Em noite dos “hits” criticados, seis artistas se reúnem no mesmo palco em Barretos
André Piunti
''Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha'', ''Lê Lê Lê'' e ''Camaro Amarelo''. Três das músicas-chiclete mais tocadas do ano foram apresentadas, ontem, por seus respectivos donos em Barretos.
O show reuniu seis nomes que ou estão em destaque atualmente, ou prometem para o ano que vem: João Neto e Frederico, Munhoz e Mariano, João Lucas e Marcelo, Cristiano Araújo, Kleo Dibah e Rafael e Israel Novaes.
Enquanto um cantava, os outros ficavam sentados em um barzinho cenográfico no palco.
O público foi acima das expectativas. Com arena e arquibancada lotadas, mais de 30 mil pessoas assistiram a 5 músicas de cada artista, tocadas por uma banda só, comandada pelo produtor Giuliano Mateus, ex-Luiz Cláudio e Giuliano.
O projeto trouxe algumas respostas. Acrescentando ''Bará-berê'', do Cristiano Araújo, e ''Vem ni mim, Dodge Ram'', do Israel Novaes, reuniu-se tudo o que há de mais criticado hoje no meio sertanejo: músicas fáceis, onomatopéias, letras que falam de carro… e mesmo assim, o estádio estava lotado.
João Neto e Frederico, os mais experientes e respeitados da turma, têm resposta pronta aos críticos: ''Quem faz sucesso é público. Eu não canto pra artista não, eu não gravo pra crítico não. Ninguém sabe o que vai ser sucesso, isso é só o público que decide. Quem critica tem que entender que ninguém empurra sucesso. É claro que eu gosto mais de um modão e de uma música romântica, mas eu não gravo pra mim ou pro meio, eu gravo é pras pessoas que estão lá na frente cantando nossas músicas'', disse João Neto.
Passagem significativa, e um tanto desanimadora, foi quando João Lucas e Marcelo puxaram ''Canarinho Prisioneiro'', do Chico Rey e Paraná, e a canção teve pouco impacto no público, que queria mesmo outra coisa.
Ao final da apresentação, todos se juntaram pra fazer uma homenagem a Tonico e Tinoco, que de acordo com o locutor/apresentador Cuiabano Lima, foi uma homenagem à história da música sertaneja. Juntos, os artistas cantaram ''Chico Mineiro'' e ''Moreninha Linda''.
Foi uma celebração, e até quem sabe uma vitória, dessa nova fase muito criticada do sertanejo, que se para muitos não parece ter futuro, ao menos o presente se mostra mais do que bem sucedido.
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