Serjão, 71
André Piunti
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Hoje, dia 23, o cantor Sérgio Reis completa 71 anos.
Aniversário de um dos nomes mais queridos de todos os tempos na música sertaneja, seja por seus sucessos, por suas histórias, ou pelo respeito com o qual sempre tratou todos os artistas das mais diferentes gerações.
Aproveitando a data, publico abaixo duas histórias que há tempos estou para contar aqui.
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–“O Menino da Porteira”
Quem é fã de sertanejo sabe que a canção é dos final dos 1950. Foi gravada pela primeira vez por Luizinho e Limeira e Zezinha, e ficou marcada como a principal canção da carreira do trio. No entanto, nessa época, a canção ainda não era o hino que é hoje.
Nos anos 1970, já renomado, Sérgio Reis viajava o Brasil em turnê tocando nas mais diferentes casas, de praças públicas a bailões. Após um show seu, assistiu a apresentação de uma banda que relembrava canções antigas, e viu o público cantar em coro “O Menino da Porteira”. Na época, Sérgio Reis fazia sucesso com “O Menino da Gaita”.
A reação do público fez Serjão pensar em regravá-la. A regravação deu certo, transformou a canção em hino, em filme, e mesmo não sendo inédita, é a grande canção da carreira de Sérgio Reis.
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–A Casa
Certa vez, em uma cidade gaúcha, Serjão foi fazer uma visita a uma rádio na qual tinha vários amigos, a rádio era número 1 do ibope na cidade. Chegou sem avisar, como sempre fazia, e foi barrado pelo segurança e impedido de entrar no prédio. Nessa altura, Sérgio Reis já era a figura consagrada de hoje.
Daquele jeito que todos conhecem, calmo como sempre, Sérgio não criou caso, virou as costas e foi embora, apesar de extremamente incomodado com a situação. Não fez alarde e não reclamou com ninguém.
Dias depois, comprou uma casa na cidade, foi na rádio concorrente e deu a casa para a rádio sortear. Com a promoção, a rádio subiu no ibope e passou a ser primeiro lugar, deixando para trás a concorrente que havia proibido sua entrada.