O “novo Megaupload” avança contra os direitos autorais. De que lado você está?
André Piunti
Foi lançado, no último final de semana, um site chamado MEGA. Ele é de propriedade do alemão Kim Dotcom, dono do famoso MegaUpload, que foi um dos maiores sites download do mundo. Kim, aos que não se lembram, foi preso em 2012 por diversas violações aos direitos autorais nos Estados Unidos.
Seu novo projeto é um jogo de xadrez que ele disputa com a legislação de diversos países. Kim é um sujeito de 39 anos que segue cutucando uma indústria velha e atrasada, servindo de herói de uma geração que não está muito preocupada com os direitos autorais. Tanto é que em 24 horas, 1 milhão de pessoas já utilizaram seu novo serviço.
A nova aposta do alemão, que mora na Nova Zelândia, é a seguinte: se baixar algo sem autorização é ilegal, vamos compartilhar. Eu te passo meus filmes, você me passa suas músicas, e ninguém interfere nas nossas atividades pessoais.
''Mas qual a novidade nisso?''
A privacidade*. Você usa o site, mas eles não têm acesso a seus dados, por conta de um sistema próprio de criptografia. Gratuitamente, há um espaço de 50 Gigas (equivalente a mais de 10 mil músicas) que cria links dos arquivos que você coloca lá dentro. Com os links em mãos, você compartilha os arquivos com uma ou com 10 milhões de pessoas.
''Mas o 4shared e tantos outros sites fazem algo parecido há anos!''
Aí entra mais uma vantagem: os arquivos também são criptografados, e o próprio MEGA não tem acesso ao que você coloca dentro da sua conta. É como se fosse um espaço seu, na rede, que ninguém pode ter acesso além de você (seu email, seu Facebook e diversos outros serviços não tem tanta privacidade quanto você acha). O MEGA não tem a chave para descriptografar suas informações.
*Sobre a questão do anonimato prometido pelo site, há um texto do TorrentFreak, em inglês, que discorda da eficiência anunciada.
Ou seja, mesmo que a justiça obrige a empresa a colaborar com alguma investigação (ela assume que vai colaborar), não há muito o que fazer, pois ela não sabe quem usa seu serviço, muito menos quais tipos de arquivos estão em seus servidores.
É claro que vão cair em cima do tal do Dotcom, vão brigar pra tirar o site do ar, e vão alardear que ''essas pessoas vão acabar com a indústria do entretenimento''.
Fato é que, mais uma vez, surge uma tentativa do livre compartilhamento de conteúdo na internet. Neste caso, uma tentativa abertamente confrontadora. O site está no ar, e mesmo ainda passando por testes e com falhas a ser corrigidas, já está causando barulho.
Há duas posições a se tomar diante dos fatos: reconhecer que o direito autoral sofrerá um baque pesado dentro de poucos anos e pensar em alternativas antes que o mundo te deixe pra trás, ou ficar condenando eternamente tais atividades, apoiando-se no velho discurso dos malfadados estúdios e gravadoras.
A maior parte das pessoas que trabalham com música no Brasil, ao que parece, infelizmente, ainda prefere a segunda opção.
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01/05/2013 04:25:26
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e-ticaret
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Luis Carlos
17/03/2013 00:23:30
Se analisarem com o decorrer dos anos, não foi o artista quem perdeu com a era digital e consequentemente os compartilhamentos, mas os emprresários que sempre ganharam muita grana em cima destes artistas. Me mostra um artista hoje que, fazendo shows por todos os cantos, mesmo com suas musicas sendo compartilhadas, não estão milionarios. Com certeza estão muto bem de vida. Melhor do que muitos artistas dos anos da era analogica. É só observar com mais atenção.
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henrique
21/01/2013 18:53:21
ninguem que gosta verdadeiramente de música vai deixar de comprar um album bem feito, isso engloba desde as músicas até o encarte do disco. seja cd, LP, dvd...vamos falar de indústria fonográfica, a quem estamos prejudicando compartilhando os arquivos? ao michel teló? luan santana? ah me poupedisso ninguem compra disco mesmo!a industria cinematográfica perde, claro que perde, mas ganha milhares de dólares também, todo mundo tem que perder um pouco, abrir mão nesse capitalismo, a internet ainda é dos poucos refúgios de liberdade, vamos mante-la assim!e por ai vai
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Victor
21/01/2013 18:21:34
É isso mesmo. Tem que pensar em uma alternativa pois ninguém vai deixar de bixar ou compartilhar as músicas. Gravadoras são um atraso de vida
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Cleito Silva
21/01/2013 18:21:25
Concordo com Vc,Felippe Said!!
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Cesar
21/01/2013 18:09:59
Os sertanejos já ganham muito com shows.Pior é que temos que aguentar o péssimo gosto musical desses indivíduos que acabaram com a boa música brasileira.
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Mônica
21/01/2013 17:32:47
Compartilhar obras não é de hoje. Antes da internet, emprestávamos livros, gravávamos fitas cassetes com as músicas de um LP para presentear um amigo, ou fitas de VHS para perpetuar aquele filme que passava no Corujão para assistir à hora que quisesse. O problema com a internet é que esse costume foi multiplicado aos milhares.Os direitos autorais podem continuar: uma música legal pode me fazer comprar o CD de um artista porque realmente considero que vale o meu dinheiro. Mas concordo que precisamos de uma mudança nos meios de promover o artista. Talvez, o que as gravadoras tenham de fazer é justamente isso: alterar o seu negócio para a promoção dos artistas, marcando shows (inclusive os transmitidos digitalmente), lançamentos de música, entrevistas ou chats com os fãs etc.
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Wandeco
21/01/2013 16:19:16
Está na hora de se repensar as leis de direitos autorais. Será que elas realmente são válidas? Afinal, se não há palavra que nunca foi dita, todas as obras se baseiam em criações anteriores de pessoas que nada receberam por isso. É justo isso?
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Marcio
21/01/2013 15:32:35
Apesar das discordancias das duas partes, vale a pena ressaltar que ambos tem os seus direitos de privacidade, mas o que vemos aqui e' como se fosse alguem quer levar vantangem sobre outros. Compartilhar dados e' algo pessoal e particular, mas condenar as empresas que hospedam compartilhamentos publicos nao seria justo, somente para as pessoas que deixam dados a serem compartilhados. Fico do lado das empresas que promovem compartilhamentos.
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Giba
21/01/2013 14:38:56
Controlar direitos autorais é o mesmo que um caminhão de cerveja capotar na rodovia e achar que ninguém vai pegar uma garrafinha. Não há como controlar, mas entre pagar para o artista pela criatividade ou para um gordo pilantra que ganha dinheiro com o trabalho dos outros, sou mais pagar para o artista, só não sei como...
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Felippe Said
21/01/2013 13:04:45
Chuto que quase todos os nomes que fazem sucesso, e que fizeram apartir de 2000, tem seu lugar graças ao compartilhamento massivo de mídias. Não há como discutir. Antes, um artista vendia seu LP, para assim, as pessoas terem acesso às suas músicas. Hoje você as coloca no youtube, 4shared (e etc.) e em poucos segundos pode perceber a reação do público em relação ao seu trabalho, se foi direto, se agradou ou não. Não há como voltar. Creio que apartir de agora os intérpretes vão cada vez mais liberar as músicas gratuitamente. Quem sairá perdendo com isso, são os compositores/produtores. Uma alternativa que vejo, para os compositores, é o intérprete bancar a música do próprio bolso, para poder liberá-la gratuitamente. Para as gravadoras, vejo como o próprio nome diz, viver de gravações, masterizações e etc. Eu sei que não é tão simples como disse acima, mas poderia ser uma linha a se pensar
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