Perguntas e respostas
André Piunti
–O Daniel voltou com o empresário Hamilton? No site da HRP, o Daniel aparece como artista.
Não. A foto com um texto sobre o cantor está no site pelo fato de ele ter sido artista da empresa. Na verdade, não sei nem se essa foto chegou a sair do site do empresário.
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–É verdade que a Record quer o que o “Ídolos” dê mais atenção para a seleção de Uberlândia, por causa dos sertanejos?
Essa notícia saiu no jornal “Agora”, na última semana. O interesse da Record pelo sertanejo já foi assunto no final do ano passado, com os especiais de Chitãozinho e Xororó e com a notícia de uma parceria entre Universal Music e a emissora, com o intuito de promover algumas duplas novas, no estilo Som Livre/Globo. Dar mais atenção à seletiva de Uberlândia não quer dizer que não vai haver chance para outras praças. É que o número de duplas que deve comparecer lá é maior do que nas outras eliminatórias.
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-Está havendo um investimento maior na Paula Fernandes, por isso ela está em todos os lugares?
O investimento já tem mais de dois anos, quando ela entrou na Talismã. Ela sempre foi aposta da empresa, mesmo quando o mercado parecia totalmente desfavorável. Aos poucos, alguns espaços se abriram, e a tendência é de crescimento. Esse ano, ela caiu no gosto mesmo do Roberto Carlos, independentemente de haver namoro ou não. Como muitos puderam ver no Fantástico, ela tem carreira extensa, apesar da idade.
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–A perspectiva é de que os shows sertanejos aumentem esse ano? Deve ser melhor que ano passado?
Levando em conta que as duplas de primeiro escalão não dão indícios de que vão descer de nível, e que várias duplas intermediárias prometem subir de patamar em 2011, a tendência é que o mercado cresça ainda mais. Na semana passada, citei artistas que estão com estrutura bem montada para conquistar uma boa fatia do mercado. Quem quiser ler, clique aqui. O crescimento no mercado de shows depende diretamente desses artistas.
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–Existe alguma dupla com pretensão de fazer sucesso no exterior?
Existir, existe, mas investir na carreira lá fora significa deixar de ganhar dinheiro aqui. Victor e Leo até fizeram mais do que se costuma fazer, mas tiraram o pé justamente por saber que teriam de abrir mão da carreira nacional durante um bom tempo. Existe um projeto para o Luan Santana tocar em Portugal, com o intuito de que a música dele consiga sucesso lá, mas também é um passo que exige muita coisa, principalmente tempo. Vale a pena sair do Brasil justamente no auge? O Alexandre Pires foi alguém que conseguiu destaque lá fora, mas abdicou da carreira aqui, ficou sem dar notícias por um bom tempo. No caso dele, creio que tenha valido a pena, mas acho que não existe um sertanejo disposto a isso hoje.
No ano passado, o Sorocaba deu uma declaração dizendo que pretendia começar a compor em inglês, mas isso ainda continua como plano.
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-Os shows no exterior são sempre feitos nos mesmos lugares?
A maioria, sim. Já existe uma logística, principalmente nos EUA, que quase todos os sertanejos seguem. São locais com boa concentração de brasileiros, então o público invariavelmente é numeroso.
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Há muitos cantores que não eram sertanejos e estão entrando no meio só para ganhar dinheiro, o que você acha?
O sertanejo hoje é o maior mercado musical do país, então é natural que isso aconteça. Os músicos de banda há muitos anos não são apenas do meio sertanejo, e agora diversas duplas de “não-sertanejos” estão sendo formadas. É algo que tira um pouco do lado “romântico” da música sertaneja, mas que ao mesmo tempo torna o meio mais profissional. Só como exemplo, há uma dupla que toca nos eventos do Rio de Janeiro chamada Bento e Mariano, que é formada por dois músicos que já trabalharam com diversos estilos.
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-Hoje, há chances de uma dupla fazer sucesso sem algum apadrinhamento de peso?
Até há, mas é complicado. Munhoz e Mariano é um exemplo que há. O empresário deles não tem outra dupla de nome, e através de trabalho mesmo, conseguiu que Munhoz e Mariano chegassem até a Som Livre. Ganharam, inclusive, o Garagem do Faustão (que muitos colocam como “marmelada”). Eles não eram de “esquema” e conseguiram destaque dentro da gravadora. Ser bem relacionado, em certos casos, é mais importante do que ter muito dinheiro para gastar.