Blog Universo Sertanejo

BASTIDORES: Entrevista com Dudu Borges

André Piunti

Dou início hoje, aqui no blog, a uma série de entrevistas chamada ''Bastidores'', com figuras importantes e influentes da música sertaneja que nem sempre se tornam conhecidas do grande público.

São produtores, assessores, empresários e contratantes contando um pouco de sua história e de sua importância para o atual estágio do sertanejo. Toda segunda-feira haverá uma nova entrevista.

Hoje, na estreia, a entrevista é com o produtor musical Dudu Borges.

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Eduardo Borges de Souza, 30 anos, campograndense.

Conhecido como Dudu Borges, o produtor deixou o Mato Grosso do Sul e se mudou para São Paulo aos 17 anos, atrás de música. Cresceu musicalmente na igreja, virou nome respeitado no mercado gospel, e se tornou produtor e músico da banda ''Resgate''.

Dudu é o principal produtor sertanejo da atualidade. Em suas mãos, atualmente, estão Bruno e Marrone, Jorge e Mateus, Michel Teló, Luan Santana, Fernando e Sorocaba, João Bosco e Vinícius, Marcos e Belutti, entre vários outros, todos produzidos em seu estúdio fundado em 2009 em São Paulo, o ''VIP''.

Na lista publicada semanalmente no blog com as canções sertanejas mais tocadas, ele chega a dominar quase metade das posições. No ranking divulgado hoje, na postagem anterior, das cinco primeiras canções, quatro são produções suas: ''Te Esperando'', ''Vidro Fumê'', ''Amiga da Minha Irmã'' e ''Veneno''.

A carreira bem sucedida, no entanto, encontra resistência dentro mesmo do meio sertanejo. Considerado o principal responsável por ter tornado a música sertaneja em música pop, ouve duras e repetidas críticas de quem não considera que sua linha possa ser chamada de ''sertaneja''.

Abaixo, a conversa que tive com ele.

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Você se reconhece como o cara que criou essa fase atual do sertanejo?

Quando eu produzi João Bosco e Vinícius pela primeira vez, no final de 2000, eu não tinha noção do que poderia acontecer. Eu fiz o que achei que tinha de ser feito, mas sem imaginar que aquilo poderia mudar o rumo das coisas. Eu sei que eu mudei a música sertaneja, mudei todo um estilo, mas foi tudo feito sem essa pretensão.

Pega João Bosco e Vinícius e vê o que vem depois disso. Ali foi a mudança, com ''Sufoco'', ''Chora, me liga'', ''Falando Sério''. Veja o que veio depois, de Luan Santana até qualquer outro artista. Começou ali. Não existia uma música com tanta virada de bateria, com tanta conversão, com tanto detalhe quanto ''Sufoco''. E ao mesmo tempo soava seco, sem muitos instrumentos. Até ali, ninguém tinha feito isso.

Não demorou muito pra que as críticas surgissem, principalmente na linha de que você estava estragando o sertanejo…

Sim, não demorou nada. Hoje eu não me incomodo sinceramente com crítica, mas aprendi depois de apanhar muito. O que incomoda é a falsa crítica, o cara que fala mal de você, mas vai lá e faz o arranjo igual. O difícil da crítica no começo é você ver tudo o que você está conquistando, o que você está acertando, e ter de ouvir coisas contrárias. Mas é do jogo.

Quando você chegou a conclusão de que havia deixado de ser um produtor promissor pra se tornar uma grife, uma figura relevante?

Quando as pessoas que eu sempre admirei passaram a me respeitar. E no fim, é isso que importa. Olha só… eu receber uma ligação do Bruno e Marrone, depois de tudo que falaram que eu estraguei o sertanejo, é uma coisa inexplicável. Você percebe que não tava errado naquilo que fez. Nomes indiscutíveis da história da música, caras que vão ser lembrados pra sempre, me procurando pra fazer um trabalho novo e a gente conseguindo fazer mudanças importantes na dupla. Isso me fez me sentir melhor.

Com o tanto de artistas de primeiro escalão que você produz atualmente, é inevitável que você fique em meio a um fogo cruzado entre escritórios e entre cantores que não têm boa relação ou até mesmo uma concorrência mais acirrada. Como você lida?

Eu tento ser imparcial, mas não sou… assim… tudo o que eu puder fazer pra unir todos e deixar as coisas em paz, eu tento fazer. Na hora certa, no momento certo, eu vou lá e tento. Quem mexe com música, na maior parte dos casos, têm os sentimentos muito aflorados, então nem sempre é fácil. E muitas vezes os ''grandes problemas'' são coisas tão pequenas que passa o tempo e eles se esquecem. Pode parecer só algo bonito, mas não é: a música é capaz de juntar todo mundo. É através dela que eu vou sempre tentar unir, acho importante isso, e costuma funcionar.

Você tem uma marca forte nas suas produções, deixa sua assinatura nos seus trabalhos. Produzindo tanta gente de repercussão, não corre o risco de os produtos começarem a ficar muito parecidos?

Eu tenho que saber que eu preciso dar a cara do artista ao disco dele, e não a minha cara. Eu me inspiro no cantor ou na dupla pra que o trabalho fique parecido com ele, não comigo. A partir daí é que eu começo a fazer o meu trabalho.

Mas e suas preferências de timbre, músicos, ritmos? Não há um risco de ficar tudo meio padrão?

Sim, é um risco que precisa de cuidado, tenho que pensar nos outros discos que já fiz pra não repetir algumas coisas, mas não é algo tão complicado dessa forma. Há muitos artistas que tocam, como o Mateus (Jorge) e o Fernando (Sorocaba), então cada um já tem uma personalidade traçada.

Você é difícil na hora da produção? Costuma ceder?

Acho que isso passa pela relação que você tem com o artista. Nós estamos juntos pra fazer o melhor trabalho possível, então os dois precisam saber ouvir, eu tenho essa consciência. Não sou de levantar a voz, brigar, não faço isso, mas se o cara quiser um produtor só pra fazer o que ele manda, eu não sou esse cara. Eu sei que se der errado, a culpa vai ser minha, então eu preciso puxar essa responsabilidade.

Você já gravou algo que se arrepende?

Já. Não a ponto de me arrepender amargamente, algo que vai manchar minha carreira, mas já abri exceções que não foram legais.

Sabe-se que você é o produtor mais caro do mercado atualmente (ele preferiu não abrir os valores na entrevista), algo natural pelo espaço que você conquistou. Como é essa sua relação financeira com os artistas?

Eu uso a boa relação com os artistas e os empresários pra lidar com essa situação. Não há só uma forma de você receber, você pode receber na venda dos CD's, você pode receber algum adiantamento, pode procurar várias formas. Eu me preocupo com o outro lado também. Sei que apesar dos cachês altos, há muita conta a se pagar.

Hoje consigo sentar com uma dupla ainda no começo, disposta a pagar mais até do que eu pediria, e dizer pra eles não gastarem esse dinheiro assim. Os valores mais altos acabam sendo com os artistas do topo. Não é que eu cobre de acordo com o que eu sei que o cara ganha, não é isso, mas é o quanto um trabalho de tanta repercussão não me consome. Eu me doo o máximo ao projeto e assumo toda a responsabilidade de cada trabalho, e isso tem um preço.

Tem uma coisa interessante de contar. Eu produzo música uma atrás da outra há anos, sem parar. O reconhecimento demora muito, é uma estrada muito longa. Um hit não muda sua vida, dois, três não mudam. Um disco bom também não muda, você precisa fazer outro, e outro. Eu vim pra São Paulo com 17 anos e fui ganhar dinheiro 2, 3 anos atrás.

Uma das suas parcerias que mais repercutiu foi com Jorge e Mateus, talvez a que mais tenha gerado discussões até hoje. A dupla chegou já grande ao seu estúdio, e você apostou em uma mudança forte no estilo da dupla. Como foi essa passagem?

Quando a gente começou a trabalhar junto, foi uma época bem difícil pra mim. Você ler todos os dias que você não vai superar um disco sendo que você não teve chance ainda de fazer sequer uma nota do novo trabalho, é difícil, incomoda. Eu arrisquei o que eu podia e dei minha vida nesse disco (Aí Já Era). Eu tinha certeza que seria um disco que ou daria muito certo, ou daria muito errado. Ninguém sabia o que iria acontecer, apesar de eu saber que era bonito, muito bem feito. Eu mexi no jeito do Jorge de cantar, eu ganhei o respeito do Mateus e eles comparam a ideia de arriscar.

Faz pouco tempo, até, ouvi uma pessoa próxima dizer que o que eu fazia não era a cara do Jorge e Mateus. Mais uma vez, tive que ouvir e fiquei quieto, mas me incomodou. Hoje, com essa popularidade, com esses números, com essa carreira impressionante, eu não tenho dúvidas que a cara do Jorge e Mateus é a do ''Aí Já Era'' pra cá.

É o seu melhor disco?

Não. Sem demagogia, não consigo enxergar um melhor disco. Só pra te dar um exemplo, eu sinto o ''A Hora é Agora'' melhor que ele. Aliás, como eu vou comparar um disco com o ''Curtição'', com tudo que ele representou? Cada caso é um caso, sem demagogia, não teria problema em dizer se houvesse mesmo algum.

Sinceramente, pra ficar no Jorge, eu acho o ''A Hora é Agora'' mais completo, mais maduro. A diferença é que o ''Aí Já Era'' tinha o fator novidade, que faz com que as pessoas falem dele até hoje.

A certa altura da ascensão do novo sertanejo, o mercado se viu liderado por dois produtores: você e o Ivan Miyazato, além de uma série de músicos oriundos de Campo Grande. O que essa turma tinha de tão especial pra chegar tão longe?

Eu não sei, cara. Eu não sei explicar. Parece meio gospel o que eu vou dizer, mas eu acho que Deus escolheu as pessoas que estavam lá em Campo Grande e que eram amigos. Todo mundo que tava lá e deu certo, trabalhou junto em algum momento. Havia alguma química musical e as peças foram se encaixando.

Você prevê uma queda forte do sertanejo para os próximos anos? Concorda que o estilo tomou um rumo não muito positivo?

Não, não tem porque ser assim. Há muito o que se fazer, mas é preciso ser feito. O sertanejo é muito amplo, muito democrático. As rádios sertanejas tão lá no alto, muitas baseadas no romântico, as festas estão em alta, com as músicas de balada, e a galera que ouve modão nunca vai ficar sem os modões.

A gente tá num momento em que precisa surgir uma novidade, que não é necessariamente algo que vai chocar ou mudar tudo, mas que precisa se mostrar diferente. E o meu grande desafio e de quem trabalha com música é conseguir achar essas novidades sem fugir do sertanejo, pois aí você erra. Eu tenho a chance e a oportunidade de apresentar coisas novas, e é isso que tento fazer a cada novo trabalho.

Pra finalizar, queria que você falasse de Michel e ''Ai Se Eu Te Pego''.

O que eu posso te dizer sobre o Michel, resumindo, é que tudo o que aconteceu com ele, a gente só foi assimilar há pouco tempo. Eu e ele só tivemos a dimensão do que ele conquistou quando a gente sentiu o que estava acontecendo com o Psy. É difícil olhar quando você está de dentro, você não tem ideia das coisas.

Quando o Psy estourou no mundo e a gente viu de fora, deu pra cair a ficha do que o Michel tinha conquistado. O estouro ''Ai Se Eu Te Pego'' lá fora não mudou minha vida profissionalmente, mas gerou uma marca que eu vou levar pro resto da minha vida, um número que dificilmente alguém vai atingir de novo. Por muito tempo eu vou fazer parte da música brasileira, e eu agradeço muito a Deus por isso.

*Fotos: Olivio Netto

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*O sistema de comentários do blog está passando por uma mudança, então praticamente todos os posts estão sem nenhum comentário. Os comentários não foram apagados, apenas não estão visíveis durante a mudança. Logo estarão de volta.

  1. Fred

    19/04/2013 13:18:57

    Quem conhece o Dudu Borges e tem a oportunidade de saber a maneira que ele trabalha e produz, sabe o quanto suas produções são feitas com carinho e cuidado. Quanto as mudanças emprestadas ao estilo, nada mais natural. O dinamismo dos tempos atuais não permite que qualquer coisa que seja se engesse em nome disso ou daquilo. O fato da utilização de novos ritmos, timbres, etc, é um avanço e uma adequação aos novos tempos. O que Dudu faz é contribuir com o estilo e com o sertanejo. Talvez, se o estilo estivesse parado no tempo, não seria hoje o maior mercado musical brasileiro. Portanto, é importante entender que tudo evolui, tudo muda...E quem conhece os trabalhos do Dudu, certamente apreciará bem essa mudança.

  2. Marlon

    19/04/2013 11:41:22

    Prefiro o Dudu Borges no Resgate!!!!

  3. Otavio

    18/04/2013 20:20:36

    Que mania desse povo de ser tudo oito ou oitenta!!! Sou sertanejo e roqueiro, no rock tem músicas ruins e músicas boas tanto quanto no sertanejo. Se acham que só sai coisa ruim vejam os novos clipes do João Carreiro e Capataz "prefácio" e Jads e Jadson "jeito carinhoso".

  4. Ioio Cowgirl

    18/04/2013 11:58:07

    Ótima entrevista. Muito bom conhecermos quem está nos bastidores, tão importante quanto o próprio artista.

  5. Fernando Andrade

    17/04/2013 19:52:31

    Pegar ARTISTA PRONTO é fácil... E DIZER QUE MUDOU O ESTILO é Sacanagem... isso começou mais com o PINOCHIO do que com ELE!hahahaPegar artista pronto é com DUDU BORGES...ESTOURAR ARTISTA é com IVAN MIYAZATO...e quem começou com a mudança... PINOCHIO!

  6. Vanderson Carvalho

    17/04/2013 16:48:41

    Tá aí o Homem que estragou meu som de Bruno e Marrone. Imploro todo dia pra que o Bruno dê um basta no desejo das gravadoras e a dupla volte a ser o que era. Mas com a grana q rola acho dificil

  7. J. Nóbrega

    17/04/2013 10:33:23

    Quanto comentário de quem nem curte Sertanejo! Sim, essas mudanças acabaram com a qualidade das letras e tal, mas também melhorou bastante, por exemplo, a pegada mais moderna do CM&F, não faz com que sejam fúteis, pelo contrário, músicas do tipo "Tarde Demais" possui uma pegada mais "universitária", mas com uma letra ótima..O problema na verdade são às rádios que pegam uma música ruim e toca ela pelo menos cinco vezes seguidas a cada 30 minutos!

  8. KATIA

    16/04/2013 14:01:09

    Hoje sertanejo universitário é moda, não tem como falar que é música de qualidade, trazer samba, funk para o sertanejo é perder a essência e o sgnificado de suas origens. As letras do sertanejo universitário é muito pobre em conteúdo, além desdas rimas ridiculas. Infelizmente a atualidade compara a qualidade das músicas, com o retorno que tem de R$.

  9. RSP

    15/04/2013 23:23:01

    E quem disse que Leandro e Leonardo não utilizava sanfona e viola?Já ouviu "Anarrie"? "Devolva a Passagem"?"Rumo a Goiania"?"Um Violeiro Toca"?A diferença é que antigamente era bem feito, hoje é a balada, a pegação, e o instinto capitalista mais aguçado do que nunca.Hoje em dia ninguém se preocupa com trabalho bem feito e com repertório, o que manda é vender e lucrar.O sertanejo deixou de ser simples, ingenuo, sentimental, e passou a ser negócio $$$$.Olha esse Dudu Borges, a "cara" de sertanejo que ele tem, só estão querendo aproveitar do genero mais popular do país (construido por Tião Carreiro, Tonico e Tinoco, Ch & X, Leandro e Leonardo.......) para vender um pop mal feito, aprovetando-se da imagem construida pela música sertaneja no país.Tem versões de heavy metal cantando clássicos sertanejos e nem por isso receberam o titulo de "Sertanejo pesado", é heavy metal, assim como o pop não é sertanejo universitario.

  10. Carlos Bernardes

    15/04/2013 22:06:06

    Ele é um produtor fantastico e não dá pra falar nada, mais era obrigação dele falar mais e dar uma moral maior pra João Bosco e Vinícius, pq foram eles que fizeram o nome dele com o album curtição, e enquanto ele fica se vangloriando com Luan Santana, Fernando e Sorocaba, Jorge e Mateus, deveria pensar melhor, refletir e dá uma moral a mais pra quem realmente fez ele ser conhecido como ele é hoje, pq sem o album Curtção e o Euler coelho pra fazer a Chora me liga ele não estaria onde tá hoje não, então pense bem.

  11. Gabriel

    15/04/2013 20:53:53

    Só acho que as pessoas podiam entender (na minha opinião, sendo que nem ouço sertanejo) o seguinte.. Antigamente falavam dessa vida no campo, roça e tudo mais.. Era a realidade da época. Mas agora as pessoas vivem nas cidades, nos shoppings e etc, e infelizmente vivem (por que querem) coisas fúteis e levam isso pra suas musicas. E isso torna, mesmo que de forma triste, o sertanejo (que se tem hoje) tão "verdadeiro" quanto antigamente. Pois concorda que se os jovens continuassem escrevendo sobre a vida no campo, haveria algo de errado?É necessário avaliar o contexto atual da sociedade. As pessoas não estão consumindo informação, não querem conhecer cultura de nada pois pra elas não servem de nada. Os jovens trabalham a semana inteira para curtir um fim de semana, bebendo com os amigos na balada e o assunto sempre é a "pegação".A maioria das pessoas que vem aqui meter o pau e chamar o sertanejo de lixo, são roqueiras.Eu amo Rock, e sei quanta coisa boa ele carrega. Mas também sabemos quanta besteira circula em em muitas de suas letras. Nesse aspecto (conteúdo das letras), sua diferença pro sertanejo é só o "tipo de besteira". E digo mais, apesar do Sertanejo Universitário ter "perdido" tantas características de suas raízes, trouxe de volta outras, como a sanfona e até a viola que estavam há muito tempo afastados do palco (desde a "era" de zezé di camargo e luciano, leandro e leonardo e etc). E mudar, recriar, constantemente os aspectos musicais do Sertanejo, como o Dudu tem feito, é até um presente pros nossos ouvidos, se considerarmos que acabamos ouvindo o gênero obrigatoriamente onde quer que estejamos devido à "febre". Pelo menos não é aquele batida de funk ou forró sequenciada com timbres horríveis e que esbanja "preguiça" por parte de sua produção. Muito pelo contrario disso, temos hoje no sertanejo, principalmente na "safra" Dudu Borges, uma diversidade de timbres e interessantes variações rítmicas pro estilo, onde muitas vezes se tirarmos a voz da dupla (ou cantor) ouvimos facilmente um Coldplay por exemplo.

  12. Gustavo Ferreira

    15/04/2013 19:46:09

    acredito que falta masi amor, mais romance, e mais raiz ! não que o trabalho dele seja ruim, sou fã de seu trabalho, mais acho que esse novo que falta é o velho com uma nova produçããão.

  13. roberto fernandes

    15/04/2013 19:35:36

    Prezados tão facil definir o "sucesso" de hoje deste estilo musical. Hoje é musica romantica cantado em dois´mas sertanejo nunca será, pois musica sertaneja tem como instrumento viola,violão e as vezes uma sanfona,agora bateria,guitarra,baixo,não fazem parte desse time de sertanejo. O cara pode ser bom no que faz,mas não pode falar em estilo sertanejo.Abs.

  14. Luiz Henrique

    15/04/2013 17:26:22

    Também não gosto de arrocha e funknejo que valorizam bebedeiras e falam muito de sexo fácil, menosprezando a figura da mulher, como a maioria das músicas do funk carioca. Porém acho que a maioria que vem opinar aqui não conhece quase nada do assunto e coloca tudo e todos no mesmo balaio. Existe muita qualidade em várias duplas e cantores sertanejos da atualidade que fazem muito sucesso sem precisar apelar nas músicas como Jorge e Mateus, JB e V, Bruno e Marrone, CM e F, Victor e Leo e tantos outros e vários deles foram ou estão sendo produzidos pelo Dudu Borges. Aí que está o mérito dele, tem feeling para o sucesso. Aos desavisados que vem meter o pau aqui na coluna procure saber um pouco mais antes de dar uma de engraçadinho e PhD em música brasileira.

  15. Victor

    15/04/2013 17:02:06

    Caraca, quanto comentário de pessoas que nem curtem sertanejo. Se não gostam, porquê ficam repercutindo um assunto que nem é do interesse de vocês?Dudu tá certo. É um grande produtor. Mudou mesmo a cara do J&M. Pra melhor, lógico. A influência pop é um dos grandes fortes da dupla. Imaginem se ao invés de fazerem uma péssima música voz, violão, sanfona, e fizessem músicas boas com influências de outros estilos? A música sertaneja é tão popular por causa disso, pode ter influências de vários outros estilos, e exemplos pra isso não faltam. Mas tudo tem um certo limite, claro. Misturar funk já não é uma boa pra música sertaneja.

  16. Mattheus

    15/04/2013 15:55:51

    Não tenho muita idade (16) pra falar do "antigo sertanejo", mas acredito que essa reformulação tirou um pouco do que é ser sertanejo. Antes se falava da vida do mato, do amor escondido de um caboclo, enfim falava do sertanejo, do sertão, e agora não, agora se fala muito de bebida, festa, poder com dinheiro. Mas ouve uma melhora em relação ao que se diz respeito do cenário brasileiro, a música sertaneja se tornou conhecida no Brasil todo, então esse "pioramento" tornou possível o reconhecimento do sertanejo.

  17. JOAO

    15/04/2013 15:46:49

    DIFICIL ALGUÉM LER SEU TEXTO

  18. Edu precaro

    15/04/2013 15:36:29

    por que não se faz mais musica de estúdio..mesmo, como continuam fazendo os americanos, sem essa coisa de ao vivo --ou então quando é gravado em estúdio , os caras insistem em colocar os feitos de galera como se fosse ao vivo , ou então é gravaçao ao vivo , pode ouvir tudo que é radio que toca sertanejo ..parece que tudo é ao vivo ...não tem uma música de estúdio mesmo...ou então e pra esconder alguma coisa ..tipo .. a maioria não canta nada ..

  19. Rafael

    15/04/2013 15:23:03

    Mas ele tem razão.Eu gosto do sertanejo até 1999 e lá já tinha alguns que eram muito ruins.Agora você dizer para ele mudar de rádio?Isso está impregnado nas ruas meu caro, são essas merdas que ouvem som (lek, lek, lek, ai se eu te pego, gatinha assanhada e mtas outras) em volumes altíssimos pelas ruas que importunam.O problema é você achar que cada um vai escutar em seu fone de ouvido ou, em um volume que não ultrapasse as paredes da sua casa para não incomodar ninguém.É tudo porcaria mesmo....o sertanejo já foi, e quem mais cantava perdeu a voz então.... hoje não dá pra ouvir também.

  20. Danilo

    15/04/2013 15:22:08

    Pelo contrario, você mudou apenas o 2 cantores, a musica sertaneja ainda é a mesma, é a musica batida na viola, que conta uma historia, ( Joao Carreiro e Capataz) ( Tiao Carreiro) ( Ronaldo viola)

  21. Tiago

    15/04/2013 15:19:50

    Nossa, entao esse cara e o criador do `sertanojo universitario`? Conseguiu mudar a musica sertanoja mesmo, para pior.

  22. Rafael

    15/04/2013 15:18:34

    Eu racho de rir.Primeiro com essa porcaria que tão chamando de sertanejo, salvo vitor e léo que apesar de já terem muitos anos de estrada, vieram após o ano 2000 a serem divulgados pela mídia.Agora me fala: Gilberto Gil? Que é isso? Ah tá, é o cara do uuuuuuuuu, aaaaaaaaa, uuuuuuuuu, aaaaaaaa, é isso?Meu caro, MPB só carioca escuta e olhe lá, logo isso não é a música popular do Brasil.A música popular do Brasil é: Edson e Hudson, Christian e Ralf, Zezé di Camargo e Luciano, Chitão e Xororó, Vitor e Léo, Rio Negro e Solimões, Gian e Giovani, César e Paulinho sem falar dos antigos que começam com Pena Branca e Xavantinho e muitos outros que nem preciso destacar.QUER FALAR DE ARRANJO E LETRAS QUE SÃO PURA MELODIA COMIGO?PRA MIM Flávio Venturini e Guilherme Arantes meu caro, o resto eu taco fogo nisso que chamam de MPB.

  23. Marcelo

    15/04/2013 15:03:49

    Falou tudo agora....

  24. cereso

    15/04/2013 14:49:23

    E quando se chama isso aí de musica universitaria, simplesmente esta se tachando o estudante brasileiro de vazio e beocio !!!! e convenhamos com certa razão ...

  25. Giovani

    15/04/2013 14:48:55

    Tá certíssimo!! Pra gostar dessa porcaria, tem que achar Gilberto, Caetano, Marisa Monte chatos mesmos!! Pede pra um desses "pseudo-sertanejos" fazer um arranjo, unzinho só, igual ao de Gilberto Gil. Esses caras não sabem a diferença de bemol e sustenido. Desculpa aí!!!

  26. cereso

    15/04/2013 14:45:33

    Bem , ja comecei bem, ou seja tive q aprender inglês pra entrar aqui: Mas vamos aos fatos ------ Mudou mesmo a musica sertaneja, e pra pior, ou melhorpra sei lá o que, e alavancado pela falta de cultura dessa juventude vazia que aplaude até freiada de automóvel achando q é musica, aí e q a coisa ficou mais feia ainda. Resumindo,a gente a anos atras, achava q as musicas inglesas e americanas tinham as letras ruins, mas hoje graças a nova musica brasileira q toma conta dos 4 cantos, viraram verdadeiros poemas !!!!

  27. Geraldo

    15/04/2013 14:45:17

    Concordo....

  28. Geraldo

    15/04/2013 14:44:32

    Concordo

  29. Elson

    15/04/2013 14:41:04

    Concordo com muitas coisas que vc comentou...Não gosto desse tipo de "sertanejo"..respeito quem gosta do "sertanejo" universitário, reconheço o talento de alguns deles...mas acho que isso não deveria ser chamado de sertanejo...os temas usados nas letras são universitário, e não sertanejos...e esse tal de arrocha então...nem merece comentarios.

  30. Cesar

    15/04/2013 14:32:16

    Jose, neste caso no Brasil a unanimidade é este sertanejo universitário e afins...

  31. Igor

    15/04/2013 14:31:59

    Dudu borges é um grande profissional pois consegue expressar as particularidades de cada artista e o que ta tocando no momento sem perder a essência, se as pessoas que estão criticando vissem todos os dvds e cds po inteiro,que ele produziu por inteiro não falariam tanta coisa! ja viram sorocaba tocando violino, teló tocando sanfona, gusttavo lima na viola, marrone na sanfona, fernando no violão e matheus no violão ? duas duplas que dudu produziu que eu adorei foi, Geoge henrique e rodrigo e kleo dibah e rafael!! haannn tudo na vida tende a ser aperfeiçoado musica sertaneja tambem igual a telefone alguem ai usa aqueles tijolões? maquina de escrever? o tempo sempre passa, só não pode perder a essência e o ramantismo o geito simples de expressar!! e pra quem não gosta de sertanejo e curte rock, escute o cantor rock cautry! Kenny chesney e olhem o que eles moem na guitarra!!

  32. Cesar

    15/04/2013 14:28:44

    Eduardo, parabéns.... a anti-cultura brasileira agradece....

  33. Antonio Christófalo

    15/04/2013 14:22:13

    Vocês deviam ter vergonha na cara de chamar isso de sertanejo. A música sertaneja verdadeira, com acordes musicais simples é verdade, mas com letras maravilhosas, não merece isso que vocês estão fazendo, tudo em função do maldito dinheiro. Sertanejo universitário? Isso é uma cafajestice.

  34. Roberto Borgert

    15/04/2013 14:20:24

    Olha não sou muito fã desse novo sertanejo, conheço o Dudu lá das antigas época da gravação do DVD do Grupo Tradição em campo grande.Se tá tocando fazendo sucesso o que ele produz quem somos nós pra dizer que é ruin, na década de 90 o povo falava que Zezé e Leonardo não era sertanejo, e hoje esse mesmo povo fala que sente saudade dessa época isso é normal.Ninguém fala de quem não faz sucesso, se tão falando do Dudu é por que faz sucesso.

  35. Antonio Christófalo

    15/04/2013 14:17:42

    Realmente você mudou a musica sertaneja. Mudou o que já era ruim, prá pior.

  36. Jose Augusto

    15/04/2013 14:09:57

    Se eu fosse universitário hoje, processava esse cara!! Porqu de universitário essa música não tem nada,,eu não aprendi tchu tcha tche..na faculdade..isso foi quando nasci as primeiras palavras..depois vamos aprendendo e falamos. Rapa fora!! A midia acabou com a música popular brasileira!!

  37. Alisson

    15/04/2013 14:05:58

    Gostei da entrevista. Já acompanhava a carreira do Dudu a algum tempo. Legal saber como as coisas aconteceram. O cara é bom mesmo, não importam o que digam, o cara faz sucesso pelo talento que tem, não é a toa.Espero que role uma entrevista com o Ivan e com o Pinóquio.Parabéns pelo blog.

  38. Daniel Braga Santana

    15/04/2013 14:03:59

    É o fim da música sertaneja.

  39. Allienfuture

    15/04/2013 14:00:08

    TUDO BEM, MEU CARO, ele pode ter talento para ganhar dinheiro, porque musica comercial é uma coisa, talento artístico é outra coisa. Mas você está certo. Não gosta, muda de estação, de canal, não compra CD. Eu por exemplo faço isso. Compro o que eu gosto, como musica clássica: Chopin, Liszt, Debussy,Caetano, Chico, Jorge Benjor, (e outros), além de música SERTANEJA (como o próprio nome diz) MESMO ! Valeu !

  40. Augusto

    15/04/2013 13:54:33

    Peraí,Então foi esse cara q estragou Jorge e Mateus? e ainda se vangloria por isso?

  41. maria cavallaro

    15/04/2013 13:54:21

    è mudou mesmo pra pior, ngm merece musiquinha de dos acordes, e letrinha repetitiva!

  42. Prenault

    15/04/2013 13:52:20

    Só pra registrar: Essa música "amiga da minha irmã" ganhou meu troféu de pior do mês (pelo menos). Música que não consegue compilar as palavras de forma melódica, e simplesmente embute as palavras numa sinfonia caótica. Quem já ouviu sabe que é uma b#$%*. Muito diferente da divertida "Ai se eu te pego" que fez sucesso mundial merecidamente com um ritmo bem estabelecido, do sensual ao infantil. Tá falado!

  43. jose a b maruca

    15/04/2013 13:48:17

    Poucas vezes vi tanta besteira junto. Precisa refletir mais para agrupar opiniões concretas. Todo grupo de musicas tem as melhores e as não tão boas. Tem as que identificamos e as que nem tanto. Quem não gosta de rock pode têr uma ou duas musicas que tem uma sonoridade agradável, assim como no sertanejo, no pop e outros gêneros. Dizer que grandes nomes cairão no ostracismo é balela.Que o diga RC. Enfim, vi muitos que abominavam sertanejo e hoje estão de bota e chapeu pulando na linha de frente de shows pelo brasil afora, assim como grandes nomes do sertanejo que são roqueiros e vice-vice versa. Como disse o poeta, "toda unanimidade é burra".

  44. Allienfuture

    15/04/2013 13:44:25

    Esse cidadão mudou tanto, que deixou de ser MUSICA SERTANEJA. Música sertaneja, tem raiz, chão, apelo rural, sertão... Digamos QUE ISSO AÍ SEJA, MÚSICA BREGANEJITÁRIA...

  45. Andrey

    15/04/2013 13:32:59

    Mudou pra pior...Léo Canhoto e Robertinho introduziram guitarra e bateria na musica sertaneja...Chryatian e Ralf sempre tiveram um ritmo mais pesado...Esses caras mudaram a musica sertaneja pra melhor,agora,esse produtor acabou com a musica sertaneja.O que ele faz pode ser chamado de tudo,menos de MUSICA e SERTANEJO!

  46. Carlos

    15/04/2013 13:32:01

    Claro que mudou, pois ele seguiu a velha máxima de "nada é tão ruim que não se possa piorar". E foi o que ele fez, piorou.

  47. Name

    15/04/2013 13:26:56

    Quem se lembra do sucesso que fez o grupo "É o tchan" na decada de 90?!E agora, quem é Carla Perez? Quem é Beto Jamaica?E os pagodeiros: Vavá, Rodriguinho, Salgadinho e cia ltda.?Isso tudo é passageiro...Música de verdade não é esquecida jamais. Cantor de verdade continua a cantar e encantar mesmo após a morte: Michael Jackson, Elvis, Whitney Houston...

  48. Thais

    15/04/2013 13:24:11

    Senti muita diferença do "Aí ja era" pra frente no J&M, não achei a cara deles e pensei 'que pena que eles não fazem mais musicas como antigamente'...Não desmerecendo os trabalhos atuais, porque são mto bons mesmo! Mas não tem a mesma energia é diferente, parece que é mais do mesmo...

  49. Marjorie

    15/04/2013 13:19:43

    Concordo que não dá pra ir numa balada e escutar SÓ moda de viola (apesar que eu iria virar fã de carteirinha deste lugar), mas convenhamos que a coisa desandou há tempos... o início de JBeV foi sim muito bom. O que num vira é querer trazer axé, samba, funk e demais ritmos pro sertanejo. Aí vira bagunça. Tem umas musiquinhas de agora que até são legais.. Porém outras... nem de longe dá pra escutar..Michel Teló não consigo lembrar de UMA musica sequer que ele tenha feito (em carreira solo) que seja boa. O Dudu como empresário, pessoa de negocios fez o certo (pra ele), viu uma oportunidade de ganhar mais dinheiro. Agora que a coisa tá feia... a coisa tá preta... isso tá!! O negócio é resgatar as antigas... tanto sertanejo, como vaneirão e o country, tbm!!

  50. PJI

    15/04/2013 13:18:40

    A musica brasileira é rica...porém o que vende é só porcaria, igual esse sertanojo universitário.

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