Blog Universo Sertanejo

Arquivo : julho 2012

Dupla lança música criticando o mercado sertanejo
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André Piunti

Que há muita gente insastisfeita com o mercado sertanejo, não é novidade pra ninguém. O que não é tão comum assim é o fato de artistas, sempre muito reservados em relação a assuntos mais espinhosos, estarem mais propícios a dizer verdades por aí, mesmo que não se cite nomes.

Duas semanas após a entrevista do Jorge, que criticou abertamente o mercado, ficou pronta uma canção chamada “Tá na hora”, da dupla Marco Aurélio e Paulo Sérgio, que alfineta todos os lados.

É interessante, e até certo ponto, incômoda. A produção é do Marcelo Cigerza.

A música pode ser conferida abaixo. Quem não conseguir ouvir e quiser baixar, pode clicar aqui.

[uolmais type=”audio” ]http://mais.uol.com.br/view/12960828[/uolmais]

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Tá na hora
(Marco Aurélio/Élcio di Carvalho)

Tá faltando alma sertaneja
Tá faltando som da viola
Tá faltando alguém levantar a bandeira
Que esse som de hoje não rola

Tá virando tudo comércio
Paga que eu toco na hora
Já botaram preço até no sucesso
Quem não tá no esquema, tá fora

Que que é isso, cantador?
Que que é isso, cantador?
Ter que arrumar a voz
No computador

Que que é isso, produtor?
Que que é isso, produtor?
Sua estrela tá mais alta
Que a do próprio cantor

Isso sem falar do comprador de canção
Que sai falando que é compositor
E dos “bão”

Tá na hora, tá na hora
De escutar modão de verdade
Uma guarânia, um chamamé
Xote, bolero, e um arrasta-pé
E um batidão daqueles
Da gente suar dançando com a mulher


Rodeio de Jaguariúna muda de nome e divulga programação
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André Piunti

Muita gente desconfiou que a festa não aconteceria mais, mas está confirmado, de 2 a 11 de agosto, o rodeio de Jaguariúna.

Em maio, havia sido anunciado o adiamento da festa para agosto, o que gerou uma série de especulações.

Sob nova gestão, o tradicional “Jaguariuna Rodeo Festival” agora se chama “Jaguariúna Brahma Country Festival”.

Há três camarotes à venda: o da própria Brahma, o da Fusion/Super Bull, e da Wood’s, rede de casas noturnas sertanejas, além dos camarotes corporativos.

Os ingressos para todos os setores podem ser conferidos aqui. O local continua sendo o “Complexo Red Park”.

Serão 6 noites de shows, sendo que em uma delas, dia 09, a atração principal não é sertaneja.

Abaixo, segue a programação atualizada:

02/08 (quinta-feira) – Jorge e Mateus
03/08 (sexta) – Michel Teló / João Carreiro e Capataz
04/08 (sábado) – Gusttavo Lima / Humberto e Ronaldo

09/08 (quinta) – O Rappa
10/08 (sexta) – Luan Santana / João Neto e Frederico
11/08 (sábado) – Fernando e Sorocaba / Thaeme e Thiago / Two Face


Bruno e Marrone – Show em Americana na íntegra
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André Piunti

No mês passado, mais exatamente no dia 17, um domingo, o Multishow transmitiu o show da dupla Bruno e Marrone direto do rodeio de Americana.

A apresentação completa daquela noite está disponível no YouTube, e pode ser conferido em um vídeo só, de mais de uma hora.

Quem quiser aproveitar bem o sábado, o show segue logo abaixo.


De Land Rover é fácil?
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André Piunti

Acho interessante quando uma canção, sem contar com um investimento tão alto para os padrões atuais, consegue andar por conta de seu apelo.

A canção “Fiorino”, do capixaba Gabriel Gava, 21, é um exemplo interessante.

Independentemente de gostar da música ou não, ela tem estado cada vez mais presente em festas sertanejas, mesmo com muita gente não conhecendo o intérprete dela. É justamente pra mostrar quem é o cantor que fiz essa postagem.

O menino não está sozinho. Ele faz parte, desde o ano passado, do “LB Produções”, escritório do Léo Magalhães. A música saiu na coletânea de arrocha da Som Livre no começo do ano, mas tinham outras 16 músicas no CD, então não dá pra usar isso como único argumento para o destaque que ela vem conquistando.

O apelo citado acima fica mais compreensível quando se vê que o compositor é o Bruno Caliman, que carrega um número considerável de músicas de alcance bem popular, como “Beber, cair e levantar” e “Locutor”.

Da leva infindável de canções novas que falam de automóvel, ela, “Dodge Ram”, e “Camaro Amarelo”, parecem ser as únicas a render algo real.


“Arraiá” de aniversário do Milionário
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André Piunti

Na noite da última terça-feira (10), um arraial foi feito para comemorar o 72º aniversário do Milionário, parceiro do Zé Rico.

Milionário nasceu em janeiro, mas como não fez festa no começo do ano, resolveu aproveitar o período de festas juninas/julinas para comemorar.

Quem quiser conferir, segue abaixo um álbum de fotos de algumas personalidades presentes.

O Zé Rico não compareceu, como não poderia deixar de ser, deixando viva uma das lendas mais curiosas da música sertaneja, a de que os dois não se dão.

Milionário

Milionário


Leonardo no Jô
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André Piunti

O Leonardo deu uma extensa entrevista ao Jô, na terça pela noite, um dia após o Pedro sair do hospital.

Apesar de o foco principal ser um assunto sério, a entrevista conseguiu ser engraçada praticamente o tempo todo, por conta do senso de humor ininterrupto do Leonardo.

Vale a pena assistir inteira.


Programa Universo Sertanejo #131
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André Piunti

Fala, pessoal.

Entrou no ar, no final da tarde de ontem, a 131ª edição do programa Universo Sertanejo, na Rádio UOL.

Nesta edição, o destaque vai para a nova música de trabalho de Zezé di Camargo e Luciano, já conhecida por muita gente aqui, “Sou seu amor e você é minha vida”.

Alem dela, algumas canções que estão andando bem em festas e casas noturnas, e que nem sempre são ouvidas em rádio, como “Hoje eu sou seu, meu bem”, do Cristiano Araújo, “O arrocha do poder”, com o Thiago Brava, e “Tá tarada”, com Cácio e Marcos.

O programa ainda traz nomes como Daniel, com “E Agora”, Léo Magalhães, com “Chalaá”, e Milionário e José Rico com “De longe também se ama”, entre outros.

Para ouvir o programa, basta clicar na imagem abaixo.

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01 – Zezé di Camargo e Luciano – “Sou seu amor e você é minha vida”
02 – Jorge e Mateus – “Não demora perceber”
03 – Eduardo Costa – “Na Rua”
04 – Marcos e Belutti – “I Love You”
05 – Cleiton e Camargo – “Não quero te perder”
06 – Cristiano Araújo – “Hoje eu sou seu, meu bem”
07 – Zé Ricardo e Thiago com Israel Novaes – “Sinal Disfarçado”
08 – Daniel – “E Agora?”
09 – Léo Magalhães – “Chalalá”
10 – Thiago Brava – “360, O Arrocha do Poder”
11 – Cácio e Marcos – “Tá Tarada”
12 – Milionário e José Rico – “De longe também se ama”


Marcos e Belutti lançam clipe de “I Love You”. Assista.
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André Piunti

Marcos e Belutti lançam, hoje, o primeiro clipe da carreira. Até então, os vídeos de divulgação eram extraídos dos DVD’s.

A dupla é mais uma a apostar nos clipes com histórias, com atores, destinados quase que exclusivamente ao YouTube (esse vídeo deve passar no TVNeja, do Multishow, também).

O clipe pode ser visto com exclusividade mais abaixo. A protagonista, como alguns vão reconhecer, é a Karen Kounrouzan, “coleguinha” do “Caldeirão do Huck”.

Conversei rapidamente com eles sobre a novidade:

Belutti: Eu tive a ideia do clipe, conversei com meu parceiro e a gente começou a desenvolver. O Eduardo Perez, diretor do clipe, deu forma pra nossa ideia, e a gente achou o resultado legal demais. Eu comecei minha carreira como ator, fiz comerciais, sempre gostei desse lance de atuar. Eu e o Marcos não atuamos muito no clipe, mas deu pra fazer umas pontinhas.

Marcos: É o nosso primeiro clipe, os outros eram vídeos extraídos do DVD. A gente ouviu essa música no estúdio e gostou logo de cara, vimos que ela tinha nossa linguagem, tinha algo parecido com a gente. Não tem um mês de lançada ainda e já tá andando legal, agora saiu o clipe, nossa expectativa é boa.

Belutti: No clipe, a gente dá uma de professor pro cara, dá umas dicas, faz umas brincadeiras. Acho que a galera vai curtir.

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O clipe pode ser visualizado em maior qualidade clicando sobre o ícone HD.

 


Eduardo Costa fala sobre o novo CD, “Pecado de Amor”
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André Piunti

No mês passado, foi lançado “Pecado de Amor”, o novo CD do Eduardo Costa.

São 16 canções, muitas delas já cantadas em alguma época por outros sertanejos. O estilão continua o mesmo. Romântico, com suas intepretações bastante peculiares, e com espaço crescente para batidas de samba, algo que o cantor sempre admitiu gostar.

O CD, produzido por César Augusto, conta com a participação de Alexandre Pires na faixa “Presente de Aniversário”.

Eduardo, ao que parece e pelo que ele responde na entrevista, já não se importa muito com crítica. Passa a impressão de ter compreendido que ser artista popular é bem melhor que ser “o” artista da mídia, mesmo tendo feito, intencionalmente, mais televisão nos últimos meses.

Sobre a nova fase da carreira, e principalmente sobre o novo trabalho, conversei com ele. Segue abaixo a entrevista.

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O que esperar do novo CD do Eduardo Costa?

A gente tá num momento bom da música sertaneja, público crescendo, muita gente aparecendo. O meu CD é a cara do meu público, eu fiz e sempre faço pensando na pessoa que vai no meu show, que canta junto comigo. O artista tem que agradar aquela pessoa que gosta dele, que compra o CD, que vai no show, o resto não importa. Eu acho que consegui escolher um repertório muito legal não só pra quem gosta de música sertaneja, mas pra quem gosta de música no geral. É um trabalho muito bem produzido, pensado, nada feito na correria. Acho que tá bem a cara do Eduardo Costa de hoje.

Você sempre gostou muito de regravar o “lado B” de artistas conhecidos, tanto que o projeto “No Boteco” era basicamente isso. No novo CD, também há algumas canções que pouca gente vai se lembrar que já foram gravadas antigamente. De onde vem esse gosto?

Tem muita música que fica perdida na carreira dos artistas. Todos eles têm, Chitão, Rionegro, Leonardo, sempre alguma música muito boa passa batido nos CD’s. Como eu ouvi música demais nos anos 1990, eu sempre guardei muitas dessas músicas na cabeça. Tenho um monte ainda que eu vou usar em outros discos, mas nesse agora especialmente eu resolvi puxar umas lá de trás. Eu acho muito legal isso. O povo ouve, tem aquela impressão de que já ouviu antes, mas não consegue lembrar de onde é. Gosto bastante de fazer isso.

Mas você tem essas música anotadas em algum lugar?

Não, nada. É na cabeça mesmo. Quando eu paro pra lembrar de música, pra pensar em repertório, são essas músicas que aparecem. De tanto que eu ouvi e gostei, nunca esqueço delas.

Há uma participação especial no seu CD, que é do Alexandre Pires. Como surgiu a ideia de ele participar?

O Alexandre é meu amigo pessoal, mesmo. Eu já gravei com o Chitão, Zezé, Belo, Amado, Chico Rey, e tenho a intenção de conseguir gravar com todo mundo que eu admiro. Já fazia tempo que eu pensava no Alexandre, e aí quando eu compus o “Presente de Aniversário”, que é um samba, tive certeza que era a música que a gente tinha que gravar junto.

O fato de você ser um artista popular faz com que seus CD’s sempre tenham destaque entre os produtos piratas…

Cara, você sabe da minha história, sabe que a pirataria acabou me divulgando muito, mas eu ainda tenho uma relação antiga com o CD. Eu dou muito valor no meu músico, na fase de produção, por isso eu ainda acho legal quando uma pessoa vai na loja e compra o produto. Claro que eu sei da realidade, eu vivo esse mercado todo, mas é uma coisa mais pessoal mesmo gostar do ato de comprar o CD. Sei que o que importa no final das contas é que a pessoa ouça minha música.

Em meio ao ‘novo’ sertanejo, você segue fazendo a linha romântica que acabou ficando em segundo plano no mercado, tanto que igual a você, não há quase ninguém investindo no estilo…

Eu acho que tem espaço pra quem queira investir na música romântica, mas é uma questão também de apostar e se dedicar, é um estilo como outro qualquer. Tem algo que o universitário influenciou bastante que é reduzir os tons mais agudos. O pessoal dessa nova geração não tem o costume de cantar com aqueles agudos lá em cima, e isso acaba influenciando a turma que vai surgindo, e o interesse pela música romântica, cheia de interpretação, acaba diminuindo. Pra cantar o tipo de música que eu canto, o agudo é fundamental. Acho que tem espaço pra tudo sim, o sertanejo tá muito aberto hoje pra todo mundo.

Você tem algum artistaa pra citar desse estilo que você gosta?

Se tivesse que citar um, eu citaria o Léo Magalhães. Ele também não tá nem aí se chamam de brega, se dizem que é muito simples. Ele é muito bom, canta muito bem. Gosto muito do trabalho que ele vem fazendo. Se ele continuar nessa linha, misturando aquele arrochinha simples do Nordeste com as letras populares, eu acho imbatível.

Compararam muito o Léo a você no começo da carreira…

Isso é bobagem. O povo compara, fica arrumando intriga em tudo. Tem mais é que aparecer cada vez mais gente apostando em música pro povo.

Você parece ter mudado um pouco em relação a críticas, não fica mais dando respostas, não parece arredio. Você resolveu se controlar ou realmente deixou de se importar?

Passei dessa fase, sinceramente. Eu sou antenado com o que falam, presto atenção quando vejo que a crítica é construtiva. Posso até nem gostar, mas paro pra pensar depois se aquilo que alguém disse faz sentido. O que eu deixei de dar importância mesmo é pra quem fala mal só por falar. Tô nem aí mesmo. Eu tô preocupado com quem gosta de música sertaneja, com quem vai pegar meu CD com a intenção de curtir minhas músicas novas. Hoje, se o cara falar algo que não me acrescenta em nada, eu realmente não tô nem ligando.

Você é figura mais presente hoje nos programas de televisão do que antigamente. É alguma estratégia nova?

Eu tinha a cabeça um pouco fechada, não achava que a televisão poderia me ajudar muito. Mas esse lance de ser popular faz com que você tenha que aparecer em um programa aqui, outro ali, trabalhar um pouco sua imagem pra te divulgar mais pro povo. Eu dei uma maneirada no jeito de falar em público, tem muita criança que me ouve, muita senhora que é minha fã, então passei sim a me preocupar mais com essa coisa de imagem e de televisão. Sinto que isso tá sendo positivo pra minha carreira. O público gosta.

O que tem chamado muita é sua mudança física, visível por conta das fotos que você publica no Twitter…

Eu quero ser um cara melhor sempre, e nessa coisa de aparência eu precisava mexer. Eu sou um cara muito agitado, você sabe disso, quem me conhece sabe disso. A academia foi um jeito de descontar um pouco essa hiperatividade, comecei a viciar mesmo, me ajudou muito. Como eu gostei do resultado, virou vaidade também. Eu gosto, as fãs gostam, as mulheres gostam, tem que cuidar da aparência mesmo.