O personagem dessa postagem nada tem a ver com o sertanejo, mas o vídeo abaixo se aplica muito bem ao assunto: a internet tem se tornado um lugar cada vez mais cruel para pessoas públicas.

Com a possibilidade do anonimato, alguns internautas ofendem sem pensar duas vezes, e criticam sem dó nem piedade, muitas vezes apenas com a intenção de ofender, mesmo.  Há exemplos por aqui toda semana, e nessa última não foi diferente.

Dois exemplos: o primeiro, na postagem sobre a música “Esse tal de Twitter”. Eu não conhecia o intérprete, Di Lucas, e também não acho que a música seja uma poesia, publiquei apenas por curiosidade.

Algumas pessoas, no entanto, perderam as estribeiras. “Como pode dar espaço a uma porcaria dessas? O que esse garoto acha que é? Só pq o Luan Santana fez sucesso, toda porcaria vai fazer? Vai aprender a cantar primeiro”. Se o Zezé di Camargo já disse que não gosta de ler comentários no blog e no Twitter por ficar irritado, imagina o que não passa pela cabeça de um rapaz que nem lançou sua carreira direito.

O segundo exemplo foi na sexta, com o incidente do Rangel, detido embriagado. O cantor alegou estar sofrendo por amor, após brigar com a noiva. Logo, a maioria dos mais de 300 comentários deduziu que ele havia sido traído.

Apesar de haver uma dose de humor involuntário na notícia, pelo fato de o cantor assumir que estava “sofrendo por amor”, foram postados alguns comentários como: “Com essa cara de corno, devia subir em cima de um touro de rodeio e ver quantos minutos um chifrudo fica em cim de outro!!!!”

Lidar com a internet é um passo que a maior parte dos sertanejos ainda não conseguiu dar. Essa maioria, como se diz, continua “caindo na pilha” de alguns provocadores. Como há uma grande implicância com esses novos sertanejos, a tendência é que os desabafos de artistas no Twitter, cada vez mais frequentes, tornem-se corriqueiros.

Abaixo, um vídeo de Chico Buarque contando sobre o dia no qual descobriu na internet que as pessoas também o odiavam. Ao menos no vídeo, Chico fez o que todos deveriam fazer, mas poucos conseguem: deu risada.

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