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Destaque do ano: Munhoz e Mariano foram os nomes de 2012
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André Piunti

Começo hoje a já tradicional série de postagens especiais de fim de ano/início de ano, que traz os destaques, os melhores discos, a retrospectiva, as apostas e algumas outras novidades.

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A história se repete mais uma vez: críticas, ofensas, desmerecimento…

Se o sucesso costuma incomodar, o deles dói um pouco mais nos que implicam. Estouraram com uma música muito criticada, têm um integrantes que assumiu a figura do galã e que rebola no palco, e entraram na música muito mais por diversão do que pela arte.

Raphael Munhoz e Ricardo Mariano, ambos com 26 anos, dois amigos de Campo Grande, foram os nomes da música sertaneja em 2012.

Se o “Ai Se Eu Te Pego”, em 2011, mostrou que as coisas iriam mudar de vez, o “Camaro Amarelo” colocou uma pedra sobre a página aberta no capítulo do entretenimento, da farra, da festa.

Por mais que seja prudente fugir do oba-oba, mesmo com apenas um hit, a dupla salvou ($$$) várias festas e registrou o maior público de tantas outras. Além de terem acertado em cheio uma música, pegaram uma fase em que os eventos procuravam algo novo, já que os shows estavam se repetindo muito.

Há um ponto positivo muito importante, que tira da chuva o cavalo dos paraquedistas: o sucesso não veio do dia pra noite.

Em 2010, quando venceram a “Garagem do Faustão”, cuidados pela mesma equipe que administrava Maria Cecilia e Rodolfo, o trabalho começou a ser feito de forma pesada. Divulgação, rádios, festas grandes, mesmo sendo ainda desconhecidos. Além do dinheiro investido, sempre foram cercados por pessoas de dentro do mercado, o que ajuda demais quem está começando.

Coloquei a dupla nas apostas ainda para 2011, já que havia uma boa estrutura por trás e pelo fato de que a figura do galã sertanejo ainda não era explorada por ninguém (nem mesmo pelo Mariano, mas já havia conversas nesta direção).

O repertório sempre foi criticado, e eles mesmos souberam lidar com isso desde o começo. Até mesmo o CD/DVD novo, que traz o “Camaro Amarelo”, está longe de ser unanimidade.

E nem é preciso gostar da dupla, se esse for o caso, pra reconhecer que o destaque deles no ano é positivo. É bom porque faz com que os grandes saiam da zona de conforto e se mexam, e melhor ainda porque faz com que os novos, que acham que uma música, sem trabalho algum anterior, pode resultar em algo, entendam que as coisas não funcionam assim (neste ano tivemos várias provas disso).

Em setembro, entrevistei a dupla no “Universo Sertanejo em vídeo”. A entrevista pode ser conferida abaixo.

 


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