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Arquivo : dia do jornalismo

Um dedo de prosa – sobre os comentaristas
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André Piunti

Hoje, dia do jornalista, aproveito a data para falar de algo menos musical, mais ligado ao blog.

Nesse ano de 2011, cresceu o número de postagens com bastante repercussão. O número de comentários disparou em algumas delas (chegou a 1200 em apenas uma), e novos comentaristas deram as caras.

Dos mais geniais, que sabem de tudo, até os desprovidos de qualquer forma de educação, que gostam mesmo de xingar.

Desde o mês passado, Maurício Stycer, repórter especial e blogueiro do UOL (e também meu ex-professor de faculdade), faz uma lista mostrando os “tipos de leitores”.

É divertido, já que são facilmente reconhecidos em qualquer blog, de qualquer assunto.

Os seis tipos listados por ele até agora foram o “Crítico de assunto”, aquele que sempre vem te avisar que o assunto tratado é absolutamente desinteressante, o “Contrabandista”, que chega, fala meia dúzia de palavras, mas no fundo ele só quer divulgar o link de seu site/blog, o “Consultor de Empresas”, que faz perguntas do estilo “como o UOL dá espaço para esse blog?”, o “Muy Amigo”, aquele que sempre vem dar dicas a fim de melhorar suas postagens e até sua vida, que não andam lá aquela coisa, o “Professor Pasquale”, que corrige o português de todo mundo com um misto de ódio e revolta em suas observações,  e o “Ubaldo, o Paranóico”, que tem a certeza de que os textos são complexas conspirações a favor de alguém. Todos esses textos podem ser lidos nessa página.

Vale a pena a leitura.

Como autor de todos os textos publicados nesse espaço, eu me divirto com os comentários, inclusive com as ofensas, provavelmente já acostumado após quase quatro anos de blog.

Alguns artistas acompanham as discussões nos comentários, e as reações são bem distintas. O Luan é disparadamente o que mais recebe ofensas, e já disse que lê e passa por cima, não dá bola. Após um show, ele pediu para ler alguns comentários que haviam sido feitos sobre a música que ele havia acabado de lançar com a Ivete. A maioria dizia que ele era gay, e ele dava risada da criatividade das mensagens.

Completamente oposto a ele, é o Zezé, que deixou de ler qualquer comentário no blog depois de passar “muita raiva”, como o próprio disse (ele comentou isso na semana retrasada, no programa que eu apresento na rádio Nativa).

No ano passado, chegou um comentário dizendo algo do tipo: “Fui a um show do Zezé na semana passada e fiquei com dó. Ele parou no meio da música, disse que não tinha mais voz e começou a chorar”.

A cena descrita no comentário, na verdade, nunca aconteceu. Serviu para que eu perdesse um leitor de comentários ilustre.

Desde o 2008, um rapaz chamado Ademyr Rico é responsável pelos comentários mais ferrenhos do blog (aliás, ele anda meio sumido). Cerca de 99% das duplas novas são de péssimas para baixo, na opinião dele. Fui entender o quanto as pessoas realmente liam os comentários quando diversas duplas famosas começaram a me perguntar quem era “o tal do chato do Ademyr Rico”. O Ademyr é cantor e compositor, e há material dele no YouTube para quem quiser ver.

Nos últimos dois meses, alguns comentários têm passado por minha aprovação, já que alguns termos chulos entraram em uma “lista negra”. Eu tento deixar rolar até uns absurdos, mas há exageros que realmente não podem passar.

Nesse dia do jornalismo, ou do jornalista, eu faço um pedido: continuem se divertindo, brigando e xingando nos comentários, mas segurem um pouco os palavrões. Só isso =)


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