Abaixo, os 10 melhores discos de 2011 na opinião única e exclusiva dos leitores, com meus comentários. Na sequência, minha opinião com os 5 melhores.

Lembrando que lançamentos do finalzinho do ano, como Michel Teló e Fernando e Sorocaba, não entraram na disputa.

Abaixo do nome de cada CD, há o nome dos produtores.

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10° Leonardo – Nada Mudou
(Luiz Carlos Maluly)

Entra ano, sai ano, e ele sempre aparece por aqui. Leonardo continua com seu trabalho de sempre sem se preocupar demais com a opinião alheia. Seu novo CD, como é comum acontecer, traz diversas regravações. A diferença do Leonardo é que ele consegue melhorar as músicas quando as regrava, o que não é nada comum. E a sensação de que ele faz tudo despretensiosamente é errada: “Beber, beber” é a aposta dele pra ser a “Zuar e Beber” de 2012.

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9º João Bosco e Vinícius – João Bosco e Vinícius
(Dudu Borges)

Criticado pelos mais distintos motivos, o CD levou o Grammy Latino de “Melhor Álbum Sertanejo”. E não há motivo para querer menosprezar o prêmio quando uma dupla nova ganha, e exaltá-lo quando um Zezé di Camargo e Luciano vence. Em comparação com os outros discos da dupla, não houve tantas canções que tocaram espontaneamente, mas foi desse CD que saíram “Abelha” e “Chuva”, que fechou 2010 entre as 10 mais tocadas do ano (a música foi lançada antes do disco).

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8º  Marcos e Belutti – Sem Me Controlar (Ao Vivo)
(Dudu Borges)

Foi o primeiro DVD com a cara da dupla, de fato. Com a grande parte das canções sendo de autoria própria, Marcos e Belutti fizeram o projeto após terem caminhado muito por conta da música “Sem Me Controlar”. Depois de terem lançado “Dupla Solidão”, fora dos padrões das atuais músicas de trabalho, eles colocaram “Nova Namorada” nas rádios, e agora trabalham “Desce do Salto”, parceria com Michel Teló.

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7. Victor e Leo – Amor de Alma
(Victor e Leo)

Não sei exatamente o porquê, só sei que Victor e Leo sempre dá discussão. No novo CD, a dupla voltou a se produzir e a regravar canções sertanejas clássicas, como “Passe Livre” e “O Doutor e a Empregada”. Como já comentei aqui, trata-se de um CD mais empolgado, animado, com mais “vontade”. Segundo o próprio Victor, representa o momento atual deles, após conseguirem, enfim, tirar férias. Tem uma das músicas mais bonitas do ano: “Sonhos e Ilusões em mim”, ao lado de Paula Fernandes.

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6.  Luan Santana – Ao Vivo no Rio
(Luan Santana/Sorocaba)

Depois de virar artista número 1 do Brasil e ouvir as piores previsões possíveis sobre seu futuro, Luan emplacou, logo no começo do ano, duas músicas entre as mais tocadas do país: “Um Beijo” e “Amar Não é Pecado”. A queda tão anunciada não aconteceu, e Luan segue como um dos produtos musicais mais valiosos do país. Quanto ao CD, faço uma ressalva pela segunda vez aqui no blog: a participação de Zezé di Camargo e Luciano poderia ter sido feita com a música “Muda de Vida”, em parceria já testada no programa da Hebe.

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5. Gusttavo Lima – Gusttavo Lima e Você (Ao Vivo)
(Ivan Miyazato/Pinocchio)

A tão bem sucedida “Balada Boa” cresceu de uma forma tão rápida, que o lançamento do CD/DVD acabou passando batido pra muita gente. Em 2012, ao que tudo indica, o trabalho vai ficar mais conhecido e outras canções vão começar a mostrar como o projeto é forte, num caminho parecido com o primeiro DVD do Gusttavo. “Fora do Comum”, que me parece sucesso certo, e “Tsunami” já andam sozinhas, sem nenhum trabalho por trás.

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4. Eduardo Costa – De Pele, Alma e Coração (Ao Vivo)
(Eduardo Costa/Daniel Silveira/Sergio Bittencourt)

O popular continua tendo vez, e o bom é que por aqui no blog passam todos os tipos de fãs. Eduardo continua sendo o “povo”, e seu estilão apaixonado segue sendo a única ligação que muita gente tem ainda com a linha mais romântica da música sertaneja. De todos os citados aqui na eleição, é o que mais tem músicas de trabalho em potencial. Apesar de não fazer alarde, Eduardo fechou o primeiro semestre com a segunda música mais tocada no país, “Quem é?”, segundo pesquisa divulgada pela “Veja”.

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3. Bruno e Marrone – Juras de Amor
(Dudu Borges)

Foi um ano de emoções fortes e muito distintas para a dupla. Do momento difícil passado por conta do acidente de Marrone até a repercussão inesperada, por eles, do CD “Juras de Amor”. O bom do fã de música sertaneja é que ele não deixa de acompanhar uma dupla grande quando não gosta de um trabalho. Ele segue ouvindo os trabalhos antigos, esperando que um belo dia o artista volte a fazer o que sabem de melhor. Foi o que aconteceu com Bruno e Marrone. É bobeira comparar com os CD’s que consagraram a dupla, mas não há absurdo nenhum em dizer que é o melhor CD de estúdio deles, disparado, depois de “Meu Presente é Você”, de 2005.

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2. Paula Fernandes – Ao Vivo
(Luiz Carlos Maluly)

Tenho orgulho dos leitores do blog. Em 2009, colocaram um CD da Paula entre os 11 mais votados, quando ela simplesmente não existia nacionalmente. Dois anos depois, com ela consagrada, a segunda posição é mais do que justa, não foi primeira por detalhe. Há uma considerável má vontade de parte da imprensa com ela, e pior ainda, de pessoas do meio sertanejo com a moça. O fato é que ela é importante não só para o mercado, mas principalmente para a música sertaneja. É o grande nome da música brasileira em 2011.

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1. João Carreiro e Capataz – Lado A Lado B
(João Carreiro/Zé Renato Mioto)

No ano passado, o CD “Aí Já Era”, do Jorge e Mateus, foi eleito o melhor tanto pelos leitores como por mim. Esse ano, novamente, a história se repete. O interessante desse espaço aqui é que ele não é feito só para vidrados em música sertaneja, então muita gente vai passar a dar mais atenção pro CD após ver que tanto os leitores quanto o blogueiro estão falando bem de um disco que sequer teve um lançamento “oficial” ainda. O projeto vai andar mesmo é no ano que vem, já que tem uma boa lista de canções que podem servir como música de trabalho. Abaixo, escrevo mais sobre o CD.

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Os melhores na minha opinião:

5° – Victor e Leo
(Victor e Leo)

Victor e Leo lançaram um CD elogiado por muita gente, bem mais intenso que o anterior. As regravações foram muito acertadas, a dose de bom humor foi muito boa, e as canções romântico-poéticas marcam o CD de forma muita forte. Desde que surgiram nacionalmente, seus discos sempre estiveram entre os melhores, mas há quem reclame de “mesmice”. Não tiro a razão de quem diz isso, mas creio que seja um preço a se pagar por bancar um estilo próprio independentemente do rumo do mercado. Repetindo o que disse mais acima, o CD traz uma das músicas mais bonitas do ano: “Sonhos e Ilusões em mim”, ao lado da Paula Fernandes.

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4º – Eduardo Costa – De Pele, Alma e Coração
(Eduardo Costa/Daniel Silveira/Sergio Bittencourt)

A cada ano que passa, Eduardo Costa parece entender mais o que quer o seu público. Sua primeira música de trabalho, “Quem É?”, foi um sambinha. Durante o ano, ainda trabalhou a romântica “Eu Quero Te Amar”, a parceria “Meu Grito de Amor” com Paula Fernandes, e a rasgada “Eu Quero Te Amar”. Atualmente, sua música de trabalho é a animada “Tomara a Deus”. Quatro músicas de trabalho, todas na linha bem popularzona, de um único DVD.

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3º – Paula Fernandes – Ao Vivo
(Luiz Carlos Maluly)

Fico até certo ponto em dúvida se o CD da Paula não deveria ser considerado o melhor do ano. Já cansamos de saber que venda de discos não tem ligação direta com a qualidade do trabalho, mas quando se envereda por um tipo de música de apelo comercial, que é o caso do sertanejo atual, a repercussão do produto passa a importar muito. O projeto, que vendeu já 1,5 milhão de cópias, trouxe a trinca “Pra Você”, “Não Precisa” e “Sensações”. Um trabalho bem produzido, com bom repertório e que vendeu muito. Difícil de competir.

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2º – Bruno e Marrone – Juras de Amor
(Dudu Borges)

A frase que resume “Juras de Amor” é: “eles estão de volta”. Depois de alguns álbuns criticados (o acústico duplo, injustamente), Bruno e Marrone voltaram a fazer música romântica de verdade, estilo que os fez respeitados. “Dormi na Praça” os tornou conhecidos nacionalmente, mas a importância deles sempre veio do romantismo e das intepretações emocionantes. Que se discuta uma ou outra faixa, mas o CD é dos melhores. Nele, na minha opinião, há a grande música do ano, e que também entra na lista de melhores canções da carreira da dupla: “A Entrada é Franca”.

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1º – João Carreiro e Capataz
(João Carreiro/Zé Renato Mioto)

Se uma dupla como Zezé e Luciano foi extremamente elogiada pelo “Double Face”, com um lado apenas com modões, o que dizer quando uma dupla nova, que disputa espaço nesse mercado maluco, faz algo parecido?

O CD tem 40 músicas, então abre mais brechas pra ser discutido. Há quem não goste do estilo debochado e desbocado da dupla, presente no Lado B, mas a questão mesmo é o lado “A”. Não é o caso de o repertório ser legal ou não. A grande mão acertada foi fazer um disco de modas de viola inéditas, sem apostar em ‘modernidades’, e mesmo assim conseguir dar uma intepretação própria. Ou seja: fizeram o que se faz na música sertaneja há 80 anos, mas com a marca deles. Usa-se o Lado B pra se manter no mercado, e o Lado A pra mostrar que não se trata apenas de mais uma dupla.

Pode soar estranho ou engraçado, mas em pleno 2011, o CD sertanejo que mais recebeu elogios foi um de… moda de viola

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Decidi abrir uma exceção, excluir um projeto da votação e fazer uma “menção honrosa”. Não dá pra colocar Chitãozinho e Xororó + 40 anos de carreira + Maestro João Carlos Martins pra competir em uma lista de discos normais. O CD “Sinfônico” é muito bom, mas o DVD é realmente imperdível.

-Chitãozinho e Xororó – Sinfônico

Qualquer coisa que eu diga aqui, com perdão do clichê, é chover no molhado. Até discordo de algumas participações do projeto, mas musicalmente ele está em um patamar superior. Resumindo o que todo mundo sabe, trata-se de uma orquestra, regida por um dos músicos brasileiros mais respeitados internacionalmente em todos os tempos, João Carlos Martins, tocando clássicos de Chitãozinho e Xororó, que podem ser chamados tranquilamente de clássicos da música sertaneja. Não tem mais o que falar.