E o Villa Mix em São Paulo deu certo
André Piunti
Com histórico muito positivo, o Festival Villa Mix passou por São Paulo no último sábado.
E como a gente sabe, São Paulo é cruel. Primeiro, pelo fato de o clima tradicionalmente não ajudar. Estava frio, esfriou mais ainda durante a noite, e chegou a garoar.
Eventos sertanejos desse tamanho na capital também não são certeza de sucesso, pois além de necessitar de um público muito grande pra se justificar, não há uma tradição como existe em várias outras capitais.
Pra fechar a cena complicada, a presença da imprensa é sempre maior, com veículos de mais peso de olho em qualquer escorregão da organização e implacáveis com um possível fracasso.
A grande questão é que o festival deu certo. Os números reais sempre são difíceis de se conseguir em grandes eventos, mas era nítido que havia mais de 30 mil pessoas (o número que circulava durante o evento era de 35 mil). Foram 8 shows dos artistas da Audiomix. Naldo abriu, no fim da tarde, e Matheus e Kauan fecharam, lá pelas 4 da manhã.
Diferentemente dos Villa Mix de outras cidades, não surgiram imagens aéreas impressionantes, mas não pra disfarçar uma suposta ausência do público, mas por conta do tamanho do local.
O espaço utilizado dentro do Campo de Marte era muito grande, muito amplo, o que impede, de certa forma, que as pessoas se apertem e produzam aquela imagem tradicional de mega concentração.
Foi muito bom que o Villa Mix tenha quebrado o gelo em São Paulo. Dias antes do evento, a conversa que corria era que o Festival estava com baixa procura. Nada como verificar pessoalmente a presença do público e o desespero do lado de fora pra se conseguir ingressos (de até R$500), já esgotados.
Apesar de o assunto não ter sido muito abordado nas entrevistas, foi o primeiro Villa Mix após o anúncio da parceria do evento com a 9ine, empresa de Ronaldo e Marcus Buaiz. O próprio Fenômeno postou uma foto, na última sexta, ao lado de Buaiz e de Marcos Araújo, mais conhecido como Marquinho, dono da Audiomix.