Vicente Matheus, Marlene Matheus com o LP na mão, e Sócrates.

No último ano da faculdade, quando mexer com sertanejo na internet já tinha virado trabalho de conclusão de curso, um professor comentou comigo, enquanto discutíamos pautas para o meu trabalho: “sabia que o Socrates já gravou um disco sertanejo e que pouca gente ouviu?”

Eu, corintiano e fã de sertanejo, não fazia a mínima ideia.

Não consegui achar o disco pra baixar na época e deixei de lado. Tinha pra vender no Mercado Livre (tem até hoje).

Em agosto, quando o doutor foi internado, lembrei da história, voltei a procurar o disco e consegui baixá-lo graças ao blog “Paisagem do Sertão“.

O disco, chamado “Casa de Caboclo”, foi gravado em 1980. A ideia de Sócrates não era a de se tornar um cantor de sucesso, mas sim de ajudar a quebrar o preconceito contra a música caipira. O CD teve uma tiragem de 50 mil cópias e saiu de catálogo em pouco tempo.

Sócrates era paraense de família humilde. A vida da família mudou quando seu pai passou em um concurso da Receita Federal, e foi transferido para Ribeirão Preto, interior de São Paulo, berço da música caipira.

No LP, o Magrão cantou clássicos como “Carro de Boi”, “Cabocla Tereza” e “Boiadeiro Errante”.

Abaixo, posto “Cabocla Tereza”, de Raul Torres e João Pacífico, na voz do doutor.

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