Michel em Lisboa: muito mais do que todos imaginavam
André Piunti
Uma das principais metas ao vir acompanhar a turnê do Michel na Europa é entender, de perto, o tamanho do sucesso de “Ai, Se Eu Te Pego” e, principalmente, se ele é uma realidade aqui fora.
O show de Lisboa, ontem, não daria pra ter sido mais positivo. Ninguém, até o início do show, imaginava que ali ficaria marcado com um dos maiores shows da carreira do Michel. É claro que a expectativa era grande, ainda mais com os 6100 ingressos esgotados, mas soaria pretensão demais pensar que todas as músicas seriam cantadas do início ao fim.
Michel cantou seu DVD, cantou Tradição, Adele, Roberto Carlos e arriscou até “A Garagem da Vizinha”, sucesso no Brasil dez anos atrás e que também é muito conhecida em Portugal. Seu show em Lisboa não diferiu quase em nada do apresentado no Brasil, o que é o ponto mais notável de toda a história.
A platéia era portuguesa em sua maioria, e os 15 mil discos (CD+DVD) vendidos em Portugal explicam o fato de o público conhecer praticamente tudo o que ele cantava. Não teve ninguém da equipe que conseguiu não se emocionar em algum momento. A pressão que o ambiente fazia sobre o palco era imensa, resultado da estrutura de uma arena de mais de 100 anos na qual eram realizadas touradas, chamada “Campo Pequeno”.
O motivador de tudo isso, que pouco mais de dois anos atrás distribuiu ingressos para seu show no Villa Country não ficar vazio, estava ali, se apresentando na Europa sob os olhos de seus pais, tios e irmãos, que foram acompanhá-lo na turnê. A sensação é de que os mais próximos assistiam, a cada reação histérica do público, a história de vida de Michel.
Animado, mas diversas vezes visivelmente emocionado, Michel não se segurou na hora de cantar “Faz um milagre em mim”, marcando o momento mais emocionante do show.
A apresentação, na íntegra, foi transmitido pelo UOL, e fez com que muita gente tivesse a chance de acompanhar ao vivo um novo e importante capítulo na história da música sertaneja.
Michel toca sábado (25) em Guimarães, e a expectativa da produção local é de que o show seja até melhor que o de Lisboa. Domingo (26) tem show em Londres, onde a música ainda não conseguiu entrar como no resto da Europa. Vai ser interessante acompanhar.
Fiz alguns vídeos, que publicarei durante a semana. Aos que perguntam sobre “Ai, Se Eu Te Pego”, por mais curioso que pareça, não dá pra dizer que ela foi indiscutivelmente o grande momento do show. Houve diversos outros, em várias músicas, que o público se comportou de forma igual ou até mais animada. Nem parece verdade, mas quem acompanhou a transmissão, viu que foi real.
Abaixo, algumas fotos.
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Cheguei ao “Campo Pequeno”, local do show, às 14hs. As pessoas da foto já esperavam o início do show, marcado para as 22h. Mais tarde, soube que elass nem foram os primeiros, pois havia 4 meninas do outro lado que conseguiram chegaram alguns minutos antes. Michel recebeu as 4 meninas no camarim após o show.
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Resultado final da minha credencial do evento. Foi tudo muito bem organizado, não deu nada errado, mas a correria pra que tudo desse certo foi a mesma que se tem no Brasil em qualquer show.
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O “QG” de onde foi feita a transmissão. Um servidor, um monitor e um laptop. O show foi transmitido pelo UOL, em mais uma parceria com a Lab3 (a mesma parceria dos shows do Villa Country).
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Eu me credencio, peço crachá, mas não dá pra dar chance ao imprevisto. Comprei o ingresso da foto na semana passada. Acabei não usando, mas serve de lembrança. Os preços eram de 30 a 37 euros, e pouco antes do show, estavam entre 50 e 60 na mão dos cambistas.