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Cinco fatos que marcaram o Barretão 2012
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André Piunti

Foi encerrada, ontem, a 57ª edição da Festa do Peão de Barretos.

Maior e mais tradicional evento da música sertaneja, como de costume, o Barretão gerou discussão, recebeu críticas, emocionou o público e consagrou artistas.

Abaixo, um resumo com os cinco assuntos mais falados sobre a edição de 2012.

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Noite de abertura errada

Pegue dois artistas bem sucedidos, mas que não são sertanejos, e os coloque pra abrir a maior Festa de Peão do Brasil.

A primeira noite da Festa foi uma síntese do que viria a ser a primeira semana: preocupante, com público muito abaixo da média.

Mesmo aceitando que os rodeios precisam se abrir para outros estilos pra trazer públicos diferentes (ideia altamente discutível), inaugurar o evento com Thiaguinho e Seu Jorge é ruim tanto pra Festa quanto para os artistas, que foram colocados em uma roubada imensa. Só pra citar, a abertura do ano passado teve arena lotada, com dois shows muito elogiados: Paula Fernandes e Eduardo Costa.

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Milionário e José Rico

Se há dias em que é quase certeza de que os ingressos irão esgotar, por qual motivo não colocar duplas consagradas no palco principal? A maior reclamação que ouvi durante toda a Festa foi o fato de Milionário e José Rico tocarem no Palco Esplanada, secundário, na mesma noite em que Jorge e Mateus tocaram no Estádio.

No dia seguinte, domingo de encerramento, “Os Gargantas de Ouro” fizeram uma apresentação de meia hora entre as finais do rodeio. Se por um lado a presença deles na Festa é positiva, colocá-los em segundo plano é realmente desanimador.

Chitãozinho e Xororó e o cantor Daniel se apresentaram no palco principal, na primeira semana, e não decepcionaram.

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-“Para Noooooossa Alegria in concert”

Houve até quem torcesse o nariz para a ideia, mas ela saiu melhor que a encomenda.

Juntaram em um mesmo palco, na segunda quinta-feira (23), seis artistas que estão em ascensão (tirando João Neto e Frederico, que já estão em um patamar acima): Cristiano Araújo, Kleo Dibah e Rafael, Israel Novaes, Munhoz e Mariano e João Lucas e Marcelo.

O formato deu chance para os artistas mostrarem se estão prontos ou não pra encarar um desafio maior ali dentro da própria arena, segurando um show sozinho. Barretos tem tradição em trazer ideias diferentes, que diferencia a Festa das demais. O encontro dos novos artistas foi um dos pontos mais positivos da edição de 2012.

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A primeira semana

Como comentado acima, a primeira semana de Barretos sempre é inferior a segunda, não é nenhuma novidade. O problema é que, na edição que se encerrou agora, o baixo movimento assustou o setor hoteleiro, os comerciantes, e centenas de profissionais envolvidos direta ou indiretamente com a Festa.

Há dois pontos a ser discutidos: a falta de ideias novas que atraiam público (o show com os 6 artistas foi a única ideia diferente do ano), que seria culpa da organização da Festa, e um certo cansaço do público em relação aos shows, o que seria culpa mais da atual situação da música sertaneja do que especificamente da organização. Se os artistas fazem 200 shows por ano, porque viajar até Barretos se você pode ver o mesmo show ao lado de sua casa?

A discussão é longa e algo precisará ser feito para o ano que vem. Acima, uma imagem da Avenida 43 vazia, no primeiro sábado de Festa. Mesmo com diversas proibições, no segundo sábado ela estava lotada.

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-“Camaro Amarelo”, de Munhoz e Mariano, e “Lê Lê Lê”, de João Neto e Frederico

O ano foi, indiscutivelmente, do “Camaro Amarelo” e do “Lê Lê Lê”. Como já comentado aqui, o último projeto do João Neto e Frederico foi muito tocado como um todo, mas com ênfase no “Lê Lê Lê”.

Como é de costume, houve uma avalanche de distribuição de CD’s durante todos os dias de Festa. Alguns trabalhos de divulgação realmente dão efeito, tanto que “Fiorino”, do Gabriel Gava, ou “Mel nesse trem”, da dupla Cleber e Cauan, artistas ainda de pouca expressão, foram ouvidas várias vezes.

Naturalmente, nem todo trabalho de divulgação tem resposta imediata. Recebi ao longo da semana diversas “reclamações” de gente querendo defender determinada música, dizendo que a respectiva estava “tocando muito em tal lugar de Barretos”. A partir de amanhã, já surgem os banners com a frase “destaque no Barretão 2012”. Faz parte do negócio, mesmo que não tenha havido tanto destaque assim.

E assim foi o Barretão 2012.

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Confira os 5 fatos que marcaram Barretos no ano passado


Milionário e José Rico encerram Festa de Barretos com show “surpresa”
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André Piunti

Milionário e José Rico encerraram a 57ª Festa de Barretos, na noite deste domingo, com uma apresentação de meia hora.

Em meio a final das provas do rodeio, a dupla entrou para uma apresentação “surpresa”, cantou só clássicos, e encerrou com “Estrada da Vida”, como de praxe. Surpresa entre aspas, pois o show acabou sendo divulgado nos últimos dias.

A reação do público mostrou que é quase desrespeito terem colocado a dupla pra tocar, ontem, no Palco Esplanada, e não no principal junto com Jorge e Mateus.

A apresentação da dupla encerra a programação musical que contou com mais de 100 shows, de decepções a sucessos de público, que geraram todos os tipos de discussão. Amanhã aqui no blog faço uma lista do que teve de bom e de ruim na Festa.

Barretos 2013 vai ter o desafio de manter o nível da segunda semana, mas principalmente descobrir uma fórmula de reavivar a primeira semana de Festa, que vai pesar negativamente quando os números finais forem divulgados.


Jorge e Mateus batem o recorde do ano, doam cachê e marcam o nome na história de Barretos
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André Piunti

Barretão 2012

Veja Álbum de fotos

Na última quinta-feira (23), foram vendidos os últimos convites para a apresentação de ontem. Após uma primeira semana preocupante no que diz respeito a presença de público, surgiu um ar de certa tranquilidade ao ver que o show de Jorge e Mateus iria garantir, por mais um ano, a tradição de se esgotar os ingressos no Barretão.

O show foi o normal de estrada, já com várias músicas do novo CD, “A hora é agora”, como “Enquanto houver razões”, “Flor” e “O que é que tem”, além da música que dá nome ao disco. O mais diferente da apresentação foi Mateus relembrar “Use Somebody”, do Kings of Leon, que ele cantou durante muito tempo nos shows, e uma versão de “Robocop Gay”, curta, após alguns arrochas. O público ainda cantou parabéns ao aniversariante Jorge, que completa 30 anos amanhã (27). O show teve uma pequena participação do Guilherme, da dupla Guilherme e Santiago.

Não foi divulgado o número oficial ainda, mas as conversas diziam algo em torno de 80 mil pessoas (55 mil da arena + 25 de Parque). Durante a apresentação, ainda havia ingressos apenas para entrar no Parque, sem direito ao show. O valor já chegava a R$80.

A noite não era em prol do Hospital de Câncer de Barretos, mas a dupla doou integralmente o cachê: R$375mil.

Foi o terceiro ano seguido da dupla no segundo sábado da Festa, dia mais nobre, o que gerou alguns comentários e reclamações pelos corredores, já que isso teoricamente facilitaria o sucesso do show.

A verdade é que com essa sequência de apresentações bem sucedidas, Jorge e Mateus vão se equiparando a outras duplas gigantes da história de Barretos, como Bruno e Marrone e Rionegro e Solimões, que passaram alguns anos quebrando recordes de público. E detalhe que não houve outro artista no palco principal.

A noite ainda teve Milionário e José Rico no Palco Esplanada e Maria Cecília e Rodolfo no trio elétrico. Como Milionário e José Rico fazem uma apresentação especial hoje na final do rodeio, amanhã eu falo especificamente sobre eles.


Notas sobre a sexta-feira em Barretos
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André Piunti

-Fernando & Sorocaba e João Carreiro e Capataz, nesta ordem, foram as atrações da segunda sexta-feira de festa (24). Foram mais de 50 mil pessoas que assistiram aos dois shows inteiros, sem dispersar em nenhum momento.

-A Festa foi longa. Depois do show do João Carreiro, ainda teve o trio elétrico com Guilherme e Santiago, que acabou mais de 5 da manhã. E as apresentações continuaram nos palcos secundários. Decidi acompanhar até o último show. Saí da arena exatamente às 7h (por isso só consegui postar agora), e nas ruas ainda tinha gente fazendo churrasco nas caçambas das caminhonetes.

-Enquanto o trio andava pela arena, Thaeme e Thiago se apresentaram no palco Esplanada. O público era tão bom que, mesmo dividido, os shows estavam cheios. Sem contar que antes de todos os shows, teve a dupla que tem o espírito do Barretão: Rionegro e Solimões.

-O show de Fernando e Sorocaba foi aquele já conhecido, com a brincadeira do “teletransporte”, na qual o Sorocaba sai do palco principal e aparece em um palquinho no meio da arena. Teve a bolha, também.

-João Carreiro e Capataz, na música “Saudade Docê”, na parte final do show, se vestem de anões ao lado de toda a banda. Não faz muito sentido, e é justamente por isso que eles fizeram.

-Foi o primeiro show da Festa, no palco principal, a ter uma parte grande dedicada à viola.

-Sobre a fase atual da música sertaneja, João Carreiro disse: “não acho que tudo está ruim, não julgo quem tenta pela primeira vez. O Gusttavo, com o “Tche tcherere”, pegou uma música do Nordeste e deu muito certo. O problema é que depois todo mundo achou que a fórmula era essa, essa coisa de sair copiando formato não tem nada a ver”.

-Mais cedo, antes do show, Sorocaba foi madrinhador, entrou na arena a cavalo.

-A segunda semana de Festa vai, assim como no ano passado, limpando a imagem da primeira. A cidade está lotada, as ruas, mesmo com proibições, continuam com farra, e o clima é o melhor possível. Os ingressos para a noite de hoje, sábado, como já dito no blog, estão esgotados.

-Ontem começou a “Festa do Patrão”, atração paralela ao rodeio. A tradicional Festa atravessa a madrugada e agora, 2 da tarde, tem gente chegando em casa. A segunda noite da Festa acontece hoje.

*Foto do Sorocaba: Foto Rio News.


Ingressos para ver Jorge e Mateus estão esgotados em Barretos
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André Piunti

A notícia já circulava na quinta-feira, e ontem foi confirmado: todos os ingressos para pista, seja a VIP ou a comum, estão esgotadas para a apresentação de Jorge e Mateus, hoje, em Barretos. O show acontece hoje, 25.

Além da dupla, Milionário e José Rico tocam mais cedo no palco “Esplanada”.

Os camarotes que restaram para venda só podem ser adquiridos na porta do evento, 0nline também já não é possível.

Quem vai ao Barretão hoje e não tem convite, no máximo conseguirá entrar no Parque. Em dias de muita lotação, há essa opção de comprar ingresso e ficar só andando, sem o direito de entrar no Estádio e acompanhar o show principal. Ao menos, entrando só no Parque, há acesso aos palcos secundários.


Ex-BBB Rodrigão vai abrir show de Jorge e Mateus
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André Piunti

Essa é nova.

O ex-BBB Rodrigão vai abrir o show de Jorge e Mateus, neste sábado (25), em Barretos.

“Eu canto e toco desde que eu sou pequeno, sempre foi um hobby. O sonho de qualquer músico é cantar em Barretos e vai ser uma diversão para mim, além da honra de poder fazer isso na maior Festa do Peão”, diz o Rodrigão.

O ex-BBB vai tocar uma seleção de sucessos atuais da música sertaneja, mas não descarta cantar uma de sua autoria.

O sábado ainda conta com show de Milionário e José Rico, mas em um palco secundário…


Barretão 2012 é do “Camaro Amarelo” e do “Lê Lê Lê”
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André Piunti

Pode reclamar, lamentar, achar ruim, mas o ano em Barretos é mesmo do “Camaro Amarelo” e do “Lê Lê Lê”.

Não chega a ser a loucura que foi “Ai Se Eu Te Pego” no ano passado (lembra?), mas você não passa 5 minutos sem ouvir uma das duas músicas em algum carro passando pela cidade.

Aliás, vale o registro de que o CD ao vivo do João Neto e Frederico é disparado o que mais se ouve nos carros. “Tô morando sozinho”, “Tá combinado”, “Lê Lê Lê”, “Meu coração pede carona”…

Fenômeno curioso também são as respostas ao “Camaro Amarelo”. Uma que tem tocado muito (mesmo) por aqui é “Ferrari Cor de Rosa”, que pode ser ouvida abaixo.

Como relatado no blog hoje, Munhoz e Mariano e João Neto e Frederico se apresentaram ontem ao lado de mais quatro outros nomes da nova geração. As mais de 30 mil pessoas presentes em plena quinta-feira mostraram a força destas canções novas, muito bem aceitas, apesar da série de críticas.

Outra que é fácil de ouvir pelas ruas é “Só vou beber mais hoje”, do Humberto e Ronaldo, dupla que se apresentou na semana passada no Trio Elétrico.

Não pela primeira vez, me surpreende ouvir muito a canção “Tá tarada”, da dupla Cácio e Marcos, que conta basicamente só com divulgação de internet.

Vale o registro do sumiço das músicas de axé, pagode e de outros estilos que costumavam ser ouvidos em alguns carros por aqui. Muito de vez em quando se ouve de longe uma música do Catra, mas é exceção.

Uma canção que eu queria citar se chama “Biscate”, do locutor Cuiabano Lima. Como ele trabalha junto a Audiomix (Jorge e Mateus, Gusttavo Lima…), a canção está em todas as coletâneas feitas pelo escritório pra distribuição em Barretos. Em uma delas, é a música de abertura. Ou seja, ela acaba sendo ouvida de uma forma ou de outra.


Em noite dos “hits” criticados, seis artistas se reúnem no mesmo palco em Barretos
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André Piunti

“Eu Quero Tchu, Eu Quero Tcha”, “Lê Lê Lê” e “Camaro Amarelo”. Três das músicas-chiclete mais tocadas do ano foram apresentadas, ontem, por seus respectivos donos em Barretos.

O show reuniu seis nomes que ou estão em destaque atualmente, ou prometem para o ano que vem: João Neto e Frederico, Munhoz e Mariano, João Lucas e Marcelo, Cristiano Araújo, Kleo Dibah e Rafael e Israel Novaes.

Enquanto um cantava, os outros ficavam sentados em um barzinho cenográfico no palco.

O público foi acima das expectativas. Com arena e arquibancada lotadas, mais de 30 mil pessoas assistiram a 5 músicas de cada artista, tocadas por uma banda só, comandada pelo produtor Giuliano Mateus, ex-Luiz Cláudio e Giuliano.

O projeto trouxe algumas respostas. Acrescentando “Bará-berê”, do Cristiano Araújo, e “Vem ni mim, Dodge Ram”, do Israel Novaes, reuniu-se tudo o que há de mais criticado hoje no meio sertanejo: músicas fáceis, onomatopéias, letras que falam de carro… e mesmo assim, o estádio estava lotado.

João Neto e Frederico, os mais experientes e respeitados da turma, têm resposta pronta aos críticos: “Quem faz sucesso é público. Eu não canto pra artista não, eu não gravo pra crítico não. Ninguém sabe o que vai ser sucesso, isso é só o público que decide. Quem critica tem que entender que ninguém empurra sucesso. É claro que eu gosto mais de um modão e de uma música romântica, mas eu não gravo pra mim ou pro meio, eu gravo é pras pessoas que estão lá na frente cantando nossas músicas”, disse João Neto.

Passagem significativa, e um tanto desanimadora, foi quando João Lucas e Marcelo puxaram “Canarinho Prisioneiro”, do Chico Rey e Paraná, e a canção teve pouco impacto no público, que queria mesmo outra coisa.

Ao final da apresentação, todos se juntaram pra fazer uma homenagem a Tonico e Tinoco, que de acordo com o locutor/apresentador Cuiabano Lima, foi uma homenagem à história da música sertaneja. Juntos, os artistas cantaram “Chico Mineiro” e “Moreninha Linda”.

Foi uma celebração, e até quem sabe uma vitória, dessa nova fase muito criticada do sertanejo, que se para muitos não parece ter futuro, ao menos o presente se mostra mais do que bem sucedido.

Leia mais: Barretão 2012 é do “Camaro Amarelo” e do “Lê Lê Lê”.

Leia mais: Ex-BBB vai abrir show de Jorge e Mateus


“Paguei R$ 3 mil pra cantar”, diz Luan sobre primeira apresentação em Barretos
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André Piunti

Os cantores Daniel e Luan Santana se apresentaram, no domingo pela noite, na Festa de Barretos, encerrando a primeira semana de Festa.

Já é tradicional que todo primeiro domingo tenha sua renda revertida ao Hospital de Câncer de Barretos. O cachê dos artistas também vai para o Hospital.

Mais contido que em outros dias, o público, de pouco mais de 20 mil pessoas, se comportou de maneira mais calma, como costuma acontecer em todo domingo.

Antes de subir ao palco, Luan lembrou de sua primeira apresentação em Barretos, no ano de 2008, quando pagou R$ 3 mil para cantar em um palco secundário.

“Rapaz, a gente veio numa turma pra divulgar o CD. Ficou todo mundo amontoado num quartinho, um monte de CD pra distribuir, e lembro muito bem que o preço era R$3 mil reais pra se apresentar. Nós pagamos e viemos. No ano seguinte, eu era pouco conhecido, mas “Meteoro” já estava andando. Aí no ano seguinte eu já estava fazendo sucesso mesmo”.

O cantor deu início a seu show pouco antes da uma da manhã, para o segundo show da noite. Até havia a ideia de Daniel fazer uma participação, mas não foi possível por conta de problemas de horário do próprio Daniel, que precisava ir embora.

Luan fez sua apresentação padrão, recebeu as calcinhas e sutiãs, brincou com o público, e fez cover de “Someone like you”, da Adele.

Luan nunca recebeu dinheiro por cantar em Barretos. Nos dois últimos anos, quando esteve presente como uma das principais atrações, ele recebeu cachê e doou ao Hospital de Câncer. Ontem, como era dia do Hospital, o dinheiro do cachê e da bilheteria nem passou pelas mãos da equipe dele, foi diretamente para os responsáveis pelo Hospital.

O início da semana será de folga para o cantor. Logo após a apresentação, Luan seguiu direto para Corumbá-MS, para um de seus principais hobbies: pescar.

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Zé Camilo, pai de Daniel, Luan Santana e Daniel

-Daniel

Daniel abriu os shows de domingo por volta das 23h, três horas após o que estava marcado no site oficial, o que é de praxe.

Antes de sua apresentação, o cantor falou ao blog sobre mais uma experiência sua, agora como jurado do “The Voice”, programa que estreia em setembro na Globo:

“Eu estou muito animado com a experiência de ser jurado, de participar de um programa desses moldes. Eu já passei por isso, fui julgado, corrigido, faz parte da carreira de qualquer cantor. É algo diferente por conta de uma pressão que você mesmo se impõe, que é a de saber, só ouvindo a voz, quem merece seguir. Eu aceitei o convite logo que me convidaram, depois fui ver o programa lá fora e a ideia é realmente muito interessante, acho que o público vai gostar”.

Sobre a fama de bonzinho, Daniel disse que é possível ser crítico e educado ao mesmo tempo:

“Você pode criticar, mostrar o erro e mesmo assim ser educado. Eu estou lá pra fazer meu trabalho, ajudar no que eu posso, então vai haver horas em que a gente tem que dizer a verdade, ser direto, não dá pra ser bonzinho sempre. Mas quem está lá, sabe que as críticas e as correções fazem parte do programa”.

O cantor ainda confirmou que seu DVD de 30 anos de carreira, antes programado para o final do ano, será gravado no ano que vem por conta de sua participação no novo programa.


Gusttavo Lima diz que críticas não o incomodam e que “ninguém chuta cachorro morto”
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André Piunti

Gusttavo Lima se apresentou, ontem, na Festa de Barretos, após o show de Chitãozinho e Xororó. O cantor entrou no palco quase às duas da manhã, pra fazer seu show padrão, misturando suas canções mais conhecidas com sua nova aposta, “Gatinha Assanhada”, que abriu e fechou a apresentação.

Antes de subir ao palco, Gusttavo falou ao blog sobre a série de notícias que vem saindo sobre ele e que vem invariavelmente criando polêmica.

O cantor se mostrou bastante calmo em relação a repercussão dos últimos acontecimentos, principalmente sobre o caso do pedaço da guitarra que ele jogou no público e acabou ferindo uma criança.

Gusttavo disse que se sente tranquilo com opiniões contrárias, pois sabe que “ninguém chuta cachorro morto”.

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Nas últimas semanas, algumas notícias a seu respeito renderam muito, e junto vieram as críticas. Teve o fato de você beijar fã no palco, o caso da guitarra que acertou uma menina, o boato de que você se recusa a dividir palco com o Teló…

A imprensa tá fazendo a parte dela, eles precisam de notícia, eu entendo. O que não é legal é quando inventam, e isso tem acontecido muito.

Esses dias saiu isso mesmo, uma publicação de que Gusttavo Lima não queria dividir palco com Michel Teló. De onde a pessoa tira isso? Não sou só amigo do Michel como sou fã também. Admiro o trabalho dele, a gente sabe da importância dele nessa nova geração de sertanejos. Nós nos encontramos sempre nos bastidores. Como eu não vou querer dividir palco com o cara? Esse tipo de informação inventada já não é legal pra ninguém.

Você acha que estão pegando no seu pé?

Não sei, não gosto de ficar reclamando. Acho que o pessoal não tava acostumado a um cara fazer sucesso e levar a vida normal como eu levo. Eu saio com mulher, eu saio pra jantar, eu vou pra balada, eu tiro foto, atendo todo mundo, fazer sucesso não mudou meu comportamento, acho que isso desperta muita curiosidade e acaba gerando notícia pra todo lado, pro bem e pro mal.

E o caso da guitarra?

Cara, você acha que algum dia eu ia jogar uma guitarra do palco pra machucar alguém? Fui dar uma parte da guitarra pros meus fãs, e de repente eu leio que “Gusttavo atira guitarra em menina”. Alguém acha mesmo que eu ia atirar alguma coisa em uma criança? Quando eu vi o que aconteceu, eu mesmo fiz questão de levar ao hospital e me responsabilizar por qualquer coisa que ela precisasse.

Quando a gente joga algo pro público, mesmo direcionado pra uma pessoa, acaba dando um empurra-empurra, e nisso infelizmente a guitarra acertou a menina. Por saber que ela machucou por minha causa foi que eu cuidei de tudo que ela precisava.

E essa série de notícias que fala de tudo, menos da sua música, tem te incomodado?

Você conhece o ditado que ninguém chuta cachorro morto, né? Eu entendo que é o papel de boa parte da imprensa. Quando eles veem que a pessoa fez algo que eles podem usar, é maravilhoso pra eles. Claro que tem coisa que a gente não gosta, muita gente fala besteira demais, não vou mentir pra você dizendo que eu fico feliz com tudo o que eu leio, mas também não vou falar que me incomodo. Eu acredito muito que todo o artista tem que aprender a ter um filtro no ouvido. Se vai te fazer mal, ouve e deixa quieto, releva.

Eu tenho conseguido me importar só com o que faz bem pra mim, e dessa forma acabo me dando bem como toda a imprensa, tanto que você nunca leu que eu tratei mal alguém ou dei alguma resposta mal educada. Mas é o que eu te digo. O povo pode bater, pois eu sei bem que ninguém chuta cachorro morto.