Morre, em São Paulo, Dino Franco
André Piunti
Faleceu no início da tarde de hoje, em decorrência de problemas no fígado, o cantor e compositor Dino Franco, aos 77 anos. Ele faleceu em Rancharia, onde morava, interior de São Paulo.
Dino Franco tem o nome mais ligado ao de Mouraí, com quem fez sucesso com a música “Coração de Caboclo” e também com uma gravação de “Cheiro de Relva”, de autoria própria, mas sua história foi muito maior do que a história da dupla, principalmente como compositor.
Personagem importante na ascensão da música caipira nas décadas de 1950 e 1960, chegou a formar duplas com outros nomes conhecidos, como Belmonte, Biá e Tibagi. Seu discurso, que em alguns momentos soava como muito crítico, era apenas o da defesa e do respeito pela música sertaneja. Em meio a carreira musical, chegou a trabalhar na Chantecler, quando a gravadora produzia nomes como Liu e Léu e Lourenço e Lourival.
São composições de Dino Franco músicas como “Amargurado”, “A Sementinha” e “Cheiro de Relva”, só pra citar três exemplos.
Logo que a informação do falecimento correu, o cantor Daniel, que recebeu Dino Franco na primeira edição de seu projeto “Meu Reino Encantado”, divulgou a seguinte mensagem:
“Dino Franco era muito talentoso, tive a honra de conhecê-lo como poeta, compositor, violeiro, uma pessoa que contribuiu muito para a música sertaneja e que vai deixar saudade. Participou comigo no primeiro álbum do Meu Reino Encantado, na música “Minha Mensagem”.
O velório será realizado, a partir das 16h, na Câmara Municipal de Rancharia.
Encerro a postagem com uma frase do Dino Franco, que resumia bastante seu pensamento (frase sempre citada pelo César Menotti em entrevistas).
“A música sem raiz é fraca, vulgar e fria”.