O sertanejo como negócio… que nem sempre dá certo.
André Piunti
Confesso que entendo, apesar de achar pouco ou quase nada positivo, a criação de artistas ou duplas de um dia para o outro.
O mercado está aberto, as oportunidades estão aí, mas às vezes soa tão artificial que é impossível imaginar que um dia tal produto possa vingar.
Soube ontem, com algumas semanas de atraso, que a dupla Juliani e Bruno se desfez. Lembra deles?
Juliani participou do “Ídolos”, na Record. Bruno foi apresentado a ela pelo produtor Marco Camargo, que produziu o único disco da dupla.
Em uma tentativa de aproveitar o momento do sertanejo, a “Record Entretenimento”, braço da emissora que cuida da carreira dos “Rebeldes”, por exemplo, decidiu investir nos dois cantores e colocá-los na mídia.
Fizeram a maior parte dos programas da casa, contrataram uma assessoria que conseguiu emplacar algumas pautas interessantes em veículos distintos, tiveram verba pra tocar em rádio grande, lançaram o CD pela Universal Music, mas a dupla acabou não tendo muita repercussão.
A lição de casa foi feita, buscaram parcerias boas, a dupla também era afinada, mas parece que a questão “artificial” pesou.
O que é ótimo, diga-se de passagem, pra música sertaneja.
Não fui atrás pra saber o motivo da separação, se houve briga, rompimento e etc, mas a opinião acima independe do que causou o fim da parceria.
É um exemplo bom pra quem quer se aventurar no sertanejo e acha que basta um bom investidor pra que as coisas deem certo.