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20 anos de João Bosco e Vinícius
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André Piunti

Ontem, dia 10, João Bosco e Vinícius comemoraram 20 anos de carreira.

A dupla, formada por dois caras novos e que está na base da criação do dito sertanejo “universitário”, já tem 20 anos de formação.

Gostando ou não, sendo fã ou não, a marca é muito significativa. João Bosco e Vinícius são exemplos de amigos que passaram a cantar juntos por sonho, não por oportunidade, algo que já não é tão comum como anos atrás.

Cresceram nos anos 1990, viram uma mudança acontecer no início dos anos 2000, e se tornaram protagonistas de uma nova fase que teve início alguns anos depois na música sertaneja. Tudo isso sempre juntos, tocando em qualquer lugar, fazendo shows para os mais variados públicos, esperançosos de que o sonho (e não a mera oportunidade) virasse realidade, como virou.

Como tudo em relação ao sertanejo chega atrasado a São Paulo (principalmente na minha região, Campinas), conheci a dupla em 2006 pela internet, mais exatamente pelo Orkut, já que as músicas da dupla não tocavam por aqui.

Uma das grandes lembranças que tenho deles é de janeiro de 2009, quando foram apresentar “Chora, me liga” no Faustão, música recém-lançada. Lembro que eram poucos os que desacreditavam de que dali sairia um hit, como saiu, um dos maiores da geração. A música era, de fato, muito forte.

Que eles mantenham sempre o sonho aceso, e que tenham sempre sucesso. Vencedores, já mostraram que são.

Aproveitando que a postagem é mais uma homenagem a eles do que qualquer coisa, posto abaixo minha música preferida, “Insegurança”. Talvez nem seja a melhor, não tenho definitivamente um relacionamento muito bom com esse teclado da música, mas é a que mais me marcou e que eu ouço até hoje.


20 anos em 20 fatos
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André Piunti

Zezé di Camargo e Luciano completam, hoje, vinte anos de carreira. Abaixo, vinte fatos que marcaram essas duas décadas de dupla.

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Criação da dupla

Cantor e compositor já conhecido no meio, Zezé di Camargo decide abandonar a carreira solo e se unir ao irmão Luciano, ainda inexperiente na música. Zezé, que já havia provado o sucesso de suas composições nas vozes de Leandro e Leonardo, por exemplo, percebeu que formar uma dupla poderia ser sua grande saída para o sucesso.

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É o amor

Em 19 de abril de 1991, a recém-formada dupla Zezé di Camargo e Luciano lança “É o amor”, última canção a entrar no disco, após o repertório todo estar fechado.

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Disco de ouro

Um mês após a estreia da música nas rádios, a dupla recebeu seu primeiro disco de ouro. Detalhe interessante é que, até então, os irmãos jamais haviam feito um programa grande de televisão, receberam a premiação unicamente por conta das rádios. Luciano considera esse um dos momentos mais emocionantes de toda a carreira. Zezé buscou o disco de ouro, chegou em casa e disse: “meu irmão, esse é pra você”.

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Cabelo do Zezé

A passagem pode parecer desinteressante, mas se trata de um dos maiores apuros pelo qual Zezé passou na carreira. O cantor jamais decidiu cortar os cabelos compridos, mas em uma conversa meio na brincadeira, o cabeleireiro passou a tesoura. Zezé se desesperou. Foi em uma festa, em Goiânia, e não foi reconhecido. Achou que tivesse jogado a carreira fora. A estratégia foi marcar todos os programas de televisão rapidamente para que conhecessem sua nova imagem.

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Amigos

Ao lado de Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo, criaram a trinca “Amigos”, que de show show virou especial de Rede Globo, e se transformou na parceria mais bem sucedida de toda a história da música sertaneja. Os “Amigos” foram responsáveis por tornar, de vez, o sertanejo na principal música da década de 1990.

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Na França

A dupla se apresentou, em 1998, em Paris, no ano do Brasil na França. A apresentação, no entanto, ficou marcada por ter sido a primeira apresentação televisionada de Leonardo sem Leandro, o show foi feito poucos dias após o falecimento de Leandro. Um vídeo, dos “Amigos” cantando “Força Estranha” enquanto Leonardo chora, é um dos mais conhecidos da música sertaneja.

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Amigos & Amigos

Tamanho foi o sucesso dos especiais da Globo, que um programa, chamado “Amigos & Amigos”, foi criado. As duplas recebiam diversos outros nomes da música sertaneja, das mais diferentes gerações, e cantavam todos juntos. O programa coincidiu com uma queda de popularidade do sertanejo romântico, muito explorado durante a década.

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Ibirapuera

A dupla já se apresentou diversas vezes para públicos superiores a 200 mil pessoas. Extra-oficialmente, nenhum show teve mais gente do que a apresentação que os irmãos fizeram em 1999, no Ibirapuera, em São Paulo. O número real jamais foi divulgado, pois “dizem” que havia muito mais gente do que o permitido por lei.

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Sequestro

Wellington Camargo, irmão da dupla, foi sequestrado em Goiânia. Diferentemente da forma que a mídia trata sequestros, o acontecido com Wellington virou atração de TV. A cobertura foi tão invasiva a ponto de se acreditar que prejudicou nas negociações. Foi o momento mais difícil desses 20 anos de carreira, e a fase de maior exposição pública da família Camargo.

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Dois Filhos de Francisco

Em 2005, estreia nos cinemas “Dois Filhos de Francisco”, filme que narra a história de Zezé e Luciano. Mesmo otimistas, nem eles mesmos imaginavam que o sucesso seria tão grande. Quem não os conhecia, mesmo com os 14 anos de carreira até então, passou a conhecer. A dupla sucesso dos anos 1990, na metade dos anos 2000, voltava a ser o principal nome da música sertaneja.

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Estação da Luz

A dupla foi parar no Guiness por ter sido responsável pela maior exibição pública de um filme no mundo. Em 2006, “Dois Filhos de Francisco” foi exibido em cinco telões, na Estação da Luz, em São Paulo, para cerca de 20 mil pessoas. O evento aconteceu em janeiro, no aniversário da cidade.

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Pirenópolis

Em 2006, após o sucesso do filme, a dupla volta para Pirenópolis, Goiás, cidade de nascimento dos irmãos. O show parou a cidade, e segundo informações, levou mais público do que o número de habitantes da cidade.

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Academia Brasileira de Letras

Dos diversos prêmios que receberam ao longo da carreira, um dos considerados mais importantes pelos cantores foi o de “melhor dupla de canção popular”, dado pela Academia Brasileira de Letras.

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Grammy Latino

Na década de 2000, os irmãos levam 3 Grammys Latino. Em 2004, 2005 e 2010, o que ajuda a reforçar o nome de Zezé e Luciano entre os grandes nomes da música brasileira.

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Problema na voz

O problema da voz de Zezé di Camargo ganhou ares de drama e tomou proporções jamais esperadas. Dizia-se que ele perderia a voz e pararia de cantar. Com o intuito de acabar com os diversos boatos, a cirurgia nas cordas vocais foi exibida no “Fantástico”. Ajudou a diminuir o falatório, mas ele ainda continuou firme e forte. Boatos dos mais diversos se mantém até hoje.

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DataFolha

Em 2007, a Folha divulgou uma pesquisa DataFolha que mostra Zezé di Camargo e Luciano e a banda Calypso como os artistas mais lembrados expontaneamte do Brasil. Quando a pesquisa foi publicada, a dupla já havia completado 16 anos de carreira.

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Lula

A canção “Meu País” virou tema da campanha de Lula em 2002. A dupla declarou apoio ao candidato, mas anos após, cortou relações. Diversas divergências afastaram o presidente da dupla, mas a amizade foi reatada anos depois. Zezé e Luciano foram os sertanejos que mais se manifestaram politicamente nas últimas duas décadas, e a relação com o Lula foi por diversas vezes assunto de grandes matérias.

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Juventude

Uma das pesquisas que mais agradam a dupla foi divulgada em 2004. A fundação “Perseu Abramo” pretendia traçar um perfil da juventude brasileira. O resultado foi que Zezé di Camargo e Luciano eram os artistas preferidos de jovens de 15 até 24 anos.

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Morro do Alemão

Em 2008, a dupla se apresentou no “Morro do Alemão”, no Rio de Janeiro. Pela primeira vez na história, uma dupla sertaneja se apresentava no local. A dupla não nega que foi para a apresentação sob um clima de tensão, mas depois afirmaram que se surpreenderam com a forma que foram tratados. Foi uma das principais barreiras que a dupla quebrou nesses 20 anos de carreira.

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Cruzeiro “É o amor”

Sempre pensando em uma forma de se diferenciar e permanecer sempre na mídia, a dupla decidiu fazer o cruzeiro “É o amor”. Entrou na onda dos cruzeiros para aproveitar o crescimento do mercado. Não esperavam, no entanto, que o projeto iria tão longe. Esse ano, a dupla realizou a terceira edição do evento, e as cabines para o ano que vem já estão sendo vendidas desde o mês passado.


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