales e Thiago – “Baladeiro”
10. Marília Mendonça com João Neto e Frederico – “Sou forte”
11. Luiz Fernando e Zé Miguel – “Você quer?”
12. Gino e Geno – “Bebo pa carai”


As canções que tocam até enjoar no Barretão 2011
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André Piunti

É indiscutível. Nenhuma música chegou perto de tocar o tanto que “Ai, se eu te pego”, do Michel Teló, foi tocada nessa primeira semana de Barretos.

Do boteco mais simples até as caminhonetes gigantes e caras, a música era colocada no repeat e ficava tocando o dia todo. Qualquer local que você fosse da cidade, mais de um veículo estava tocando “Ai, se eu te pego”.

Dentro do Parque, fora do Parque, na rua, no estacionamento, nos postos de gasolina. É de assustar, mesmo, ainda mais com a música tendo pouco tempo de trabalho.

Aos que não conhecem, a música segue abaixo.

[uolmais type=”audio” ]http://mais.uol.com.br/view/11841921[/uolmais]

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Também com bom destaque, está “Balada Boa”, do Gusttavo Lima, que tem tocado demais, também. Era bem previsível que o “tche tche re re” cairia no gosto do público, e foi o que aconteceu. Curiosamente, as duas canções, do Michel e do Gusttavo, são sucessos de bandas nordestinas, o que pode servir de base para uma boa discussão sobre música sertaneja.

Para quem não conhece “Balada Boa”, ela pode ser ouvida abaixo.

[uolmais type=”audio” ]http://mais.uol.com.br/view/11735120[/uolmais]

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A terceira canção mais ouvida em qualquer canto da cidade é a que mais gera críticas. “Sou Fod*”, versão de um funk, é tocada em inúmeras versões diferentes, com Carlos e Jader, Guilherme e Santiago, Humberto e Ronaldo, Munhoz e Mariano e vários outros. Até as respostas feitas para a música são tocadas.

[uolmais type=”audio” ]http://mais.uol.com.br/view/9749025[/uolmais]

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Como pode ser notado, nenhuma das músicas é do sertanejo tradicional, nem do universitário, nem do tal “pop sertanejo”, nem de outro rótulo. São três canções, adaptadas de outros estilos, com boa carga de malícia. É um ótimo exemplo de que quem escolhe o sucesso é o povo.

Por mais que haja o costume de se teorizar sobre qual música é boa ou ruim, o que acaba importando, no final das contas, é a identificação com o público. E essas três são as músicas do momento, ao menos na maior festa de peão do país.


Bruno sobre o novo CD: “Vamos salvar o ouvido de muita gente”
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André Piunti

Que a qualidade da música sertaneja atualmente não é das melhores, todos estão cansados de saber. Só que por outro lado, criticar fica fácil, se ninguém apresenta nada muito diferente do que se tem por aí hoje.

É justamente isso que se espera, para o próximo mês, do novo CD de Bruno e Marrone.

Após uma enxurrada de críticas pelo CD “Sonhando”, que trouxe repertório e arranjos mais adaptados com a atual realidade, nem mesmo os fãs conseguiram esconder certa decepção. Apesar de dizer que o número de shows aumentou de 2010 para 2011, a dupla já lida bem com o fato de o disco não ter sido bem aceito.

De olho em um projeto diferenciado, após um bom período de discussão, a dupla deixou o novo trabalho nas mãos do produtor Dudu Borges, conhecido por seus recentes projetos bem sucedidos ao lado de Jorge e Mateus e João Bosco e Vinícius.

Na última sexta-feira, em Barretos, conversei com o Bruno sobre o novo trabalho, e se é possível esperar que, assim como em 2001, eles lancem um trabalho novo capaz de mexer novamente com o rumo da música sertaneja.

A expectativa, muitas vezes negada por ele na conversa, é alimentada pelo próprio escritório da dupla, que divulgou a imagem abaixo na semana passada. Ao fim da entrevista, um trecho da nova música, “Juras de Amor”, que será lançada na próxima segunda-feira (29).

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Universo Sertanejo: Há uma grande expectativa sobre o novo CD de vocês, até mesmo o trabalho de divulgação da nova música tem utilizado a frase “O romantismo está de volta”. Vocês estão voltando a fazer o que sempre se espera de vocês?

Bruno: Olha, não é fácil assim falar da gente mesmo. Nós não estamos voltando a ser Bruno e Marrone, a gente sempre teve nosso estilo, e não é porque um CD é um pouco diferente, como foi esse nosso último, que a gente perdeu nossa característica principal. A gente sempre cantou musica romântica e isso tá bem forte nesse CD. Por mais que muita gente critique nosso último CD (Sonhando, 2010), nós nunca fizemos tantos shows. Sei que isso não responde tudo, mas é bom falar que nós continuamos rodando o Brasil todo como sempre.

US: É do nível dos melhores trabalhos de vocês?

B: Ele é do nível do CD de 2001 e do “Inevitável”. Na verdade, o de 2001 era uma boa coletânea de música sertaneja, e o “Inevitável” era de inéditas, foi um disco impressionante. Esse segue essa linha, com canções inéditas e uma ou outra versão. Tem tudo que a gente gosta no CD, com composições bem escolhidas.

US: Você acha possível conseguir mexer novamente com o mercado sertanejo a partir de um suposto sucesso do novo CD?

B: Daquela vez que a gente surgiu, em 2001, nós éramos uma dupla nova aparecendo pro grande público. Não sei se tem como estourar duas vezes, repetir o que a gente fez, mas é claro que eu gostaria que acontecesse se fosse possível. O CD é diferente do que se está fazendo por aí, porque tem mais a nossa cara, então talvez surpreenda algumas pessoas. Eu e o Marrone não temos intenção nenhuma em surpreender quem quer que seja, a gente só quer fazer o melhor trabalho possível. Mas se der pra tornar a música sertaneja melhor, eu ficaria muito feliz.

US: Vocês conseguiram deixar de lado o novo mercado pra pensar nesse CD novo?

B: Olha, cara. Chegou um momento, um tempo atrás, que eu parei e percebi que não sabia o que gravar. É terrível, bicho. Um mercado louco, um monte de gente aparecendo, estourando uma música e sumindo. Aí a gente teve que pesar as coisas e lembrar que a gente não precisa entrar nessa loucura, só precisamos continuar com nosso trabalho. A loucura tá muito grande, aparece gente que não sabe nem o que tá fazendo, então a gente decidiu fazer o nosso melhor sem ficar olhando muito pro lado.

US: Você diz que não tem intenção de surpreender ninguém, mas sim fazer o melhor trabalho possível. Que reação você espera das pessoas ao ouvir o novo repertório?

Eu espero que elas gostem, que nossos fãs gostem. Não me considero salvador de nada, mas sei que a gente vai salvar o ouvido de muita gente.

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[uolmais type=”video” ]http://mais.uol.com.br/view/11989370[/uolmais]

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