Blog Universo Sertanejo

Arquivo : abril 2012

“Trio Parada Dura” modernizado
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André Piunti

Regravar “Trio Parada Dura” não é nenhuma novidade, mas o vídeo abaixo traz uma regravação peculiar: trata-se de versão, como dizem, “repaginada”.

A canção “Castelo de Amor”, um dos grandes sucessos do “Trio”, foi regravada pelo cantor mineiro Thiago Cardoso, e ganhou um arranjo inédito. Vale conferir a experiência.


Programa Universo Sertanejo #119
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André Piunti

Fala, pessoal.

Entrou no ar, no final da tarde de ontem, a 119ª edição do programa Universo Sertanejo, na Rádio UOL.

Na edição desta semana, destaque para a música “A Verdade”, que será a próxima trabalhada pela dupla Fernando e Sorocaba. Além dela, algumas canções que aparecem pela primeira vez no programa, como “Tá Bagunçado”, de George Henrique e Rodrigo, “Pra Ser Perfeito”, de Michel Teló, e “Viola e Cantador”, com João Carreiro e Capataz.

O programa ainda traz duas lembranças do Trio Parada Dura. A canção “Castelo de Amor”, em uma nova versão feita pelo cantor Thiago Cardoso, e “Uma Vez Por Mês”, na gravacão original.

Para ouvir, basta clicar na imagem abaixo.

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01 – Fernando e Sorocaba – “A verdade”
02 – George Henrique e Rodrigo – “Tá bagunçado”
03 – Daniel – “Quem diria”
04 – Michel Teló – “Pra ser perfeito”
05 – Amado Batista – “Reclamando sua ausência”
06 – Ronaldo Viola e Praiano – “Desatino”
07 – Jorge e Mateus – “Te amo tanto que nem sei”
08 – Marciano e Rick – “Vida real”
09 – Israel Novaes – “Depende”
10 – Thiago Cardoso – “Castelo de amor”
11 – João Carreiro e Capataz – “Viola e cantador”
12 – Trio Parada Dura – “Uma vez por mês”


“A Liga” sobre música sertaneja acerta na abordagem, mas erra nas informações
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André Piunti

Foi ao ar, na noite de ontem (17), o especial que o programa “A Liga” fez sobre o “novo” sertanejo.

Apesar da insistência em focar em São Paulo quase todas as abordagens, sendo que São Paulo é uma das capitais menos importantes na formação do ‘novo’ sertanejo, o programa foi bem a0 mostrar o lado da ‘elite alienada’, filhos de famílias ricas que estão mais preocupados em gastar do que em ouvir determinado estilo musical, e o lado do pessoal que sai com a única intenção de se divertir ouvindo música sertaneja.

O sertanejo “modinha” é uma realidade. Incomoda, mas não tem como esconder.

Foi exibido o rodeio de Pilar do Sul, uma festa muito mais ‘bruta’ do que ‘pop’, sem o ranço preconceituoso de tantas outras matérias que vemos por aí, e deram espaço aos que ainda batalham pelo sucesso, focando o Fabiano Martins, filho do Marciano, que toca na Praça da Sé.

Do lado negativo, o programa repetiu uma ideia errada que aparece em diversas matérias sobre música sertaneja: a de que o sertanejo se tornou, hoje, a principal música do Brasil. Hoje???

Outra escolha também presente em outras matérias foi a de querer cravar a fórmula para explicar o atual sertanejo: dancinha, letra fácil, ritmo animado e etc. A maior vendedora de discos do ano passado já desmonta todo o raciocínio.

Um dos pontos mais aguardados do programa foi o encontro do Lobão, que trata pejorativamente essa nova turma em entrevistas, e que declarou na semana passada que Luan Santana é um “pobre coitado”, com Michel Teló.

Lobão elogiou Teló, que conhece muito bem as opiniões do apresentador, e a conversa foi do nada a lugar nenhum.


Além dos altos cachês
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André Piunti

Duas notícias no início da semana mostram que os altos cachês de shows, definitivamente, não são mais a única boa fonte de renda dos sertanejos.

De acordo com a Veja, Luan Santana, Ivete Sangalo e Thiaguinho assinaram com a Lacta. Valor: 1,5 milhão para cada um, em um contrato que dura até o final do ano. Ou seja, Luan receberá o equivalente ao cachê de 5 shows para ser garoto-propaganda da marca de chocolates.

Os três artistas farão um pocket show em São Paulo para comemorar os 100 anos da empresa.

A outra informação vem do jornal Meio e Mensagem, destinado ao mercado publicitário. A P&G irá investir R$ 1 bilhão em mídia a partir de julho até meados de 2013, e um dos artistas visados pela empresa é Michel Teló, que fez uma ação pontual da “Oral B” no carnaval.

Na entrevista ao jornal, o presidente da empresa no Brasil, Tarek Farahat, cita Michel, Faustão e Luciano Huck como exemplos de figuras que se indentificam com os propósitos da P&G. Não foi anunciada nenhuma nova parceria de Teló com a empresa, mas com o presidente elogiando o cantor em entrevista, é fácil imaginar o que vem por aí.

Lembrando que no ano passado Victor e Leo, Zezé di Camargo e Luciano e o próprio Luan Santana fecharam mais um acordo milionário com a Friboi.


Victor e Leo fazem campanha para alertar sobre problemas de voz
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André Piunti

Ontem, dia 16, foi “Dia Mundial da Voz”. Coincidentemente, a matéria com o médico foi ao ar justamente no dia, não foi nada planejado.

A SBFa (Sociedade Brasileira de Fonodiaulogia) escolheu Victor e Leo como figuras principais da campanha de 2012 para chamar a atenção para os cuidados com a voz.

Como a dupla diz abaixo, qualquer rouquidão pode significar algo mais grave.


Os problemas de voz de Zezé di Camargo e Galvão Bueno
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André Piunti

Sempre tive muita curiosidade em entender sobre a perda aparente de voz que diversos sertanejos têm ao longo da carreira, e resolvi ir atrás do médico que operou o Zezé di Camargo.

Além do Zezé, o Dr. Luiz Cantoni é médico do Galvão Bueno, e foi responsável pela cirurgia nas cordas vocais do Frejat, oito anos atrás.

Tive uma extensa conversa com o Dr. Cantoni, e a entrevista foi divida em duas partes. Uma matéria no UOL e um bate-papo aqui no blog.

A matéria do UOL, que fala de Zezé, Galvão e de Bob Dylan, pode ser lida AQUI.

Abaixo, uma outra parte da conversa, que esclarece algumas dúvidas de quem aspira cantar profissionalmente e até mesmo dos cantores de chuveiro.

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Doutor Luiz Cantoni é médico otorrinolaringologista, foniatra, e músico. Formou-se na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e se especializou em ‘voz’ justamente pela paixão por cantar. Suas cirurgias, na maior parte dos casos, são acompanhadas por terapias e aulas de canto desenvolvidas e ministradas por ele mesmo.

-Os sertanejos não têm mais problemas do que deveriam?

Pode ser, há uma incidência grande, muito por conta da falta de conhecimento do instrumento. Há também um paralelo interessante de se fazer. Imagine um jogador de futebol, que faz parte de um meio que gera tanto dinheiro quanto o meio da música. Durante um jogo, ele tem ali do lado um médico, um fisioterapeuta, um massagista, um técnico e toda estrutura para que ele esteja seguro o máximo possível. Agora pegue um cantor. Durante um show, quem está com ele? Isso já responde algumas coisas.

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-Qual a primeira dica que você daria a um cantor que toca na noite, muitas vezes por horas, e que não tem acompanhamento de uma fono ou de um médico?

As pessoas falam muito em exercício, mas o mais básico pra um cantor, seja ele iniciante ou consagrado, é a regulagem do som. Não há exercício algum que vai te salvar se você estiver com um som mal regulado. Quando você for comprar seu equipamento de som, dê atenção primeiro a uma caixinha pra você usar como retorno, só pra você ouvir sua voz. Se você ouve sua voz perfeitamente, você não vai fazer nenhum esforço pra cantar, e sua voz vai acabar o show com a mesma qualidade que começou. Então minha primeira dica, antes de se preocupar com qualquer exercício, é ficar atento a como você ouve sua voz no palco. Já ouviu o Roberto Carlos forçar em algum momento a voz dele? Ele é um dos que mais se preocupa com a regulagem, termina um show sem esforço algum.

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-Quais são os erros mais comuns que você nota ao ver um show ou ao conversar com um cantor?

Há algo que as pessoas devem prestar muita atenção. Se você termina o show rouco, nem que seja um pouquinho rouco, há algo de errado acontecendo. Ao contrário do que muita gente pensa, acabar um show com a voz rouca é um problema. Pode ser tanto apenas uso errado quanto um problema mais grave, mas normal não é de forma alguma. Eu mesmo já conversei com cantores que me disseram: “nossa, doutor, cantei demais que saí até rouco”. Isso é um erro, a pessoa preparada pra cantar não pode ficar rouca ao fim da apresentação.

Outro problema complicado é que quando o cantor tem um problema, ele não procura um médico. A primeira pessoa que você tem de procurar é um médico. A fonoterapia quem vai te indicar é um médico, e isso não é uma defesa por eu ser médico, mas porque um determinado exercício pra uma corda doente pode significar o agravamento da doença. Eu opero de 50% a 60% das pessoas que passam pelo consultório, e grande parte delas tiveram seus problemas agravados ao buscar terapias alternativas e não um médico.

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Como nasce um problema nas cordas?

Imagine um cantor, sem técnica, fazendo muita força pra cantar. A primeira coisa que acontece são as lesões traumáticas, quer dizer, aqueles vasos pequenos estouram, e então você tem um súbito sumiço de voz. Você termina o final de semana rouco, descansa durante a semana, e no outro final de semana já está recuperado. Mas com a repetição das lesões, o período de recuperação passa a ser maior, e você nota que a rouquidão já não some como antes. Tem gente que vai nesse ritmo por anos e anos, sem imaginar o que está causando na corda vocal. Na tentativa de melhorar, a pessoa muda o repertório do show, muda o tom das músicas, procura alguma alimentação que ajude, tenta mudar de hábito, tudo pra evitar ir ao médico. Quando ele decide ir ao médico, na maioria das vezes, o estado da corda vocal já é grave.

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-O cigarro e a bebida prejudicam?

É complicado você dizer que o cigarro vai causar algo diretamente, se há diversos artistas que têm esse hábito e nunca apresentaram problemas nas cordas. Os males causados pelo cigarro e pela bebida ao organismo são de conhecimento de todos, então não é recomendável, seja você cantor ou não.

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-O que é exatamente a técnica? Quanto tempo uma pessoa leva pra aprender a cantar corretamente?

A técnica só serve pra ajudar a pessoa que quer cantar. Saber usar a técnica entender o quanto de ar é necessário pra emitir o som, é saber utilizar o diafragma em vez da garganta. Em uma aula, a pessoa já percebe que ali há algo diferente, a reação é imediata. Mas pra aprender e por em pratica, como em qualquer comportamento humano, é necessário que o ensinamento seja repetido por 3 meses pra entrar no automático. Posso te dizer que em 6 meses, qualquer pessoa aprende a cantar da forma correta.


“Virada Cultural” sem cultura caipira
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André Piunti

Na última sexta-feira, foi divulgada a extensa lista de atrações da Virada Cultural de São Paulo, que será realizada nos dias 5 e 6 de maio.

Assim como tem se tornado comum, a música caipira ficou muito pouco representada, praticamente esquecida.

Haverá apresentações de Tinoco, Pedro Bento & Zé da Estrada e Yassir & Rodrigo Sater. E só.

Para não soar só como pura reclamação, há sim diversas outras atrações que poderiam ser colocadas para que a cultura caipira fosse mais representada. Basta assistir a apenas uma edição do “Viola Minha Viola” que já se acha número suficiente de artistas para homenagear uma cultura que faz parte da história do estado de São Paulo.

Isso sem contar as orquestras de viola espalhadas pelos país.

Se a música caipira não tem mais a força que teve nos anos 1950/60 na própria capital, também é fato que artistas defensores do estilo musical existem aos montes.

Nos próximos dias, se por acaso surgirem novos nomes na programação, eu publico por aqui.


Chitãozinho e Xororó e Ford Caminhões renovam parceria para mais uma turnê
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André Piunti

A Ford Caminhões e a dupla Chitãozinho e Xororó renovaram a parceria assinada em 2011, quando os irmãos comemoravam 40 anos de carreira.

Na última quinta-feira (12), em uma reunião em São Paulo, foi acordado que a empresa patrocinará mais uma turnê especial. Serão 12 shows sob o nome de “Chitãozinho e Xororó na Estrada”. As apresentações serão utilizadas para promover produtos da fabricante de caminhões.

A gente reclama muito que os grandes nomes do sertanejo são preteridos por outros nomes da música brasileira quando se trata de patrocínio empresarial. Neste caso, então, ponto positivo pra Ford Caminhões.

Abaixo, a dupla ao lado de Oswaldo Jardim, diretor operacional da empresa.


“Viola Minha Viola” celebra centenário de Mazzaropi
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André Piunti

No último domingo, o “Viola Minha Viola” exibiu um programa em homenagem ao centenário de Amácio Mazzaropi (09/04/1912), que será reprisado amanhã (14), sábado, às 20h, na TV Cultura.

Todas as canções apresentadas no programa fizeram parte das trilhas de seus filmes. Por conta da data especial, o apresentador Raul Gil foi convidado, e o musical ficou por conta do grupo Paranga e das duplas Oswaldinho & Marisa Viana e Moacyr & Sandra.

A história é longa e interessante, então na semana que vem eu conto como Mazzaropi decidiu investir no “Jeca”, seu principal personagem, que com o humor ajudou muito a popularizar a figura do caipira.

Abaixo, as canções apresentadas no programa e os nomes dos filmes dos quais elas fizeram parte.

O Que Ouro Não Arruma (cantiga) – Candinho (1953)
Jóia do Sertão (Elpídio dos Santos) – Zé do Periquito (1960)
Dona do Salão (Elpídio dos Santos/Conde) – Fuzileiro do Amor (1956)
Sopro do Vento (Elpídio dos Santos) – Tristeza do Jeca (1961) 
Luar do Sertão (Catulo da Paixão Cearense/João Pernambuco) – Jeca Macumbeiro (1974)
Galo Garnizé (Antonio Almeida/Luiz Gonzaga/Miguel Lima) – Candinho (1953)
Fogo No Rancho (Elpídio dos Santos/Anacleto Rosas Jr) – Jeca Tatu (1959)
A Dor da Saudade (Elpídio dos Santos) – A Casinha Pequenina (1963)

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Há um vídeo do especial publicado no YouTube. Trata-se de Moacyr & Sandra cantando “Luar do Sertão”.


Após tarde no hospital, Luciano se mostra disposto no palco ao lado do irmão
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André Piunti

Aos que não ficaram sabendo, o cantor Luciano passou a tarde de ontem no Hospital do Coração de Londrina, por conta de uma infecção estomacal.

Como o motivo que o levou ao hospital demorou a ser divulgado, muito se especulou se o caso não teria alguma relação com a famosa internação do cantor após a briga com Zezé, em outubro do ano passado, em Curitiba.

Passadas algumas horas sem informações, quem deu a notícia de que estava tudo bem com Luciano foi o próprio Zezé, via Twitter:

“Por favor!!! Sem alardes!! Meu irmão só teve um probleminha no estômago e já esta no hotel, pronto pro show. “

Liberado para se apresentar, Luciano e seu irmão foram a principal atração da noite na ExpoLondrina, como pode ser conferido nas duas fotos da postagem. Quem assistiu ao show, disse que em nenhum momento o cantor pareceu debilitado.

Durante a apresentação, Luciano ainda brincou com a situação: “Fiquei tão ansioso de voltar aqui em Londrina que eu até passei mal”.

*Fotos: André Silva