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“Amiga, amante e namorada”, canção inédita de Bruno e Marrone
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André Piunti

Na hora de fechar o repertório do CD “Sonhando”, naquele momento em que é necessário cortar algumas canções, a música “Amiga, Amante e Namorada” ficou de fora.

Ao ouvir, muitos vão se perguntar “como esse música ficou de fora?”.

A canção nunca foi tocada em lugar algum, e pode ser ouvida pela primeira vez, com exclusividade, aqui no Universo Sertanejo.

A música logo estará nos blogs download e nas rádios, pois creio que os radialistas tocarão por conta própria, já que a canção não foi e nem vai ser lançada. Quem não aguentar esperar os downloads, é só me mandar um email.

Abaixo, “Amiga, Amante e Namorada”.

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Amiga, Amante e Namorada

Quando eu te conheci
De fato me acanhei
E na primeira vez
De minha amiga te chamei

E na segunda vez
Saímos de mãos dadas
Perdi toda vergonha
Te chamei de namorada

Amiga e namorada
Porém não foi bastante
O amor acontecendo
E já éramos amantes

O que já era muito
Ficou mais forte ainda
Passei a te chamar
De minha vida

Agora é para sempre
Minha amiga e companheira
Sem tempo, sem limites
Bem maior que a vida inteira

Plantamos a semente
Construímos nosso ninho
Já te vejo até cuidar
Do nosso filho

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Link para download


“Quem é”, a nova música de Eduardo Costa
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André Piunti

O cantor Eduardo Costa começa, na próxima segunda-feira, a trabalhar a primeira música de seu novo DVD.

O nome da nova canção é “Quem é?”, e o vídeo oficial foi lançado ontem na internet.

O DVD de Eduardo Costa, o segundo da carreira, está previsto para chegar às lojas na primeira semana de fevereiro, com o nome “Eduardo Costa Ao vivo – De Pele, Alma e Coração”.

A cobertura do DVD, gravado em outubro, pode ser conferida aqui.

Abaixo, o vídeo de “Quem é?”.

[uolmais type=”video” ]http://mais.uol.com.br/view/9026720[/uolmais]


Estamos andando para trás?
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André Piunti

A pirataria e a internet foram os grandes motores dessa mais recente ascensão da música sertaneja, que teve início ali em 2005/2006.

O acesso a novos artistas passou a ser mais democrático, pois o que jamais se encontraria em lojas de CD’s, começou a ser facilmente encontrado nos camelôs.

Houve o surgimento de todo o tipo de disco, inclusive os mal gravados, de áudio muito ruim, mas que carregavam a única coisa que, no fundo, realmente importa: o gosto popular.

Vinte anos após as gravadoras fazerem a festa com o lucro dos sertanejos e seus discos anuais, as duplas, agora mais fortes que as próprias gravadoras, entram estranhamente em um esquema muito ultrapassado.

Já é fim de 2010, e o modelo do “um disco por ano” volta a dominar os sertanejos, que não dão espaço para um mísero projeto paralelo. E para piorar, voltou-se a fazer mistério antes do lançamento de um trabalho, algo que, pelo menos há 5 anos, depois de a internet ter mudado a relação das pessoas com a informação, já não faz o mínimo sentido.

Um álbum sem sucesso de uma dupla famosa, nos anos 1990, era tão preocupante quanto é atualmente. Hoje, no entanto, há alternativas para se escapar de um tombo grande, de um sumiço da mídia, só que ninguém as usa.

Já citei diversas vezes esse exemplo aqui, mas em 2006, o CD “No Buteco 2”, de um até então total desconhecido Eduardo Costa, surgiu na lista dos mais vendidos da revista Época.

Como conseguir esse feito, se o tal cantor não tocava em rádios grandes e nunca havia participado de um programa de TV em rede nacional? Sua gravadora era inexpressiva, seu empresário não era do ramo e o cantor não tinha nenhuma abertura no meio.

Era um CD só de regravações, mas era só, também, o que as pessoas queriam ouvir.

Outro exemplo do que poderia vir a ser uma grande sacada, é o álbum conhecido como “Aqui tem viola”, de César Menotti e Fabiano. Talvez seja o segundo melhor álbum dos irmãos, mas curiosamente, nunca foi lançado. Ainda é achado nos camelôs, ainda é bastante baixado na internet, mas nem o site oficial da dupla faz menção ao CD, feito só com voz e violão, e que por algum motivo foi parar na rede.

Um CD desses hoje, lançado despretensiosamente, atrapalharia em alguma coisa a carreira deles ou de qualquer outra dupla já renomada? Será que não seria até uma ajuda?

A pergunta recai sobre o caso de Zé Henrique e Gabriel, que lançaram um álbum novo recentemente sem muitas novidades, que a própria dupla não considera como “de carreira”. Desde o ano passado, eles têm um CD só de modas de viola, com algumas participações, finalizado. Em entrevista publicada no UOL dois meses atrás, o próprio Zé Henrique disse que o disco não sai por “burocracias de gravadora”.

E a pergunta que fica é: precisa ser lançado oficialmente nos dias de hoje? Não é para vender, é só para as pessoas ouvirem. Pode parecer ingênua a ideia, mas a grande maioria das dupla pode, sim, fazer isso. Elas têm força para negociar com as gravadoras. É só tirar da cabeça a ideia errada de que algo assim vá, eventualmente, criar uma impressão de falta de planejamento de carreira. Será que algum fã está preocupado com isso?

Não custa lembrar que o CD que fez de Bruno e Marrone sucesso nacional, aquele primeiro acústico, surgiu pelo fato de uma gravação de rádio ter corrido o país através das mãos dos camelôs.

O grande exemplo positivo dessa história toda, é Jorge e Mateus. Praticamente todo o meio sertanejo elogia e admira o sucesso da dupla, mas ninguém tenta fazer nada parecido. O novo DVD dos goianos já está marcado para março do ano que vem (isso se não for antecipado). O CD novo da dupla, no entanto, ainda nem é encontrado em vários cantos do país.

Todo mundo se lembra que esse CD, “Aí já era”, está na internet há 2 meses. No show, a dupla já canta algumas músicas desse disco que não tocaram em rádio ainda, mas o público já canta do começo ao fim.

Sem menosprezar o trabalho de ninguém, de que serviu o lançamento nacional feito recentemente? Alguém viu algum comercial na TV? Outdoor?

Utilizando só a internet e a distribuição de CD’s promocionais, o disco já se tornou um dos mais bem sucedidos do ano. E daqui a pouco já tem DVD.

Um exemplo também positivo, é um dos discos do “Double Face”, de Zezé di Camargo e Luciano. É muito difícil que algum fã, por mais fã que seja, tenha preferido o disco de inéditas ao disco de modões. É um projeto que poderia muito bem ser lançado separadamente, mas de forma inteligente, foi colocado junto ao trabalho de inéditas, o alavancou indiscutivelmente as vendas.

É preciso que as pessoas que trabalham com duplas sertanejas parem de planejar as coisas como se estivessem da década de 1990. O Calypso, que invadiu a mídia e conseguiu incomodar meio mundo fazendo tudo do seu jeito, lança dois discos por ano, tem sempre algo novo preparado. As pessoas ouvem demais, cansam mais rápido, então precisam sempre de novidades. É a realidade atual.

Até o Carlinhos Brown, que já é reconhecido há décadas e acostumado com o mercado antigo, lançou dois discos no mesmo dia, semana passada.

Se o sertanejo atingiu o patamar que tem hoje, é porque a pirataria e a internet facilitaram a distribuição de música, tirando o poder das gravadoras de impor o que vai ser ou não sucesso. Se hoje, os sertanejos de sucesso que apareceram justamente por causa desses fatores citados, começam a ter práticas exatamente iguais as que as gravadoras tinham nos anos 1990, uma hora ou outra alguém mais antenado vai acabar passando na frente.

Se todos pregam, com razão, que o mercado mudou, a postura dos cantores não pode ser a mesma de vinte anos atrás.

Curioso como, a cada dia que passa, tudo fica mais parecido com o que se fazia antigamente. Será que estamos andando para trás?