Ontem aconteceu a cerimônia de entrega do “Prêmio Multishow”, que causa uma grande mobilização de fãs durante a época de votações.

Nesta edição, três sertanejos saíram vencedores: Paula Fernandes, com o melhor show, e Luan Santana, como melhor cantor, e Michel Teló, que levou um troféu especial de “Prêmio Mais Mais”, por ser o artista mais bem sucedido nas redes sociais.

Como acontece sempre, fãs dos mais variados artistas reclamaram dos resultados, mas premiações são assim mesmo e as reclamações acabam fazendo da “tradição” dos eventos.

Quem quiser conferir a lista completa dos vencedores, pode clicar aqui. Além da votação popular, a que importa realmente, houve também prêmios distribuídos por um “júri especializado” e por um “superjúri”. Mais um daqueles exemplos de vergonha alheia que a gente tanto discute aqui.

E os alienados somos nós, claro.

Anunciei aqui no blog, no início do ano passado, a estreia de uma nova carreira. Diney Alves, músico e compositor, lançava seu trabalho como Diego Faria, apoiado pelo jogador Adriano, na época em que jogava pelo Corinthians.

Um ano e meio se passou, houve uma mudança na parte de administração de sua carreira, e ele conseguiu um bom destaque com “Elas ficam loucas”, canção que caiu no gosto dos boleiros e que foi alavancada na novela “Balacobado”, da Record.

Em maio, quando estive em Cabo Verde, na África, acompanhando a turnê da Paula por lá, ouvi a musica tocando bastante nas rádios, fruto da presença da Record em alguns pontos do continente.

Diego Faria está lançando uma nova música, agora lenta, pra mostrar o lado mais forte de sua carreira como compositor. Dia 9 de outubro ele grava seu primeiro DVD, na Brook’s, com a produção de Luiz Carlos Maluly.

A nova canção se chama “Rosa de Fogo” e pode ser ouvida abaixo (Diego Faria/Flavinho/Fabricio).

Faleceu ontem, dia 2, meu avô. O materno, o paterno não cheguei a conhecer.

Aos 81 anos, enfrentou por 7 a “doença ruim”, como ele chamava o câncer, mas conviveu com ela muito bem, controlada, até que uma recaída poucos meses atrás o debilitou a ponto de não fazer mais sentido ficar aqui. Padeceu por poucos meses, teve o sofrimento abreviado, pois não merecia encerrar de forma triste uma vida tão bem vivida.

A grande proximidade que sempre tivemos é que me faz entender tudo da melhor maneira possível.

Queria aproveitar a situação pra contar uma história.

Quando falo do meu trabalho, digo minha idade e conto que sou de Campinas, a pergunta sempre é “mas de onde veio o gosto por sertanejo?”.

A resposta é exatamente meu avô. Mineiro de Estrela do Sul, nascido na década de 1930, acompanhou o surgimento de praticamente todas as duplas importantes da música sertaneja, além de ter cantado, composto e tocado desde muito novo.

No final dos anos 1980, não consigo me lembrar a data exata, ganhei meu primeiro LP, justamente um presente dele. Nunca esqueci do disco, uma coletânea do Sérgio Reis da série “Disco de Ouro”, lançado pela RCA em 1977.

O disco trazia clássicos sertanejos na voz do Serjão, o que me fez ouvir, ainda bem criança, repetidas vezes as canções “O Menino da Porteira”, “Saudade da Minha Terra”, e “Rio de Lágrimas”. O LP foi a porta de entrada de anos e anos ouvindo modas das mais conhecidas até aquelas que a gente tem certeza que ninguém mais conhece.

Foi o começo da minha vida musical, e sem eu nem imaginar, profissional. Se hoje vivo de música sertaneja, foi por causa do meu avô, que sempre muito curioso por modernidades, tinha o blog como página principal do seu navegador.

Como homenagem, em vez de um texto em tom triste, algo que jamais combinou com ele, preferi contar essa curta história. Sou muito do meu avô, nos gostos, no comportamento, e na forma de encarar as coisas.

Cantávamos muito a música abaixo, “Arrependida”, quando estávamos juntos. Sofrida, como não poderia deixar de ser.

A ele.

Victor e Leo estão lançando, hoje, o clipe de “Na linha do tempo”.

A canção, que na semana passada já estava internet, começou a ser trabalhada nesta segunda-feira nas rádios.

Mostrando sua força nas rádios, “Piradinha” voltou ao primeiro lugar, apés ter ficado ficado sem segundo na semana em que “Garotas não merecem chorar”, de Luan Santana, estreou.

Como dificilmente acontece, Valim conseguiu tirar um lançamento de Luan da primeira posição, pelo menos por uma semana.

As outras posições não tiveram muitas novidades, a não ser pelos retornos de “Um lugarzinho na sua cama”, de João Bosco e Vinícius, e “Irracional”, de Marcos e Belutti.

Como pode ser conferido abaixo, o ranking traz um empate na 3ª posição.

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01 – Piradinha – Gabriel Valim (2) – 867
02 – Garotas não merecem chorar – Luan Santana (1) – 854
03 – Caso Indefinido – Cristiano Araujo (7) – 824
03 – Enamorado – Eduardo Costa (3) – 824
04 – Um Ser Amor – Paula Fernandes (5) – 792
05 – Conto até dez – George Henrique e Rodrigo com Jorge e Mateus (8) – 774
06 – Choro – Leonardo (4) – 761
07 – Se tudo fosse fácil – Michel Teló part. Paula Fernandes (6) – 752
08 – Um lugarzinho na sua cama – João Bosco e Vinícius (-) – 672
09 – Irracional – Marcos e Belutti (-) – 667

*Fonte: Crowley Broadcast Analisys/Universo Sertanejo

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